Artigo, especial, Alex Pipkin - Desamparo e vergonha no Brasil de hoje

Alex Pipkin, PhD

Escrevo como judeu. Escrevo como alguém que carrega a memória de um povo marcado pelo sofrimento, mas também pela resiliência, e que hoje, no Brasil, se sente à mercê do desamparo. Pergunto-me, com perplexidade e indignação, como uma nação inteira pode ser conduzida por alguém tão vil, tão apequenado, que reduz o cargo de presidente à caricatura de um populista ideológico e inconsequente. Nunca antes, na história deste país, os judeus se sentiram tão inseguros, tão expostos, tão desamparados.

Nunca houve no Brasil, até aqui, um ambiente tão hostil ao povo judeu. Nem mesmo nos anos sombrios em que Getúlio Vargas, em meio ao genocídio nazista, fechava as portas deste país a milhares de judeus que buscavam refúgio, o clima foi tão corrosivo, tão impregnado de hostilidade aberta e legitimada pelo poder. O que hoje vivemos é pior! É a normalização do antissemitismo como retórica oficial, é o conforto com que se envenena a opinião pública contra um povo que sempre esteve ao lado do Brasil.

Não falo apenas da catástrofe econômica — incompetência, corrupção, dilapidação do dinheiro público. Isso, por si só, já bastaria para indignação. Mas o que fere de modo irreparável é a degradação moral institucionalizada. A corrupção não é acidente: é método. A má gestão não é acaso: é regra. Mas pior do que tudo isso é o antissemitismo explícito, legitimado no mais alto escalão.

Vejo diplomatas de carreira, gente séria, constrangidos pela chamada “diplomacia de 

 boteco” que se instalou em Brasília. Mas não é apenas constrangimento, é vergonha. É a dilapidação do respeito que o Brasil já teve no mundo e, em especial, da sua histórica postura de equilíbrio nas questões diplomáticas. Celso Amorim, assessor especial do presidente, profere discursos de um antissemitismo declarado. O próprio Lula, falastrão contumaz, insiste em declarações cada vez mais perigosas, irresponsáveis, que fomentam o ódio e transformam o antissemitismo em algo palatável, quase banal, especialmente para jovens idealistas ainda imaturos diante da verdade.

Israel, que esteve ao nosso lado em tragédias como Brumadinho, hoje é difamado por este desgoverno que se orgulha de tomar partido de terroristas. O Hamas — assassinos financiados por regimes sombrios — não deseja nem jamais desejará a paz. Em 7 de outubro de 2023, cometeram atrocidades indescritíveis: estupraram mulheres diante de filhos, decapitaram bebês, assassinaram civis inocentes como se fosse um esporte macabro. Ainda detêm aproximadamente 50 reféns, sem que se saiba se vivos ou mortos. E, ainda assim, este governo insiste em qualificá-los como “resistência”. Que vilania, que desonra, que vergonha histórica!

Desde então, alguns insistem em falar em genocídio contra Israel. Essa acusação é absurda. Nenhum exército verdadeiramente genocida se preocuparia em abrir corredores para civis, avisar populações antes de ataques ou organizar a evacuação de crianças gravemente doentes para tratamento seguro em outros países. Israel, ao contrário, demonstra cuidado com os inocentes, providenciando transporte médico seguro e assistência humanitária imediata — uma ponte de solidariedade erguida logo após a tragédia. Dizer que isso configura genocídio é distorcer a realidade, manipular fatos e insultar a memória de vítimas reais de genocídios passados e presentes.

E diante dessa situação, onde estão os defensores mundiais dos direitos humanos? Onde está quem clama por dignidade e proteção da vida? Omitir é concordar. O Hamas usa suas armas e sua mentalidade de ódio contra a própria população. Faz dos palestinos escudos humanos, utiliza hospitais como trincheiras, transforma seu povo em carne viva para seu projeto de morte. Que mais é preciso para que o mundo desperte, e para que se compreenda que o antissemitismo no Brasil não é teoria, não é retórica, é realidade e perigo concretos?

