FPMAQ celebra 10 anos e lança Agenda Legislativa 2025/2026

 Criada para ser um fórum permanente de debates e articulações, a FPMAQ consolidou-se como instrumento estratégico na indução de políticas públicas voltadas para o fortalecimento da indústria de máquinas e equipamentos — segmento conhecido como a “indústria da indústria e do agro", responsável por fornecer tecnologia e inovação para todos os setores produtivos.


A Frente Parlamentar da Indústria de Máquinas e Equipamentos (FPMAQ) comemora, em 2025, uma década de atuação no Congresso Nacional. Para marcar a data, será lançada a Agenda Legislativa 2025/2026, no dia 30 de setembro, às 17h, no Salão Nobre da Câmara dos Deputados, em Brasília.


O setor de máquinas e equipamentos é responsável pela base tecnológica utilizada em praticamente todas as atividades econômicas, desde o campo até a indústria de transformação, passando pela infraestrutura, alimentos e pelo setor automotivo. Em 2023, o setor exportou US$ 14 bilhões, representando 12% das exportações de bens manufaturados do Brasil, com presença em 208 países. José Velloso, presidente executivo da ABIMAQ, vê a atuação da FPMAQ como fundamental para o setor, traduzindo as necessidades do setor industrial em ações concretas no Congresso, buscando garantir que a indústria de máquinas e equipamentos, que ele considera um termômetro da economia, tenha as condições necessárias para impulsionar o desenvolvimento econômico do País.


Para o presidente da FPMAQ, deputado federal Vitor Lippi (PSDB-SP), “A FPMAQ nasceu para dar voz a um setor absolutamente estratégico, que é responsável por gerar inovação, competitividade e empregos de qualidade para o Brasil. Celebrar esses 10 anos significa reconhecer o esforço de parlamentares, empresários e entidades que sempre acreditaram no papel transformador da indústria de máquinas e equipamentos. A Frente é, hoje, um fórum indispensável de diálogo entre o setor produtivo e o Parlamento, ajudando a construir políticas públicas que impactam diretamente o futuro do país.”


Lippi também fez questão de homenagear os ex-parlamentares Jerônimo Goergen e Vanderlei Macris, que tiveram papel decisivo na criação e na consolidação da FPMAQ.


O presidente do conselho de administração da ABIMAQ – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, Gino Paulucci , reforçou a relevância da iniciativa: “A FPMAQ permitiu que o setor de máquinas e equipamentos tivesse espaço de diálogo e influência no processo legislativo, sempre com base em estudos técnicos e propostas concretas. Essa interação permanente com o Parlamento tem sido fundamental para garantir competitividade e condições de crescimento para um segmento que é a espinha dorsal da nossa economia.”


A Agenda Legislativa 2025/2026 trará as principais propostas e prioridades defendidas pelo setor, reforçando o compromisso da FPMAQ com uma indústria mais forte, inovadora e competitiva.


Artigo, especial, Alex Pipkin - Emoção e Poder

Alex Pipkin, PhD


Há livros que não se limitam a ser lidos; há livros que deveriam ser vividos, compreendidos, ensinados, transmitidos, porque desvendam os mecanismos mais íntimos da condição humana, revelando como nossas decisões, emoções, medos e vulnerabilidade à manipulação são sistematicamente moldados por trilhas invisíveis de comportamento. Um desses livros é Rápido e Devagar, do Prêmio Nobel de Economia Daniel Kahneman. Nas escolas, poderia ser apresentado de forma visual, gráfica, quase lúdica, para que crianças e adolescentes compreendessem que suas escolhas não são inteiramente livres, mas determinadas por sistemas internos silenciosos e incessantes. Aprender a pensar sobre como pensamos deveria ser tão essencial quanto ler, escrever ou calcular, porque é isso que define nossa liberdade, autonomia e capacidade de discernir. No entanto, nossas escolas se tornaram, em grande parte, centros de doutrinação; nossas universidades, ao invés de formar profissionais competentes, tornaram-se fábricas de militantes, moldando mentes para aceitar narrativas prontas, em vez de questioná-las.

