Artigo, especial, Alex Pipkin - O País do Medo

Alex Pipkin, PhD em Administração

As instituições brasileiras se tornaram fábricas de medo — e, mais do que isso, fábricas emblemáticas da autolocupletação e difusoras da intimidação. O poder e a liderança já não se afirmam pela confiança ou pela competência que inspira e serve de modelo; virtudes essenciais, sobretudo para a geração mais jovem. Historicamente, o poder flertou com o medo; no Brasil atual, ele o faz de forma escancarada e sem pudor. O medo tornou-se o método oficial das lideranças institucionais, que confundem força com coerção e autoridade com intimidação.

A universidade, que deveria ensinar a pensar por meio de várias visões de mundo, transformou-se em laboratório de obediência. O contraditório foi banido — e, de forma estúpida e ideológica, cancelado. Não se pode discordar, muito menos pensar contra o dogma. Não há debate; há apenas a catequese das falácias do coletivismo, do “progressismo” do atraso.

Enquanto isso, a suposta “suprema” corte tornou-se um espetáculo dantesco. O tribunal virou palco de arbitrariedades, vaidades e decisões nada republicanas. Cada juiz interpreta conforme seu humor ideológico, e a lei passou a ser pretexto para o arbítrio. Jornalistas são punidos, opiniões censuradas, e a liberdade de expressão, que um dia nos fez cidadãos, tornou-se risco calculado.

Vivemos sob a ditadura do medo institucionalizado, que transbordou para a vida comum. As pessoas evitam expor-se, opinar ou confrontar. Tornaram-se cúmplices involuntárias da própria servidão. Esse silenciamento é não apenas político, mas psicológico e moral. O resultado é o tipo humano mais perigoso para uma civilização: o vitimista submisso, que transfere a culpa e terceiriza a responsabilidade. Quem estuda a história sabe que este sempre foi o método de líderes autoritários travestidos de humanistas, que arrotam governar para o povo. A culpa pelos fracassos sempre recai sobre um inimigo criado, nunca sobre suas próprias falácias.

Como consultor empresarial, vejo isso de forma evidente. É impossível liderar se você fica limitado aos problemas atuais, sem olhar para a mudança. Muitos líderes estão nesse estado, agarrados ao passado, aos próprios erros e frustrações, culpando o sistema. Eles não mudam; esperam que alguém ou as circunstâncias os mude. A política do medo funciona como antídoto perverso: mantém-nos imóveis e impede que assumam responsabilidade, transformando a inação em obstáculo à mudança.

O legítimo líder é um homem livre que pensa criticamente e que, portanto, age de maneira diferente. Diante do fracasso, ele não repete suas queixas: ele aprende e age. Não diz “ninguém me ouviu”, mas “não construí confiança suficiente para fazer o que precisa ser feito”. Ele entende que a liberdade é inseparável da autorresponsabilidade e de sua ação crítica e deliberada.

Essa é a fronteira decisiva entre cidadão e súbdito. O medo institucionalizado impacta de maneira avassaladora todas as esferas da vida brasileira, impedindo o crescimento individual, corporativo e social — nas empresas, universidades, mídia e sociedade.

No Brasil, a vitimização tornou-se virtude pública. O resultado é uma sociedade de subalternos — dóceis, ressentidos, distraídos — que preferem culpar outros ao desconforto de pensar por si.

Diante dessa realidade, cada indivíduo precisa fazer um exame de consciência. É necessário criar seus próprios incentivos, refletir sobre valores e visão de mundo, e buscar mudar a si mesmo e, na medida do possível, este sistema perverso. É possível pensar diferente, adotar visões diversas, mas sem se acovardar ou se resignar à estagnação e ao retrocesso que medo e vitimização nos impõem. A responsabilidade é pessoal. A ação consciente é o único caminho para não nos tornarmos cúmplices de nossa própria mediocridade.

Enquanto o medo for o cimento das nossas instituições e a vitimização o refúgio das consciências, permaneceremos estúpidos. Não por falta de inteligência, mas por covardia moral.

