Artigo, especial, Alex Pipkin - O Estado engorda, o Brasil anda para trás

Alex Pipkin, PhD em Administração 

Ronald Reagan sintetizou uma verdade inconveniente: o Estado não é a solução; o Estado é o problema. Até o caolho enxerga. 

No Brasil, porém, insistimos em tratá-lo como se fosse um messias burocrático, sempre pronto a salvar a pátria a cada crise real ou fabricada. A retórica progressista–populista nunca muda. Sempre que surge um “problema”, cria-se um órgão, inventa-se uma regra, multiplica-se uma secretaria. E o Estado engorda mais um pouco, sempre às custas de quem produz, e do sofrido contribuinte.

Essa fé infantil no Leviatã seria apenas cômica, não fosse trágica.

Vivemos ciclos acelerados de inovação, impulsionados por robótica, autonomia e inteligência artificial, em um ambiente hiperconectado em que empresas reinventam processos em meses. Enquanto isso, o Estado brasileiro permanece atolado em rotinas analógicas, burocráticas e disfuncionais. Uma máquina pesada, lenta, cara, e incapaz de acompanhar até mesmo a própria papelada que gera.

O mais irônico é que o Estado insiste em assumir atividades que não são — e nunca foram — suas. 

Mesmo nas áreas precípuas, na educação, saúde, segurança, a operação por parte da iniciativa privada, quando não é sabotada, entrega mais qualidade, mais inovação e menor custo. Mas a mentalidade tacanha, marxista, insiste na fantasia de que “o setor privado lucra com isso”, como se lucro fosse pecado e incompetência fosse virtude. Esse dogma rastaquera alimenta a expansão interminável do Estado, que abraça tudo e não executa quase nada bem.

O Judiciário é o caso perfeito dessa distorção. Nessa ilha de Nárnia, onde o tempo não passa, os privilégios se acumulam e a eficiência desaparece. A deselite estatal aparece para uma única canetada, despeja o resto sobre estagiários e assistentes — e, como se tivesse movido montanhas, fecha o expediente sem o menor pudor. Um teatro caro, improdutivo e protegido por uma redoma de privilégios que nenhum setor privado sobreviveria por um mês.

Enquanto o país real tenta trabalhar, empreender e inovar, o Estado segue acumulando tarefas que não sabe fazer, não entrega e nem deveria ter assumido. Faz tudo, faz mal e cobra muito por isso. A expansão compulsiva do setor público tornou-se o maior obstáculo ao crescimento, à liberdade econômica e ao próprio futuro do país.

O meu alerta é conhecido e singelo.

Um país que idolatra o Estado cava a sua própria estagnação; um país que liberta o indivíduo reencontra o caminho da prosperidade para todos.

O que nos falta não é diagnóstico, claro que não.

É coragem, e vergonha na cara, para, finalmente, escolher.

Artigo, Rony Toledo, Timeline - O coletivismo

O autor escreve na revista Timeline 

A escritora russa Ayn Rand, com sua habitual sabedoria, afirma: "O fascismo, o nazismo, o comunismo e o socialismo são variações superficiais de um mesmo tema monstruoso: o coletivismo". Seguindo essa linha de pensamento da filósofa e dramaturga, o coletivismo pode ser visto como a base de movimentos uniformes, revolucionários e massivamente concordantes, nos quais a aceitação é dada pela total aquiescência e ausência de atrito com os iguais ou superiores. Nesse cenário, a opinião individual deve ser obrigatoriamente substituída pela opinião da massa, seja ela certa, seja errada, seja moral, seja imoral, seja amoral. Não é preciso muito para perceber a brecha que essa mentalidade abre contra qualquer um que, porventura, discorde do líder do grupo, sindicato, partido, universidade, tribuna etc.

Antes de seguir com a análise, um breve esclarecimento sobre o termo "coletivismo" evitará possíveis confusões. No contexto deste artigo, refere-se às instituições coletivistas de ordem econômica, social e política, cujos princípios fundamentais subjugam o indivíduo a um ou mais grupos. Como consequência, a liberdade pessoal é diminuída e o desenvolvimento do ser humano é prejudicado. Outra interpretação possível para o termo diz respeito a tendências comuns em uma sociedade, região ou grupo, nos quais desejos, crenças, gostos e metas se tornam semelhantes, devido ao convívio diário. Essa forma de coletivismo é tipicamente inofensiva e natural.