Kahneman demonstra que cerca de 80% de nossas escolhas cotidianas não emergem da reflexão racional, mas do Sistema 1, rápido, automático, intuitivo, instintivo, acionado por imagens, sons, palavras, estímulos que ativam a parte límbica do cérebro, o território das emoções. Apenas em decisões de alto envolvimento — comprar uma casa, mudar de emprego, assumir compromissos significativos — entra em cena o Sistema 2, analítico, lento, reflexivo, lógico, científico, que estabelece relações de causa e efeito e permite decisões fundamentadas na razão comprovada. O drama do nosso tempo é que vivemos sob o império quase absoluto do Sistema 1, na era do sentimentalismo tóxico, em que emoções governam mentes, enquanto lógica, Ciência, “humanismo racional”, ética e moral são relegadas a segundo plano.

É nesse cenário que se insere a estrela vermelha e amarela do lulopetismo. O partido das emoções, dos instintos, do sentimentalismo tóxico, do lado negro do sentimentalismo. Um partido que explora exclusivamente o emocional, separando a maioria das decisões do lógico, do conhecimento comprovado, das experiências testadas, da Ciência com 


 maiúscula, do “humanismo racional”, da moral e da ética. Em tese, prega um bom-mocismo falacioso, afirmando servir ao povo, mas cujo verdadeiro objetivo é manter os cidadãos servos do Estado, incapazes de decidir sobre seus próprios destinos. É o partido da novilíngua, da perversão das palavras, dos estímulos externos — frases, chavões, slogans — que influenciam mentes incautas a acreditar em falsas verdades econômicas, políticas, sociais e culturais, enquanto essas ideias jamais se sustentam na experiência, na lógica e na razão.

No Brasil, essa distorção é reforçada por dois fatores decisivos. Primeiro, a influência do coletivo: pessoas iletradas ou sem discernimento crítico temem se expor, ser discriminadas, destoar de sua bolha ideológica; reproduzem opiniões dominantes e negligenciam a realidade. Segundo, a ascensão dos falsos especialistas digitais — os “especialistas de Instagram” — que, sem fundamento, disfarçam manipulação com jargões técnicos e frases de efeito, recicladas e projetadas para excitar emoções em vez de informar. Eles não educam; manipulam.

Ontem, 23 de setembro de 2025, o discurso de Lula na ONU exemplificou esse fenômeno. Nada foi racional ou fundamentado; tudo foi emocional, vitimista, falacioso, cuidadosamente projetado para acionar o Sistema 1. Soberania pervertida, ditaduras defendidas, terroristas afagados e legitimados, silêncio sobre os reféns inocentes de posse do Hamas. Israel, a única democracia do Oriente Médio, foi, desgraçadamente, mais uma vez, acusada de cometer genocídio. Escárnio! Foi um espetáculo de manipulação emocional, um teatro de persuasão que explorou fraquezas humanas, medos e preconceitos.

Ainda assim, algo mudou. As redes sociais quebraram o monopólio da narrativa. Hoje, a população discute política, conhece os ministros do STF, identifica abusos, percebe a ditadura da toga. Esse deslocamento do imaginário popular alarma aqueles que sempre dependeram de manipular emoções.

Estamos diante de uma guerra cognitiva, um embate entre o automatismo emocional e a reflexão racional. A esperança reside em educar nossas próximas gerações para analisar, refletir, questionar e pensar. Só assim os cidadãos poderão perceber manipulações, resistir às falácias e escolher com liberdade e clareza.

Educação, com base na sabedoria acumulada, diversa. Ensino racional e emocional são liberdades. Enquanto não entendermos isso, enquanto não ensinarmos nossas crianças a pensar, continuaremos a ser conduzidos, manipulados, e a democracia será sequestrada por palavras doces que escondem perversidade.

A democracia de “verdade” permite que partidos ideológicos, sectários e populistas, como o PT, existam. Contudo, é essencial que as pessoas tenham acesso a educação sólida, sejam expostas a diferentes visões de mundo, fatos, argumentos, Ciência, história e experiências comprovadas. Só assim poderão resistir à manipulação de uma deselite progressista do atraso e de líderes populistas e autoritários que exploram vieses cognitivos e gatilhos emocionais. Mais importante ainda, poderão aprender a pensar criticamente, reflexivamente, e a decidir seus próprios destinos com autonomia e responsabilidade. A liberdade, então, deixará de ser palavra vazia e se tornará ação concreta, consciente, plena

Asfav entrega relatório ao relator do projeto da anistia

Nesta terça-feira (23), aconteceu a primeira reunião entre o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), relator do projeto da Anistia e parlamentares da oposição. O encontro teve como pauta central a situação das pessoas ainda presas por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023 e agentes públicos acusados de tentativa de golpe de Estado.