Artigo, especial - EKO, ONG virtual contra o desenvolvimento real

Este artigo é do Observatório Brasil Soberano

 Na segunda-feira 13 de outubro, os brasileiros foram surpreendidos com uma notícia sobre uma pesquisa do Datafolha, segundo a qual 61% dos seus con terrâneos seriam contrários à exploração petrolífera na Bacia da Foz do Ama zonas, que deveria ser proibida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A nota da agência Reuters, citada em vários jornais e sites noticiosos, infor mava que a pesquisa havia sido encomendada pela ONG Eko, descrita como um grupo de responsabilidade corporativa. A coordenadora de campanhas da organização, Vanessa Lemos, emitiu uma declaração informando: “Os próxi mos meses serão decisivos para o legado de Lula. A maioria dos eleitores bra sileiros querem que ele proteja a natureza e o clima”. A pesquisa, realizada com 2.005 pessoas no início de setembro, indicou que a maior faixa etária de oposição à exploração, se situa entre 15-24 anos, chegando a 73%. Em paralelo, a Eko comprou uma página inteira na Folha de S. Paulo para trans mitir um recado: “Lula: a COP30 não pode falhar... Dezenas de milhares de pes soas em todo o mundo pedem ao presidente Lula: proteja o clima e a natureza.” Como a pesquisa não consta do site do Datafolha, as informações a respeito dela e a avaliação dos resultados tiveram que ser garimpadas nas notas pu blicadas pela mídia. De início, salta aos olhos que uma pesquisa que prova velmente foi feita por telefone, com uma amostragem relativamente restrita e questões tão genéricas quanto enganosas (a exploração não se refere à foz do rio Amazonas, mas à Bacia da Foz do Amazonas, uma unidade geológica que se estende pelos litorais do Pará e do Amapá), dificilmente, pode ser conside rada como a “opinião média dos brasileiros” sobre o assunto. Ademais, independentemente do método de entrevistas e da amostragem, é evi dente que solicitar a adolescentes opinarem sobre um tema sobre o qual a grande maioria só tem acesso pelas campanhas alarmistas da “indústria do clima” não poderia proporcionar resultados diferentes. Sem falar que essa é uma geração que tem sido alvo de uma autêntica lavagem cerebral orientada pelo enfoque ca tastrofista, que tem início nos livros escolares dos ensinos Fundamental e Médio. Por outro lado, vejamos o que é a Eko. Trata-se de uma ONG virtual registrada como entidade sem fins lucrativos no Distrito de Columbia, Califórnia e Nova York, nos EUA, no Reino Unido e na Irlanda, e não possui uma sede física. Em seu site (www.eko.org), apresen ta-se como “um grupo global de consumidores que existe para coibir o poder crescente de grandes corporações”. E prossegue: “Lançada em 2011, nós usa mos o poder de ferramentas online para promover campanhas que mobilizam milhões de pessoas para ações que façam mudanças sociais. A nossa comuni dade é constituída de uma dedicada equipe que coordena campanhas com os nossos milhões de membros ao redor do mundo.” Sua especialidade são campanhas virtuais de propaganda contra os alvos corporativos selecionados, que mobilizam dezenas a centenas de milhares de 19 de Outubro de 2025. by Lorenzo Carrasco e Geraldo Luís Lino • ONG virtual, influência real: Eko financia campanhas digitais e pesquisas de opinião para influenciar políticas ambientais no Brasil, sem ter presença física nem transparência local. • Pesquisa manipulada e mídia aliada: O Datafolha foi usado para divulgar resultados enviesados sobre o petróleo na Foz do Amazonas, amplificados pela Folha e pela Reuters. 

Artigo, especial, Facundo Ceúleo - Grêmio, escolhas criteriosas ou tiro no pé

Serve um jogador individualista, que joga pra torcida, o tipo enfeitado que só quer aparecer e esquece a equipe? A resposta é 100% não! Ninguém tolera. Faz a diferença e ganha a torcida aquele que pode nem ser tão talentoso, mas que se entrega, que é solidário, que busca resultado em vez de se preocupar com o próprio brilho.