Por meio de movimentos coletivistas exercidos sob pressão por grupos econômicos, sociais ou políticos, uma das características marcantes de um autêntico esquerdista, como de qualquer coletivista, é a divisão do mundo em grupos: castas, raças, classes, gêneros, religiões... A bondade ou maldade de uma pessoa deixa de ser julgada por suas ações e posturas individuais, passando a depender exclusivamente do grupo ao qual ela pertence. Nesse sentido, a famigerada luta de classes não passa de uma consequência lógica da eterna batalha entre o bem e o mal. Esses ideais, originários de Marx e Engels, foram amplamente exaltados e atualizados por Marcuse, Adorno e outros membros neomarxistas da Escola de Frankfurt.

Nas sociedades coletivistas, ninguém é responsabilizado por seus próprios atos. Erros não são vistos como o resultado de escolhas livres e conscientes, cujas consequências devem ser arcadas pelo próprio indivíduo, mas, sim, como imposições de uma figura mais poderosa, ou até mesmo da sociedade como um todo. Não será surpreendente o dia em que indústrias de bebidas alcoólicas forem responsabilizadas pelos acidentes de trânsito envolvendo motoristas embriagados, ou quando mulheres forem processadas por essas indústrias por agressões de maridos alcoolizados.

O ideal revolucionário coletivista - presente desde a Revolução Francesa até a Revolução Russa, no nazismo alemão, no fascismo italiano, na Revolução Cultural de Mao Tsé-Tung na China e na União Soviética, sob Lênin e Stalin - nunca teve, de fato, a intenção de buscar liberdade ou paz. Ao contrário, sempre se tratou de uma arquitetura social permanente e definidora, extremamente perigosa para a liberdade ordenada justamente por seus princípios que lhe são contrários.

Uma sociedade coletivizada é uma sociedade imatura, que perde a capacidade de reconhecer as características próprias e diversas de seus indivíduos. A pluralidade de pensamentos e gostos é completamente anulada. A despersonalização do ser humano é imposta de maneira abrupta, a fim de abrir caminho para a ascensão de uma classe. O que passa a existir não é mais o ser humano e suas particularidades, mas a classe como um todo.

O significado do símbolo do Partido Fascista ilustra bem o que quero expressar: trata-se de algumas madeiras unidas por uma faixa. Nesse símbolo, não conseguimos mais perceber as características individuais de cada pedaço de madeira, mas sim um único feixe de lenhos, envoltos por uma faixa comum. Esse símbolo e essa metáfora refletem a coletivização do indivíduo, na qual ele deixa de ser uma entidade única e pensante para se submeter ao grupo social, sendo envolvido por uma faixa padronizadora.

A luta revolucionária coletivista é fundamentada no conceito da "Inconsciência de Interação", no qual a luta pelo abstrato prevalece sobre a busca por algo tangível e real. Romper com essa inconsciência é dar maior valor ao indivíduo e menos aos rótulos padronizantes. A inconsciência de interação é, sem dúvida, danosa à alma humana, provocando uma despersonalização brutal em indivíduos que já não se referem a si mesmos na primeira pessoa do singular, mas se tornam estereótipos vazios de sentido, sonho e desejo.

Em vídeos, podemos observar homens e mulheres adeptos do nacional-socialismo alemão, que, de forma padronizada e despersonalizada, saudavam-se com as mãos estendidas em uma postura militar, enaltecendo o líder do regime. Algo semelhante pode ser visto nos desfiles da China atual, nos quais jovens orquestram seus passos e vestimentas, carregando o livro vermelho de Mao Tsé-Tung, às ordens de Xi Jinping e do Partido Comunista Chinês. Nesses regimes, o indivíduo é esquecido e transformado em parte de um amálgama humano. José e Maria deixam de existir enquanto nomes e identidades, dando lugar ao ser que é apenas contrário ou favorável ao partido, da classe ou do líder.

O coletivismo nasce do desejo de acumular dinheiro ou poder por parte de certos grupos ou indivíduos. Para que um tirano ascenda, é necessário despersonalizar a sociedade, reprimir e restringir as individualidades humanas, padronizando-as de acordo com os desejos do imperador e de seu império. Para o integrante do governo, imerso até o fundo em ideais coletivistas, os seres humanos são coisas a serem dominadas, meros meios para atingir fins.

Numa sociedade baseada em princípios coletivistas, o desenvolvimento da competência individual da população deve ser restringido, para preservar a dependência e a submissão das pessoas ao governo dominante. Tal submissão nem sempre é imposta de maneira bélica. Ela pode ser cultural, política, econômica, biológica, demográfica ou intelectual. Destruir a natureza humana é o ponto-chave desses movimentos coletivistas para o domínio das massas, desde o seu íntimo. Antes de manipular as informações e criar uma ditadura, a primeira tirania coletivista a ser instaurada é a confusão sobre o que ela é. Esse é o princípio inicial da aniquilação de um inimigo.