A reunião contou também com a presença de representantes da Associação dos Familiares e Vítimas do 8 de Janeiro (ASFAV), entidade que reúne cerca de 600 famílias. A advogada Carolina Siebra, representante da ASFAV, apresentou números atualizados da situação:


144 pessoas ainda presas em estabelecimentos prisionais;

44 em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica;

Centenas com bens e salários bloqueados, como o caso de Vanessa, de Ji-Paraná (RO), mãe de seis filhos, servidora pública com vencimentos integralmente retidos.


Carolina Siebra destacou casos emblemáticos:


Roberta, condenada a 14 anos de prisão após ser flagrada em imagens dentro do Senado apenas orando, sem qualquer ato de depredação;

Clezão, manifestante que faleceu na prisão após três pedidos de soltura feitos pela PGR e negados pelo ministro Alexandre de Moraes. 


“Redução de penas não vai trazer o pai de volta para as filhas do Clezão nem o tempo perdido de quem já está há dois anos e oito meses preso sem provas. Esses processos foram julgados, como a gente diz no Ceará, ‘na baciada’. As denúncias têm 98% de semelhança, comprovado por processo antiplágio. Já que não conseguimos individualizar o que essas pessoas fizeram, nada mais justo que sejam perdoadas. A pesquisa que realizamos mostra que as famílias não aceitam apenas redução de pena. O clamor é por uma anistia ampla, geral e irrestrita. Peço misericórdia por essas famílias”, afirmou Siebra, dirigindo-se diretamente ao deputado Paulinho da Força.


Segundo a advogada, ao longo do processo sete pessoas já faleceram em decorrência das condições enfrentadas no cárcere.


O que pensa a oposição 


O deputado federal Zucco (PL-RS), líder da oposição, foi categórico ao rejeitar a proposta de “dosimetria” defendida pelo relator. “Na reunião com o deputado Paulinho da Força ficou claro que a oposição não concorda com a chamada dosimetria. O que defendemos é votar uma anistia ampla. O Brasil já fez quase 50 anistias em sua história. Se o país foi capaz de anistiar, em 1979, tanto agentes do regime militar que cometeram crimes


 quanto revolucionários de esquerda que sequestraram, mataram e roubaram para tentar implantar o comunismo, por que agora não anistiar pessoas inocentes, que não participaram de um golpe de Estado? Quando muito, se envolveram em atos de depredação”, destacou. 


Zucco também ressaltou que a chamada “dosimetria” é, por natureza, uma prerrogativa exclusiva do Poder Judiciário. Ao tentar assumir essa função, o Legislativo corre o risco de praticar um ato inconstitucional, criando um precedente perigoso que poderia abrir brechas para beneficiar outros tipos de crimes que nada têm a ver com os fatos de 8 de janeiro. Nesse sentido, a oposição argumenta que a proposta da dosimetria não apenas desvirtua o papel do Parlamento, mas também fragiliza o próprio sistema de freios e contrapesos previsto na Constituição.


Levantamento


Pesquisa realizada pela ASFAV reforça a posição dos presos e seus familiares de que o caminho mas justo é o da anistia:

96,7% dos familiares e vítimas defendem a anistia ampla, geral e irrestrita;

81,3% rejeitam a simples redução de penas, deixando claro que não aceitam meias-soluções;

Mesmo em uma questão sensível, como a inclusão do ministro Alexandre de Moraes na anistia, 75% afirmaram que aceitariam anistiar Moraes pela violação dos direitos humanos, entre outros crimes praticados no curso dos processos. 

Segundo Zucco, esses números mostram que o Congresso não pode se render à lógica da dosimetria. “O clamor das famílias é por justiça plena e pacificação real, não por remendos que apenas perpetuam a sensação de injustiça”, reforçou o parlamentar. 


Moraes no centro das críticas


O debate ganha contornos ainda mais polêmicos porque o ministro Alexandre de Moraes, relator das ações do 8 de janeiro no Supremo Tribunal Federal, está no centro das acusações. O ex-assessor do ministro no TSE, Eduardo Tagliaferro, revelou na chamada “Lava Toga” a existência de um suposto gabinete paralelo, abuso de autoridade, perseguição política, atropelo às prerrogativas de advogados, violação do devido processo legal e até fraudes processuais. Moraes, sua esposa, Viviane Barci, e a holding do casal, já foram sancionados pela Lei Magnitsky. 

A oposição e o relator devem voltar a conversar nos próximos dias. A ASFAV sugeriu ao deputado Paulinho da Força que visite os presos do 8 de janeiro para conhecer de perto a realidade das pessoas presas injustamente.

