Os 9 presos de hoje

 Alessandro Stefanutto – ex-presidente do INSS;

Antônio Carlos Antunes Camilo, conhecido como “Careca do INSS” (que já está preso na Papuda, em Brasília);

Vinícius Ramos da Cruz – presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT);

Tiago Abraão Ferreira Lopes – diretor da Conafer e irmão do presidente da entidade, Carlos Lopes;

Cícero Marcelino de Souza Santos – empresário ligado à Conafer;

Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior – também integrante da Conafer;

André Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS);

Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira, ex-procurador-geral do INSS;

Thaísa Hoffmann, esposa de Virgílio

Enquanto Belém entrega, Leite discursa: o Cais Mauá continua ouvindo promessas

Há quase uma década, o Cais Mauá segue como uma das maiores promessas não cumpridas da capital gaúcha. De governo em governo, o discurso é o mesmo: revitalizar a orla histórica de Porto Alegre, transformar o espaço em um cartão-postal moderno, integrar cultura, turismo e desenvolvimento sustentável. Mas, na prática, o cais continua ancorado — parado no tempo, entre projetos, anúncios e intenções.

O governador Eduardo Leite, que já está em seu segundo mandato, volta e meia reafirma o compromisso de “fazer diferente”. Desta vez, a lembrança veio de longe: durante sua visita à COP 30, em Belém do Pará, Leite elogiou o Cais do Porto da cidade, recentemente revitalizado e transformado em um vibrante ponto turístico e cultural. Segundo o governador, o modelo é “inspirador” — e reacendeu nele o desejo de, mais uma vez, “tirar o Cais Mauá do papel”.

A ironia não passou despercebida. Afinal, foram anos de estudos, licitações e anúncios de parcerias que nunca chegaram à execução. O que Belém conseguiu realizar — com planejamento e ação — Porto Alegre segue apenas sonhando.

Enquanto isso, o Cais Mauá continua fechado, degradado e subutilizado, bem no coração da cidade, diante do Guaíba que tantas vezes foi cenário de promessas de um “novo tempo”. O contraste é evidente: onde o Pará mostra resultados concretos, o Rio Grande do Sul ainda coleciona discursos.

É bonito achar o Cais de Belém “lindo”. Mais bonito ainda seria ver o de Porto Alegre vivo, restaurado e entregue à população, com o mesmo entusiasmo com que se fazem promessas a cada viagem e a cada COP.

Artigo, Hamilton Mourão, Correio do Povo - Narrativas e demagogia na crise da segurança pública

A operação contra o Comando Vermelho, no Rio de Janeiro, registrou alto índice

 de letalidade, mas mostrou a verdade: o Brasil caminha para se tornar um

 narcoestado e a autoridade do braço estatal foi corroída. O Estado brasileiro,

 leniente e omisso, permitiu que o crime se transformasse em poder paralelo.

 A Operação Contenção, feito ímpar das polícias cariocas, fez com que o Brasil

 assistisse a cenas de guerra, em que criminosos fortemente armados e camuflados

 optaram por enfrentar as forças de segurança, empregando táticas de guerrilha

 como fogos direcionados para barricadas e drones com explosivos.

 Além do combate, em que policiais, heróis anônimos, enfrentam as

narcoguerrilhas, vê-se um governo que nega apoio para as Polícias, nega o

 empréstimo de blindados e alimenta a bandidolatria, com chavões como chacina e

 massacre.

 O drama do Rio não é tragédia isolada, é realidade construída em consequência

 de anos de permissividade e cumplicidade institucional diante do avanço do

 tráfico. Exemplos não faltam: México, Colômbia, Peru e Venezuela mostram quão

 nociva é essa realidade. Resta admitir que o Brasil está perdendo a guerra contra

 o crime organizado, tendo um governo omisso que permite o fortalecimento do

 poder das narcoguerrilhas.

 Absurdamente, a mídia marrom obriga o povo a ouvir pseudoespecialistas de

 segurança que vociferam teorias que só se aplicam ao ambiente acadêmico,

 esquecendo-se de mostrar a violência e o “jugo” a que são submetidas pessoas de

 bem condenadas a viver sob a tutela das facções criminosas.

 Basta de omissão! Basta de criminosos que são “vítimas da sociedade”, basta de

 territórios liberados! Basta de justificar o injustificável, mas principalmente basta

 de leniência no combate ao crime organizado! Vivemos uma guerra e guerras não

 se vencem sem líderes, sem estratégia e sem batalhas. Sim, batalhas terão de

 existir e o preço a ser pago será alto.

 Não chegamos a esse estado de coisas do dia para a noite e uma análise do

 processo mostra o alto preço pago pela inação. Por anos, a conveniência e a

ideologia foram combustível para a leniência. O Estado abandonou comunidades,

 não existe vácuo de poder. O crime prosperou, se armou, se adestrou, aumentou

 efetivos, articulou a estrutura hierárquica e de lavagem de dinheiro, roubando a

 liberdade das pessoas, sequestrando a prerrogativa estatal da prestação de

 serviços e evoluindo para a grilagem e especulação imobiliária. A estrutura criada

 é tão ramificada e forte que se tornou um desafio de vida ou morte para o Estado

 brasileiro.