Como resposta ao convite dos políticos esquerdistas, as pessoas agora pedem a intervenção do governo em todos os principais setores da vida: creches, educação pública escolar, educação sexual, regulamentação dos empregos, qualidade e confiabilidade de produtos, regulamentação da moeda e dos bancos, regulamentação de remédios, políticas de saúde, compensação por deficiências pessoais, aposentadoria etc. Diante do clamor das pessoas coletivizadas e despersonalizadas, o Estado tem se tornado administrador do cuidado paternal, da proteção e das indulgências, desde o berço até o túmulo. O Estado moderno assumiu o papel de um pai aparentemente benigno, generoso, onipotente e semelhante a Deus, que serve como tutor, gerente, provedor e cuidador. Nós temos, na verdade, elevado nossos governos ao status paternal, na crença de que estaremos em melhor situação se eles cuidarem de nós do que se o fizermos nós mesmos.

Deslocamos nossas premissas sobre a condição humana de uma concepção ética e religiosa, de que devemos alcançar uma boa vida por meio do trabalho duro e de responsabilidades individuais e cooperativas, para uma concepção coletivista e secular da vida, a de uma competição manipuladora pelas recompensas do "Estado babá". Em vez de rezarmos a Deus, pedindo força e orientação em nossas lutas pessoais para servir os outros enquanto servimos a nós mesmos, nós imploramos aos nossos legisladores por um lugar no cocho público e esperamos que eles sejam generosos conosco, ao menos na mesma proporção que o são uns com os outros.


Link deste artigo:

https://revistatimeline.com/o-coletivism


Artigo, especial - O oásis de gesso da Faria Lima

Este artigo é do Observatório Brasil Sovberano

Nos corredores do mercado financeiro, a única realidade que parece importar é a que pisca em verde nos terminais da B3. Enquanto eles celebram recordes - como o Ibovespa superando 157 mil pontos numa sequência histórica de altas -, a nação experimenta uma fratura existencial. A mais recente pesquisa IBESPE de novembro de 2025 não foi um mero levantamento de opinião, mas um retrato do atestado divórcio irreconciliável entre o Brasil que sente a dor da desordem que o governo impõe, e a elite econômica que lucra com a normalização dessa barbárie. A questão já ultrapassou o antigo limiar: não nos perguntamos mais se o mercado ainda está otimista, e sim por que a sua prosperidade se alimenta da negação da realidade dos brasileiros mais sofridos. Essa crise é o resultado maduro de um longo processo de inversão de valores, precisamente o fenômeno que Edmund Burke diagnosticou como o âmago da ideologia revolucionária: a demolição das tradições e instituições que garantem a ordem em nome de uma abstração ideológica. No Brasil, essa engenharia so cial encontrou sua perfeita tradução no projeto de hegemonia cultural imple mentado pelo PT e seus satélites por décadas. Ao capturar a academia, a im prensa e as instituições, a esquerda logrou deslegitimar a autoridade do Estado e reconfigurar a moral nacional, transmutando o criminoso em vítima e a força da lei em opressão. Os efeitos desse projeto são hoje visíveis a olho nu e mensuráveis em qualquer métrica. Enquanto 72,8% dos brasileiros clamam para que o crime organizado seja tratado como terrorismo, o governo federal se recusa a fazê-lo, recorrendo a sofismas sobre "soberania" para proteger facções que impõem um terror muito mais imediato e brutal aos seus cidadãos. A condenação repetida e veemente das operações policiais contra traficantes, como a ocorrida no Rio de Janeiro, não é um deslize, mas a expressão coerente de uma visão de mundo que enxer ga no aparato de segurança do Estado o verdadeiro inimigo. O Estado, atuan do de caso pensado em um plano que claramente não envolve o bem estar de quem mais precisa dele, recua, e o vácuo de poder é preenchido pela barbárie do narcoterrorismo. É neste exato contexto de degradação social que o paradoxo do mercado financei ro se revela em sua plenitude. A euforia especulativa trata o colapso do contrato social como simples ruído, uma variável irrelevante para o fechamento de balanço trimestral. A aliança profana entre um mercado desenraizado da vida do povo e o progressismo cultural se mostra cada vez mais real. Na sua miopia tecnocrática, os banqueiros celebram ganhos cada vez maiores enquanto ignoram, e até se be neficiam, da erosão dos alicerces culturais e institucionais que o país precisa para se entender e funcionar como nação. E assim se forma um pacto onde se aceita a anomia e a desintegração do tecido social em troca da manutenção de uma agen da econômica de curto prazo que sustenta a bolha financeira. A prosperidade da Faria Lima, quando se recusa a tirar a trava dos olhos para en xergar a situação catastrófica do país, é parasitária e construída sobre um oásis de gesso. Ela se nutre de um país que pede socorro, ignorando que os mesmos portões de condomínio que hoje protegem seus executivos não vão ser capazes de conter o caos quando o contrato social for rasgado de vez. A festa na bolsa de valores não é o prenúncio de um futuro brilhante pro país. Ela está mais para uma trilha sonora para a admissão do Brasil nação à UTI, enquanto uma pe quena elite dança sobre os escombros, confundindo a falta de humanidade com saúde e o silêncio dos resignados com paz.