Talvez o gesto mais vil deste governo não seja apenas o constrangimento e a insegurança em que nos mergulha, mas o insulto à memória daqueles que tombaram pelo racismo, pelo antissemitismo, do qual os judeus sempre foram bode expiatório. Ele profana a memória de um povo que fez contribuições incalculáveis para o progresso em todas as áreas, mas principalmente para o processo civilizatório da humanidade. Isso não é apenas ataque ao presente; é profanação da história e da dignidade humanas.

O que este governo está semeando no Brasil não é apenas desinformação. É veneno ideológico que inverte a moral, distorce a verdade e transforma jovens — potenciais líderes do amanhã — em presas fáceis de uma narrativa perversa. E ao povo judeu, cabe hoje a amarga constatação: não estamos seguros. Nem física, nem moralmente. Este governo nos desampara e, ao fazê-lo, macula o futuro da nação.

A tragédia não é apenas administrativa. É civilizatória. É um desserviço à verdade, à justiça e à segurança. O Brasil, outrora amigo de Israel, hoje se coloca ao lado da barbárie. E isso jamais será esquecido!

Artigo, especial - O duplo padrão da independência: quando o Banco Central é técnico para uns e conveniente para outros

Artigo do "Observatório Brasil Soberano"

O Estadão escreveu que só um Banco Central independente pode contrariar os poderosos. Mas ignorou decisões do próprio BC que, segundo reportagem publicada no Bastidor, teria beneficiado o BTG em 11 bilhões de reais. A infor mação está documentada, é pública, mas o jornal preferiu não cobrir. Nenhuma palavra sobre o caso. Nenhuma linha sobre a diretoria que assinou a decisão. Nenhuma análise sobre o impacto sistêmico de uma transferência dessa magni tude dentro de um setor altamente concentrado. 

Esse texto não tem a intenção de defender o Master, o BRB ou qualquer outro banco. A operação pode ter sido mal estruturada. Pode ter havido excesso de ris co. Pode ter sido barrada com razão. Mas o ponto é outro. Existe uma assimetria clara na forma como determinados agentes são tratados. Alguns têm seus mo vimentos imediatamente associados à instabilidade, à suspeita, à imprudência. Outros passam ilesos por decisões de impacto muito maiores. 

O mesmo jornal que se apresenta como defensor da autonomia do BC decidiu ignorar uma movimentação bilionária que envolveu um dos bancos mais bem posicionados politicamente no país. O mesmo jornal que acusa pressões polí ticas contra a autoridade monetária não emitiu uma linha sobre a influência do mercado sobre as direções do próprio Banco Central. E isso não é secundário. Está no modo como o sistema opera. 

Autonomia não resolve tudo. E não é neutra. Um BC fora do alcance de qualquer direção política também fica mais exposto a outros tipos de pressão. Hoje, mes mo sem autonomia plena, já há decisões que favorecem determinados grupos do mercado sem explicação ou debate. Se esse modelo avança, esse tipo de mo vimento tende a se repetir. E quando isso se repete, o preço é pago por quem não está na mesa. 

Nos Estados Unidos, a disputa entre Trump e o FED deixa isso evidente. Um pre sidente eleito tenta orientar a economia. O Banco Central resiste. Mas essa resis tência também é uma escolha. Também tem lado. E não há nada de neutro no embate entre um projeto de governo e uma direção tecnocrática que se recusa a dialogar com a política. Essa tensão não é sinal de falha. É sinal de que existe disputa, e disputa sempre revela prioridades. 

BTG e Itaú são bancos que não toleram concorrência. Isso não é segredo. Quando alguém aparece para disputar espaço, a reação vem. E não costuma demorar. O BC opera nesse ambiente. E a tal independência, quando defendida sem filtro, pode acabar servindo justamente para blindar quem já manda. As barreiras não são apenas técnicas – são narrativas, editoriais, relatórios e silêncios. Cada um protege à sua maneira. E nem sempre quem protege aparece como parte do jogo. 

A imprensa tem todo o direito de defender o Banco Central. O problema é quan do finge que não escolhe a quem dar voz. Autonomia institucional não deveria ser um escudo para proteger alianças de bastidor. E muito menos um pretexto para manter certas decisões fora de alcance. A defesa das instituições exige mais do que palavras fortes. Exige coerência. Principalmente quando os poderosos estão do lado certo do balcão.