 Estamos diante do que chamamos de ponto de decisão: ou entendemos que o

 Estado deve aceitar a realidade e bater os narcoterroristas com força total,

 atendendo a uma demanda legítima e urgente da sociedade, ou aceitamos que os

 cidadãos irão viver imersos na intolerável realidade do jugo criminoso que

 comprometerá as próximas gerações, trazendo desordem, insegurança e caos

 social!

Artigo, especial - A desordem como sistema

Este artigo é do Observatório Brasil Soberano

Que o Brasil vive uma crise não é novidade para ninguém. E a crise não é só mais uma fase ruim na política ou na economia. O que estamos vivendo é o desaparecimento da própria ideia de autoridade como pilar para organizar a vida em sociedade. O que aconteceu no país foi um movimento pendular onde, depois de décadas de um poder centralizador que abafava qualquer debate, não evoluímos para uma democracia forte e equilibrada; ao invés disso mergulhamos de cabeça no extremo oposto: a cultura da "anti-autoridade", da paralisia de decisão. O que re dundou no pior de dois mundos: uma falsa liberdade convivendo com a tirania do caos. E isto é consequência de um projeto que, com a desculpa de "democratizar", foi desmontando sistematicamente as bases das autoridades legítimas do país. Instituições que sempre agiram como cola social - a família, a escola, a polícia, a justiça - foram esvaziadas. No lugar delas, ficou uma máquina burocrática gigante e inútil, onde a responsabilidade se dilui até ninguém ser culpado de nada. A desordem virou, ela mesma, o sistema. O Brasil, ao viver sem um rumo que nos una, vê sua sociedade virar um amontoado de gente desconectada, cada um lu tando apenas para sobreviver ao dia de amanhã. No fim das contas, a percepção do cidadão comum é a de abandono total. Ele não sabe a quem recorrer, não vê responsáveis, não enxerga uma luz no fim do túnel. A classe média empobrece vendo os mesmos políticos de sempre jogando seu jogo de cadeiras, enquanto os mais pobres são jogados no desespero, sem dinheiro e, pior, sem a esperança de que a ordem e a justiça possam um dia voltar. O Brasil vive uma espécie de convulsão. Cada parte do corpo social se debate para um lado, de forma violenta e sem sentido. Não existe um projeto de futuro compartilhado; só existe a batalha desesperada para não afundar no presente. Toda essa fragmentação foi incentivada por uma hegemonia de ideias que domi na por décadas as universidades, a grande mídia e o próprio Estado – vendem um discurso de que toda autoridade é opressora, toda hierarquia é errada e a política é só um campo de batalha eterno entre grupos. O resultado é uma sociedade movida à desconfiança e falta de cooperação. O que se estimula é o nosso pior: a ganância sem freios, a corrupção normalizada, o levar vantagem como ideal de vida. Não criamos uma sociedade funcional, e sim um grande amontoado de pessoas cuja regra é o "salve-se quem puder". Notar tudo isso de forma clara não é pessimismo. É realismo. A crise não será re solvida com pequenos ajustes ou trocando um ministro por outro. O que o Brasil precisa é de uma reconstrução, um projeto de país que restabeleça autoridade e ordem como a base indispensável para qualquer crescimento real. Isto significa resgatar a autoridade legítima – aquela que não vem só da força, mas da competência, do mérito e da responsabilidade. Significa ter instituições que funcionem de verdade, onde as leis saiam do papel. E, acima de tudo, signi f ica dizer um "basta" a essa cultura do "tanto faz" que destrói valores. Somente uma ideia forte, uma causa capaz de nos unir em torno de um objetivo comum, poderá nos tirar deste mar de mediocridade. Precisamos voltar a construir uma civilização onde ordem e justiça social não sejam inimigas, mas duas faces de um país que quer se reencontrar

Lucro líquido do 3o trimestre recua 60,2% no terceiro trimestre, diz Banco do Brasil

O lucro do Banco do Brasil (BB) caiu no terceiro trimestre, segundo informação do próprio banco. De julho a setembro, a instituição financeira teve lucro líquido ajustado de R$ 3,785 bilhões, queda de 60,2% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo balanço divulgado na noite desta quarta-feira.

Nos nove primeiros meses do ano, o BB lucrou R$ 14,943 bilhões, recuo de 47,2% em relação ao mesmo período de 2024. 

Em todo o ano passado, o banco teve lucro recorde de R$ 37,9 bilhões.

Com a queda no lucro, o BB revisou as projeções para 2025. Os novos números são os seguintes:

Lucro líquido ajustado: R$ 18 bilhões a R$ 21 bilhões; contra estimativa anterior de R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões.

 Custo do crédito (perdas esperadas com inadimplência e outros riscos): R$ 59 bilhões a R$ 62 bilhões; conta estimativa anterior de R$ 53 bilhões a R$ 56 bilhões;

Crescimento do crédito

Com o aumento dos juros, o BB emprestou menos no terceiro trimestre, puxado principalmente pela retração no crédito às empresas. A carteira de crédito ampliada encerrou setembro em R$ 1,279 trilhão, queda de 1,2% no trimestre, mas alta de 7,5% em 12 meses.

Dividendos

Em julho, o Banco do Brasil tinha reduzido de 40% para 30% a parcela do lucro distribuídas aos acionistas. Em julho, o Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, documento que orienta a execução do Orçamento, reduziu a projeção de dividendos de estatais para 2025 de R$ 43,4 bilhões para R$ 41,9 bilhões.