Dica do editor - Conheça o tamanho da frota de aeronaves do governo do RS

O editor usou consulta com ferramenta de Inteligência Artificial e obteve o seguinte texto a respeito da frota de aeronaves do governo do RS

O governo do Rio Grande do Sul possui uma frota de aeronaves, incluindo aviões e helicópteros, que são utilizados pela Brigada Militar, Polícia Civil e Bombeiros. Atualmente, a frota é composta pelos seguintes modelos: 

Aviões:

Modelos atuais, que incluem bimotores, como o Baron 58. O governo utiliza atualmente aeronaves como o King Air, que é valorizado por sua capacidade de pousar em diferentes tipos de pista, inclusive as não pavimentadas, o que é crucial para o transporte de órgãos, por exemplo.

Helicópteros:

Esquilo B3 (dois na Polícia Civil).

A frota total de helicópteros e aviões à disposição das forças de segurança é de 12 aeronaves (antes da chegada de novas aquisições). 

Aquisições Recentes e Futuras

O governo do RS está em processo de ampliação da sua frota. Novas aeronaves estão sendo adquiridas para a Brigada Militar, elevando o total da frota do estado para 16 aeronaves, entre aviões e helicópteros: 

Helicópteros:

Um helicóptero Esquilo H125 (já em processo de entrega técnica).

Um helicóptero Bell 429 biturbina.

Dois helicópteros AW169, com capacidade para até 10 passageiros. 

Além disso, o governo gaúcho planeja adquirir um avião a jato para viagens oficiais mais rápidas e com maior autonomia, diferente dos modelos bi e monomotores atualmente em uso para transporte do governador e outras autoridades. A aeronave atual (King Air) faz o trajeto Porto Alegre-São Paulo em cerca de 2 horas, enquanto o jato faria em aproximadamente 1 hora e 15 minuto

Chanceler vieira reúne-se com Rubio em Washington. Pode sair acordo provisório de 60 dias.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira teve outro encontro com Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA. Desta vez foi em Washington. Na semana passada, ele teve dois encontros rápidos com Rubio, tudo durante a reunião do G7 no Canadá.

O que disse Vieira, depois da reunião de ontem:

- Apresentamos nossas propostas para a solução das questões (tarifaço). Agora estamos esperando que eles nos respondam.

O chanceler brasileiro afirmou que os dois países buscam concluir, até o fim deste mês, um acordo provisório que estabeleça o roteiro das negociações pelos próximos um ou dois anos. 

O Itamaraty disse que paralelamente ao encontro entre Vieira e Rubio, negociadores dos dois Países reuniram-se separadamente. A comitiva oficial brasileira foi esta:

Maria Luiza Ribeiro Viotti, embaixadora do Brasil em Washington;

Joel Sampaio, chefe da Assessoria Especial de Comunicação Social;

Ricardo Monteiro, chefe de gabinete e embaixador;

Philip Fox-Drummond Gough, secretário de Assuntos Econômicos e Financeiros do Itamaraty;

Fernando Sena, ministro-conselheiro da embaixada brasileira.

STF abre outro julgamento político, desta vez contra Tagliaferro

Por unanimidade dos seus 4 ministros, os falcões da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram, nesta quinta-feira (1, tornar réu o ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro. Ele foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de violação de sigilo funcional, coação no curso do processo e obstrução de investigação penal.O ex-assessor foi investigado pela Polícia Federal pelo vazamento de conversas com outros funcionários do gabinete do ministro. Tagliaferro foi contratado pelo próprio ministro para trabalhar na Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), seção que funcionou no TSE durante as eleições presidenciais. O auxiliar revelou dados que mosatram a interferência do STF nas eleições, favorecendo Lula e prejudicando Bolsonaro. As denúncias não são investigadas pelo STF, PGR, PF ou Congresso, mas Taglafierro já entregou tudo ao governo dos EUA e ao Parlamento Europeu.

Taglafierro, que se refugiou na Itália por medo do seu ex-chefe, no caso Moraes, revelou o conteúdo de grampos que fez com juizes auxiliares do ministro, na época em que ele foi presidente do TSE, 2022.

Trata-se de outro julgamento político no qual Moraes é vítima e julgador.