Artigo, especial, Alex Pipkin - O socialismo chegou à Broadway

Alex Pipkin, PhD em Administração 

Onde chegamos?
Pior: para onde chegaremos?

Zohran Mamdani será o próximo prefeito de Nova York.

Sim, o berço do capitalismo, a antiga vitrine da liberdade econômica e da pujança empreendedora, elegeu um socialista sedutor. O símbolo máximo do mercado agora se curva diante de seu algoz ideológico.

E por quê? Singelo, meu caro Watson. Porque Nova York, partes dos Estados Unidos e o mundo — em especial a nossa republiqueta vermelho, verde e amarela — sucumbiram à sedução das utopias e falácias igualitaristas. O socialismo de boutique, embalado em discursos sobre “justiça social”, venceu não por mérito, mas pelo fracasso do capitalismo adulterado, deformado por décadas de estatismo e intervencionismo.

Em Nova York e em grande parte do globo, o mercado foi trocado pela burocracia, e a liberdade, pelo controle. Regulamenta-se tudo e todos, sufocando a iniciativa, os investimentos e o mérito. O resultado é o mesmo em qualquer latitude, isto é, menos oportunidades, menos empregos, menos prosperidade. O empreendedor é desestimulado, o investidor punido e o cidadão produtivo esmagado sob impostos escorchantes e leis — em especial, trabalhistas para as empresas — contraproducentes.

Nada disso surpreende. A cidade que já foi sinônimo de liberdade transformou-se em laboratório do wokismo, um palco de delírios ideológicos encenados por jovens lobotomizados por professores marxistas e por elites culpadas que tentam expiar privilégios através da autodestruição. O caos político de Cuomo foi apenas o prelúdio.

Como na nossa republiqueta tropical, a violência em Nova York é tratada com condescendência progressista, como se criminosos fossem vítimas inocentes da sociedade. É a inversão moral perfeita, punindo-se os que produzem e desculpando-se os que destroem. Espere o fim dos quatro anos de Mamdani para ver o que restará da cidade que não dorme.

Quanto à violência e ao crime, o economista Nobel Gary Becker já havia desvendado o enigma; o crime é resultado de uma escolha racional. O indivíduo compara custos e benefícios e decide. Quando o Estado afrouxa punições e cultiva impunidade, o crime compensa. Mas os “progressistas do atraso” preferem ignorar a ciência e a realidade, reféns das narrativas morais e de surrados clichês.

A vitória de Mamdani não é um acidente — é um sintoma civilizacional. O mesmo veneno se espalha por várias cidades do Ocidente, alimentado pelo ressentimento e pela ignorância econômica de quem acredita que o Estado pode criar igualdade sem destruir a liberdade.

Como faz falta outros Mileis.

Líderes com coragem, conhecimento e disposição para aplicar o que a ciência econômica e a razão exigem. Milei fez o que precisava ser feito na Argentina. Implementou reformas duras, impopulares, mas inevitáveis — acompanhadas de redes de proteção inteligentes para quem realmente precisa.

Porque não há saída indolor. O remédio é amargo, mas é o único que cura.

Se quisermos evitar novos “casos Mamdani”, o mundo — e especialmente a nossa republiqueta vermelho, verde e amarela — precisará reencontrar urgentemente o que esqueceu.

Urgem coragem moral, lucidez intelectual e as essenciais liberdades econômica e individual.

Economia, democracia e futuro do Brasil: debate reúne jornalistas renomados na 71ª Feira do Livro de Porto Alegre

Conversa no dia 06/11 antecede o lançamento de livros sobre os caminhos para o crescimento econômico e sobre histórias dos debates eleitorais televisivos no Brasil


Nesta quinta-feira (6), às 17h30, três nomes de destaque do jornalismo brasileiro se reúnem no Auditório Erico Verissimo, no Clube do Comércio, em Porto Alegre. Juliana Rosa, referência em jornalismo econômico, e Fernando Mitre, com atuação histórica no jornalismo político, participam da mesa “O Brasil pode voar? Conversa sobre economia e democracia". O evento conta com a mediação do jornalista Felipe Vieira, âncora da BandNews TV.


“Por que a economia brasileira voa alto por algum tempo e depois volta para o chão?” Essa pergunta motivou Juliana Rosa a escrever seu livro de estreia. Com mais de 25 anos de experiência, ela traduz o “economês” em temas como juros, sistema tributário, infraestrutura e comércio internacional. Na obra De galinha a gavião: como impulsionar o voo da economia brasileira, Juliana traz depoimentos de quem já tomou grandes decisões sobre a economia brasileira - personalidades como o presidente do Banco Central, o ex-ministro da Fazenda e um dos criadores do Bolsa Família.



“O país tem feito voos de galinha desde a década de 1980, o que tem nos privado de uma qualidade de vida melhor”, acredita Juliana. 


A obra é um dos lançamentos da 71ª Feira do Livro de Porto Alegre, e terá sessão de autógrafos na Praça da Alfândega logo após a conversa. Às 19h, também será lançado o livro Debate na veia: nos bastidores da TV – a democracia no centro do jogo, de Fernando Mitre. O jornalista testemunhou a redemocratização do país e produziu os principais debates eleitorais da televisão na época. A obra reúne histórias acumuladas em mais de 60 anos de jornalismo político no Brasil.  


“Assisti ao renascimento da democracia e assisti participando. Da primeira até a última página tem informação", conta Fernando. 


Essa combinação de grandes experiências, somada à expertise de Felipe Vieira em conectar o noticiário nacional ao olhar local, guiará o debate sobre caminhos para o crescimento econômico e o fortalecimento das instituições democráticas no país.