Agora, por que não se usa um critério semelhante na hora de escolher um dirigente? (Vale para a política do clube e para a do país.) No campo, tudo, ou quase tudo é concreto. É fácil ver quem acerta ou erra passe, quem corre e quem faz corpo mole, quem tem preparo físico e quem cansa antes da hora. Já a política exige abstração. E pouca gente é capaz de pensamento abstrato. E aí, os que votam (na política do clube ou do país) podem acabar dando um tiro no pé. Basta acreditar em lorota, ir na conversa de quem promete o que não pode dar e cair na lábia dos espertos que só falam o que o eleitor quer ouvir. Aí já era!

Receio que isso possa acontecer no Grêmio nas eleições que se aproximam. Seria fácil fazer uma enquete. Bastaria pedir ao eleitor o seguinte: "escreva num papel cinco, só cinco características que você gostaria que o futuro presidente do clube tenha".

Não sei que respostas viriam. Sei que a maioria não gosta de quem fala com sinceridade. A maioria não valoriza quem faz lembrar que é difícil construir alguma coisa sem esforço e sem algum sacrifício. O dirigente que, em vez de usar critérios de simpatia, decide com a razão, pensando no melhor para o clube, que não se empenha em agradar à torcida para ser popular, esse acaba enfrentando uma oposição furiosa!

Torcida é massa. E massa não pensa, só reage. Os "identificados" e seus assemelhados da mídia tradicional exploram esse fato, baixando o cacete no diretor que não joga pra torcida, investindo na mediocridade da massa para... faturar! Influenciam, claro! Aí, no voto, num sistema eleitoral torto como o do Grêmio, há o risco de ser eleito quem tem mais lábia.

O Grêmio necessita, para começar, de um presidente com grande capacidade de diálogo, um conciliador, que saiba atrair gente talentosa que tenha vontade de somar esforços, de colaborar e fazer o clube grande como já foi: gente que quer servir o clube, não servir-se do clube! Hoje a dupla Gre-Nal é periferia no futebol nacional. Como reverter essa condição? Uma direção coesa, bem articulada, com um líder respeitável que sabe pôr pilha na equipe, provavelmente conduza o Grêmio a posições que já ocupou e merece ocupar de novo.

Tudo que o Grêmio não necessita é de um presidente desagregador, hábil em fazer narrativas e sem transparência, porque esse é o tipo que só se preocupa em ser popular em vez de pensar no clube: muita lorota e pouca sinceridade. Esse é o que joga pra torcida e atrasa a instituição!

Para deixar de ser periferia (e isso vale para Grêmio e Internacional), é preciso evitar jogadores enfeitados e dirigentes demagogos, politiqueiros com outros interesses.... Será preciso desenhar?


No ano passado, câncer de mama matou 1,4 mil mulheres no RS

 Em 2024, o Rio Grande do Sul apresentou queda de 8,9% nos óbitos de mulheres em decorrência do câncer de mama, mesmo registrando a terceira maior incidência da doença no país, com 4.842 novos casos. Foram 1.399 falecimentos em 2024 contra 1.536 de 2023.

A informação está no site do governo estadual do RS. O texto a seguir é da publicação.

Os dados preliminares fazem parte da edição de 2025 do Boletim Epidemiológico da Situação do Câncer de Mama no Estado do RS. O material foi divulgado nesta sexta-feira (17/10) pela Secretaria da Saúde (SES) como parte das ações do Outubro Rosa, mês de conscientização sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama.

No total de casos da doença, o Rio Grande do Sul aparece atrás de São Paulo (14.327) e Minas Gerais (6.575). De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), foram 1.122 casos a mais do que a média de 3.720 esperados para o triênio 2023-2025 no Estado, uma diferença de 30%.

Por sua vez, o resultado dos óbitos, de 24,2 por 100 mil mulheres, ficou abaixo da previsão para o ano passado (25,4 por 100 mil mulheres) – foram 137 mortes a menos do que o previsto. O número é inferior também aos registros de 2022 (24,8) e de 2023 (26,5). Também houve reversão na alta dos óbitos registrada em 2023 (1.536) em relação a 2022 (1.435).


O resultado, no entanto, varia conforme o critério raça/cor. Entre a população branca, foram 27,86 óbitos de mulheres por 100 mil, ficando acima da meta estadual e do resultado geral. A taxa entre mulheres pardas foi de 10,02 por 100 mil e pretas, de 20,37 por 100 mil.