Artigo, especial - O Brasil entre o ego de Lula e o mundo real

Este artigo é do Observatório Brasil Soberano

O discurso de Lula na 80ª Assembleia Geral da ONU foi uma aula de evasão dos interesses domésticos. Enquanto o mercado financeiro celebra um suposto "tom moderado", a realidade na tribuna era a de um governante que delibera damente silenciou sobre o Brasil real para se dedicar a uma guerra de narrati vas globais. A euforia dos investidores se mostra míope, ignorando que a fala presidencial, longe de ser o tal desejado ato de diplomacia, foi um sintoma da profunda crise institucional e geopolítica em que o país há muito se encontra. 

Os dramas nacionais foram obviamente ignorados. Nenhuma palavra sobre a inflação, a crise fiscal, a estagnação econômica, a violência desenfreada ou a insegurança jurídica que aflige a nação. Lula preferiu se dedicar a um ataque velado aos Estados Unidos e Israel. Parece que Lula continua a dobrar a aposta, talvez até pela falta de repertório: depois de transformar o Judiciário em instru mento de vingança contra Jair Bolsonaro, agora ele utiliza da diplomacia para se defender das reações internacionais que suas próprias ações provocaram. A reação nacional do mercado a esse espetáculo é a peça-chave para entender como o Brasil continua refém do poder atual. Essa tolerância com a perseguição a opositores e a deterioração do Estado de Direito tem seus fiadores claros no jogo político, principalmente o Centrão. É ele quem garante a governabilidade e a estabilidade artificial que tanto agrada aos investidores, que blinda as pés simas decisões do governo no Congresso, permitindo que o presidente se dedi que às suas obsessões ideológicas e vinganças pessoais, enquanto a fatura da irresponsabilidade fiscal e do aparelhamento institucional é empurrada para o cidadão comum. O mercado, por sua vez, finge não ver, feliz na ilusão de que, enquanto o sistema não ruir de vez, é possível seguir lucrando. Ao classificar como "preocupante a equiparação entre a criminalidade e o terro rismo", o presidente se coloca do lado oposto aos esforços de Washington para incluir facções como o PCC e o Comando Vermelho em sua lista de organizações terroristas transnacionais. Esta postura não é ingênua, é uma capitulação ideo lógica que blinda efetivamente os grupos criminosos que controlam rotas do tráfico e territórios inteiros no Brasil. Para uma certa esquerda que romantiza o "inimigo do sistema", o crime organizado pode ser visto até como um "aliado tático" contra o avanço de uma direita alinhada aos EUA. O resultado prático é o aprofundamento da crise de soberania, com o Estado brasileiro se recusando a nomear e combater a principal ameaça à sua existência enquanto o seu chefe do executivo foca, quase que exclusivamente, no populismo e na destruição da imagem do país no cenário internacional. O otimismo do mercado ignora o abismo que se abre sob os pés do país. O Bra sil está no centro de um buraco geopolítico com o risco concreto de isolamen to. Não apenas pela expansão das sanções Magnitsky a mais autoridades, mas também na possibilidade de mais tarifas sobre produtos brasileiros e da classi f icação do país como uma "ameaça à economia americana". Além disso, a de signação do PCC como grupo terrorista teria, por si só, um impacto devastador em setores vitais como bancos, portos e cadeias logísticas. Sem uma reflexão e reversão profunda, que inclui todos os setores do poder (e se caracteriza plena mente na Anistia ampla, geral e irrestrita), o discurso de evasão na ONU servirá apenas como o epitáfio de um país que, para salvar seu projeto de poder, optou por ignorar a si mesmo

Eduardo Bolsonaro analisa falsa química boa entre Lula e Trump

 O deputado Bolsonaro, que está nos Estados Unidos, escreveu no seu X que a declaração aparentemente amistosa sobre Lula faz parte da “estratégia de negociação” de Trump:

- Para quem conhece as estratégias de negociação de Donald Trump, nada do que aconteceu foi surpresa. Ele fez exatamente o que sempre praticou: elevou a tensão, aplicou pressão e, em seguida, reposicionou-se com ainda mais força à mesa de negociações. Ontem mesmo, sancionou a esposa do maior violador de direitos humanos da história do Brasil, um recado claro e direto. Depois disso, sorriu e mostra-se aberto a dialogar em uma posição infinitamente mais confortável, fiel àquilo que sempre defendeu: os interesses dos americanos em primeiro lugar. É a marca registrada de Trump: firmeza estratégica combinada com inteligência política.

