Alex Pipkin, PhD em Administração
Joseph Schumpeter descreveu o capitalismo como um processo de “destruição criativa” — o motor da prosperidade. É o ciclo inevitável em que novas ideias, tecnologias e modelos substituem os antigos, abrindo espaço para o progresso. Quando esse processo é bloqueado, o crescimento vira uma ilusão estatística.
O Brasil é o exemplo emblemático de um país que renega essa dinâmica.
Aqui, destruir o velho virou crime, embora crime seja uma palavra benquista pelos “progressistas” do atraso.
O país do lulopetismo ergueu um muro ainda mais alto contra o progresso, contra o crescimento econômico e social.
Uma nação só prospera quando aceita que a inovação destrói o obsoleto. As economias que avançam entendem que o colapso de setores ultrapassados é o preço natural do novo. O Brasil, porém, insiste em preservar o que já morreu. O Estado se apresenta como guardião do passado, protetor de indústrias moribundas, empregos artificiais e empresas que sobrevivem à base de favores políticos.
Em nome da “justiça social”, perpetuam-se empresas ineficientes e trabalhadores dependentes de subsídios.
É o velho capitalismo de compadrio, trajado sob o véu da inclusão.
Enquanto o mundo avança em ciclos sucessivos de inovação, nós seguimos atolados em burocracia, impostos escorchantes, insegurança jurídica, e uma educação medíocre — nivelada por baixo, em nome de uma “inclusão” que exclui a excelência.
O lulopetismo, em essência, protege o atraso, cultiva a dependência e sabota a produtividade.
Metade da população vive de programas assistencialistas que deixaram de ser uma ponte para a autonomia e se tornaram uma armadilha de submissão.
Essas políticas não libertam; infantilizam. Transformam cidadãos em súditos do Estado, atravancando o real crescimento econômico e social.
O compadrio político-econômico completa o ciclo da estagnação.
“Empresários” que se alimentam das benesses oficiais tornaram-se inimigos da inovação. Sabem que o verdadeiro mercado — competitivo e meritocrático — os condenaria à irrelevância. A inovação não floresce onde o lucro depende da boa vontade do poder.
O mundo avança. O Brasil assiste, paralisado, debatendo se vale a pena continuar subsidiando o atraso.
Somos uma economia de chavões ideológicos, não de ideias. Afinal, é a ideologia, estúpido!
Um país que idolatra o passado e teme o futuro produtivo.
Neste Brasil vermelho, verde e amarelo, mais do que idolatrar o passado, seguimos flertando com as velhas ideias marxistas de 1848 — aquelas mesmas que Karl Marx e Friedrich Engels empacotaram no “Manifesto Comunista”, no século XIX.
Um século e meio depois, o planeta já colheu os frutos amargos dessas utopias — repressão, pobreza e desencanto —, mas o Brasil insiste em repeti-las como se fossem a última inovação. É surreal.
A destruição criativa é o pulso da prosperidade. Negá-la é assinar a sentença de morte do crescimento.
O Brasil não precisa de mais proteção, precisa de coragem. Coragem para deixar morrer o que já morreu. Coragem para abrir espaço ao novo, produtivo e útil.
Porque onde a destruição criativa é proibida, o que morre não é o velho, é o futuro. A sentença de morte do crescimento econômico e social para todos