Alex Pipkin, PhD em Administração
Fico imaginando com o que eles se “divertirão” agora. Perderam, pelo menos por hora, o brinquedo favorito. O ódio a Israel deixa de ser o protagonista 00 dessa tragédia moral encenada pela esquerda do atraso. A festa do terror está sendo mitigada. Mas eles não sabem viver sem uma causa para odiar. Continuarão, é claro, tomando café, almoçando e jantando com o velho antissemitismo, esse prato frio que volta, de tempos em tempos, ao cardápio moral da esquerda “humanitária”.
Sim, eles têm seus nobres rituais. Toda semana, uma procissão de consciências puras se reúne para exibir, em espetáculo público, sua superioridade moral encenada. É a missa do ressentimento. São palavras de ordem no lugar de orações, slogans no lugar de pensamento, histeria no lugar de compaixão. Cada gesto é calculado, cada frase é performática, são pseudo-indignações trágicas.
E na republiqueta da união e reconstrução, hein? Será que a missa continuará com o mesmo padre de barro de sempre — Lula — ou será atenuada? Que dúvida atroz…
O desgoverno Lula, ao retirar o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto, cometeu não apenas um retrocesso diplomático, costumeiro, mas uma perversão moral e um flagrante gesto de antissemitismo institucional, enviando aos judeus brasileiros a mensagem de que sua memória, dignidade e segurança valem menos que ideologias e conveniências políticas.
O falastrão inconsequente e reincidente continuará insultando a memória dos que tombaram no Holocausto e zombando dos judeus brasileiros, enquanto finge governar? Sua fé é a gastança, sua missa é o populismo, e seus fiéis confundem o Tesouro Nacional com o cofrinho da “justiça social”.
Mas será que eles se voltarão para algo mais pragmático? Ou continuarão perseguindo nobres causas de palco? Perguntas retóricas; o espetáculo precisa continuar, a moral deve ser exibida, a indignação teatralizada.
É. Antes a desculpa era a taxa de juros do Banco Central. Campos Neto era o herege. Agora, com Galípolo, o que eles fazem? Talvez uma nova cruzada moral para justificar o roubo do INSS, o saque da quadrilha lulopetista contra idosos e jovens. Tudo, claro, em nome da “paz e do amor”, da virtude superior e intransigente que nunca se materializa em resultados fatuais.
Será que eles, como apologistas anti-pobreza e anti-desigualdade, sairão às ruas para protestar? Irão alertar sobre a dívida pública, que alcança 80% do PIB e, combinada com juros altos, obriga o governo a gastar com juros em vez de “investir” em mais assistencialismo ou garantir serviços públicos de qualidade? Quem paga a farra somos nós, os contribuintes. Será que marcharão de punho cerrado, gritando contra o “capital financeiro”, incapazes de ver que é a própria fé estatista que gera essa pobreza e desigualdade?
Não, eles não desaparecerão. Precisam sempre de um fantasma, de uma mentira, de um inimigo para existir. O silêncio constrangido não lhes cabe. A vontade antiga, a obsessão de controlar, censurar e pregar a virtude, renascerá com um novo velho significado, ressignificado, sempre contra aquilo que não entendem, sempre do lado errado da história, sempre encenando a moral enquanto o mundo real arde ao redor. E continuarão, como sempre, odiando para existir.
A fé vermelha sempre se esfarela. O resto é missa para ateus de si mesmos.
Que vergonha… sempre ritos vazios de sentido, um culto ao próprio vazio moral.