Por isso, longe de causar espanto, sua postura reafirma, mais uma vez, sua genialidade como negociador. Ele entra na mesa quando quer, da forma que quer e na posição que quer. Enquanto isso, outros líderes, como Lula, assistem impotentes, sem qualquer capacidade real de influenciar o jogo global. Na verdade, Lula agora é que está na obrigação de aproveitar a rara oportunidade de sentar-se com Trump e com a difícil missão de extrair algo de positivo nesta mesa.

Ao final Trump ainda arrebatou que sem os EUA o Brasil vai mal. Ou seja, não há para onde correr, o Brasil precisa dos EUA, reconheça isto ou não. Entende porque confiamos na anistia ampla, geral e irrestrita?”.

Verallia investe R$ 536,8 milhões para expandir complexo industrial de Campo Bom, RS.

A multinacional francesa Verallia anunciou a inauguração da expansão da unidade de Campo Bom. RS, mediante um investimento de R$ 536,8 milhões. A planta passa a operar com um novo forno de oxicombustão, tecnologia pioneira em toda a rede global da Verallia, que garante maior produtividade e 18% de redução nas emissões de CO₂. Com a ampliação, a capacidade da unidade dobrará, saltando de 600 mil para 1,3 milhão de embalagens de vidro por dia – o equivalente a 40% da produção nacional da empresa. A expectativa é de que o faturamento local alcance R$ 800 milhões e de que sejam geradas 140 novas vagas diretas, elevando o quadro para cerca de 400 empregos na unidade.

Segundo a Prefeitura de Campo Bom, a Verallia representa o maior repasse de ICMS do município, respondendo por cerca de 8,1% da arrecadação local, o equivalente a aproximadamente R$ 4,5 milhões em 2024.

A Verallia é uma empresa francesa líder europeia do setor, segunda na América Latina e terceira produtora mundial de embalagens de vidro para bebidas e produtos alimentícios.

No Brasil, a companhia mantém sede em São Paulo e três unidades fabris: Campo Bom (RS), Jacutinga (MG) e Porto Ferreira (SP), além de um centro de criação para desenvolvimento de novos produtos. Globalmente, a Verallia emprega mais de 10 mil pessoas; no Brasil, são 846 funcionários, sendo 273 na unidade de Campo Bom.

  A aplicação de multas e perdimento dos acordos de colaboração premiada relacionado a Operação Lava Jato soma R$ 3,9 bilhões, até esta terça-feira (23), segundo um painel de execução lançado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).


Os processos na Corte envolvendo a operação estão sob relatoria do ministro Edson Fachin, que vai assumir a presidência do Supremo na próxima semana.


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Segundo o levantamento, dos R$ 3,9 bilhões acordados a título de multa e perdimento, já foram recolhidos para os cofres públicos mais de R$ 2,9 bilhões.


Os valores são encaminhados a 59 entidades públicas e organizações para reparar os prejuízos sofridos pelo Estado.


O painel mostra que os processos têm 172 colaboradores que firmaram acordos. Desse número, 152 aceitaram pagar multa ou devolver bens e valores obtidos ilicitamente.


Fachin herdou os processos como relator por sorteio realizado em fevereiro de 2017, após o falecimento do relator originário, ministro Teori Zavascki, em janeiro do mesmo ano, em acidente no Rio de Janeiro.


Também integram o painel as colaborações homologadas pela ministra Cármen Lúcia, então na presidência da Corte, no período em que a nova relatoria ainda não havia sido preenchida.


Esquema causou prejuízo bilionário


O esquema da Lava Jato, revelado por investigações do Ministério Público Federal do Paraná, gerou prejuízos bilionários sofridos pela Petrobras.


Segundo estimativa da própria estatal, foram perdidos cerca de R$ 6,2 bilhões. Já o TCU (Tribunal de Contas da União) fez levantamento de prejuízo de R$ 29 bilhões desde 2002.


Considerada a maior investigação sobre corrupção realizada no Brasil, a Lava Jato foi iniciada em 2014 e teve 79 fases.


A força-tarefa cumpriu mais de 1.000 mandados de busca e apreensão, prisão temporária, prisão preventiva e condução coercitiva, e descobriu um megaesquema de corrupção na Petrobras envolvendo políticos de diferentes partidos e outras empresas públicas e privadas.


O nome Lava Jato foi escolhido porque um dos locais que movimentava dinheiro de origem ilegal era um posto de combustíveis e lava a jato de veículos em Brasília.