Mesa “O Brasil pode voar? Conversa sobre economia e democracia”

Data: Quinta-feira, 6 de novembro

Horário: 17h30

Local: Auditório Erico Verissimo (Clube do Comércio) / Rua dos Andradas, 1085, 2º andar, Centro Histórico


Sessões de autógrafos 

- De galinha a gavião: como impulsionar o voo da economia brasileira - Juliana Rosa (Editora Nova Fronteira) 

- Debate na veia: nos bastidores da TV – a democracia no centro do jogo - Fernando Mitre (Kotter Editorial) 

Data: Quinta-feira, 6 de novembro

Horário: 19h

Local: Praça de Autógrafos da 71ª Feira do Livro de Porto Alegre, na Praça da Alfândega

Câmara aprova projeto que impede desapropriação de terras produtivas para fins de reforma agrária

O Plenário da Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (5) o Projeto de Lei nº 4.357/2023, de autoria dos deputados Zucco (PL-RS) e Rodolfo Nogueira (PL-MS). A proposta altera a Lei nº 8.629/1993 para proibir a desapropriação, para fins de reforma agrária, de propriedades rurais produtivas, reafirmando o que já estabelece o artigo 185 da Constituição Federal.


Segundo o texto aprovado, somente as propriedades improdutivas e que não cumpram sua função social poderão ser alvo de desapropriação.O projeto busca garantir segurança jurídica ao produtor rural, preservar a produção agropecuária e evitar a paralisação de atividades produtivas que geram emprego, renda e abastecimento alimentar em todo o país.


“Este projeto é uma vitória do bom senso e da segurança jurídica no campo. Ele protege quem trabalha e produz, quem gera alimentos e riqueza para o Brasil. Reforma agrária não pode ser instrumento de chantagem, invasão ou injustiça. O agricultor brasileiro merece respeito e estabilidade para continuar produzindo”, destacou o deputado Zucco (PL-RS), líder da Oposição e um dos autores da proposta.


O parlamentar lembrou que o texto traz maior clareza à legislação sobre reforma agrária, evitando interpretações que possam permitir desapropriações arbitrárias de áreas produtivas. “A função social da terra está no produzir, gerar empregos, respeitar o meio ambiente e cumprir a lei. É isso que o produtor faz todos os dias, e é isso que o Congresso reconheceu com esta aprovação”, acrescentou.


O projeto nasceu na esteira dos trabalhos da CPI do MST, presidida por Zucco, que investigou irregularidades nas invasões de propriedades rurais em todo o país. As conclusões da CPI reforçaram a necessidade de coibir abusos, proteger o direito de propriedade e garantir a aplicação da lei, resultando em propostas legislativas concretas como esta, que agora avançam para consolidar a paz e a produtividade no campo.


Principais avanços do projeto


Proíbe a desapropriação de propriedades produtivas para fins de reforma agrária;

Define parâmetros objetivos para caracterizar a produtividade conforme os critérios do art. 6º da Lei 8.629/1993;

Garante segurança jurídica e estabilidade ao setor agropecuário, evitando conflitos e paralisações indevidas;

Reforça a compatibilidade entre a reforma agrária e a produção, sem comprometer o abastecimento e a economia rural;

Harmoniza a legislação infraconstitucional com o art. 185 da Constituição Federal.


Com a aprovação pela Câmara, o projeto segue agora para análise do Senado Federal.


Confira a íntegra do projeto:

https://www.camara.leg.br/proposicoesWeb/prop_mostrarintegra?codteor=2324747&filename=PL%204357/2023 

Artigo, especial, Jerônimo Goergen - A COP da Verdade: o Brasil que o mundo precisa conhecer

O autor é ex-deputado federal e presidente do Instituto Liberdade Econômica.

Nas últimas semanas, vimos uma enxurrada de análises sobre as dificuldades logísticas e estruturais de Belém para sediar a COP30. Fala-se em falta de infraestrutura, distância dos grandes centros, carências urbanas. Tudo verdade. Mas talvez o grande mérito dessa edição da conferência seja justamente esse: mostrar o verdadeiro Brasil — com suas contradições, suas mazelas e suas virtudes.


Ao escolher Belém, o mundo vai conhecer um pedaço autêntico do país. Um Brasil que não é o das grandes capitais do Sudeste, nem o dos salões de conferência climatizados de Genebra. É o Brasil amazônico, que vive diariamente o desafio de conciliar desenvolvimento e preservação. Um lugar onde as distâncias são longas, o acesso é difícil, mas a biodiversidade e a força do povo compensam qualquer carência de infraestrutura.


A COP da Amazônia não será uma vitrine perfeita. E não deve ser. Ela será um espelho do país real, aquele em que a floresta convive com a pobreza, e onde o discurso ambiental precisa se traduzir em políticas que incluam as pessoas, que respeitem quem vive e produz na região. O mundo precisa ver isso. Precisa entender que a Amazônia não é um parque isolado, mas um território habitado, pulsante, com gente que quer oportunidades, dignidade e desenvolvimento sustentável.


Portanto, ao invés de criticar as limitações, deveríamos enxergar o simbolismo desse momento. Belém vai mostrar ao planeta que o Brasil é um país de verdade — com seus problemas, sim, mas também com sua coragem de enfrentá-los de frente.


Essa será a COP da desigualdade, como dizem alguns, mas também será a COP da verdade. Porque o primeiro passo para mudar é reconhecer a realidade. E a Amazônia é, antes de tudo, realidade — viva, complexa e profundamente brasileira.