Vereador Ustra reage a ataques e é agredido no plenário por parlamentar da esquerda

A sessão plenária desta quarta-feira (03) na Câmara Municipal foi marcada por forte tensão política. Durante os trabalhos, o vereador Coronel Ustra (PL) foi alvo de ataques pessoais por parte do vereador Erick Dênil (PCdoB), que citou de forma desrespeitosa o nome de seu tio, o Coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra.


Diante da ofensa à honra de sua família, o vereador solicitou e obteve direito de resposta. Em seu pronunciamento, Coronel Ustra relembrou a trajetória de seu tio, que lutou contra grupos terroristas que tentaram implantar uma ditadura do proletariado no Brasil, e reforçou que continuará defendendo publicamente o legado da família e os valores que sempre nortearam sua vida pública e militar.


No momento em que o parlamentar exibia uma foto histórica da ex-presidente Dilma Rousseff, integrante de organizações terroristas na década de 1970, o vereador Roberto Robaina (PSOL) deixou sua bancada, foi até a tribuna e arrancou das mãos de Coronel Ustra o material que ele utilizava para ilustrar sua fala. O ato, registrado pelas câmeras do plenário, gerou tumulto e obrigou a interrupção da sessão.


Para Coronel Ustra, o episódio evidencia o comportamento antidemocrático de parte da esquerda:


“A esquerda, que costuma se apresentar como defensora da democracia, demonstrou ontem o contrário: um comportamento completamente intolerante. Ao exercer meu direito de resposta, fui interrompido de forma agressiva e tive minha manifestação desrespeitada por um parlamentar do PSOL. Sempre que atacarem a honra da minha família ou distorcerem a verdade, farei a defesa necessária, baseada em fatos, e não em narrativas mentirosas”.


O vereador encerrou destacando que seguirá firme na defesa dos valores que representa, incluindo a luta pela verdade histórica, o respeito aos militares que defenderam o Brasil da ameaça comunista e a garantia de liberdade de expressão dentro e fora da Câmara.

Lactalis anuncia investimento de R$ 400 milhões no RS

A Lactalis confirmou, ontem, um investimento de R$ 400 milhões em cinco unidades industriais no Rio Grande do Sul. Os recursos serão aportados ao longo dos próximos três anos (até 2028) na ampliação da produção de queijos prato e mussarela, whey protein, manteiga, requeijão e composto lácteo em Ijuí, Teutônia, Santa Rosa e Três de Maio, além da expansão de mais dois centros de distribuição em Ijuí e Teutônia. Atualmente, a Lactalis tem 23 fábricas, 49 centros logísticos e 14 mil empregados em oito estados do Brasil. Ao ano, a empresa de origem francesa capta 2,8 bilhões de litros de leite no Brasil.

A Lacatalis é líder mundial na captação de leite e quer consumir 10% da produção de leite do RS.

A expectativa é elevar a produção no Estado de 304 mil toneladas (base 2024) para 453 mil toneladas em 2028. Para isso, a captação no campo precisará sair dos atuais 900 milhões de litros/ano para 1,3 bilhão de litros/ano.

Ampliação

Entre as linhas de produção a serem incrementadas no Rio Grande do Sul, haverá ganho substancial no processamento de queijos. Ao fim de 2028, a empresa pretende produzir 100 mil toneladas de queijos/ano no Rio Grande do Sul, 70% mais do que as atuais 58 mil toneladas.

Lactalis

A Lactalis é uma empresa familiar francesa criada em 1933 por André Besnier. O grupo é líder no mercado de lácteos, com presença industrial em 51 países, 266 fábricas e 85.500 funcionários. Iniciou suas atividades no Brasil com a aquisição da indústria de queijos da Balkis e, em 2015, ampliou sua atuação com a incorporação de ativos selecionados da LBR e Elebat e marcas como Elegê, Parmalat e Batavo.

A Lactalis adquiriu, em 2019, a Itambé e, em 2021, a Confepar. Em 2023, assumiu as operações da DPA Brasil (Dairy Partners America), ficando responsável pela fabricação e distribuição de produtos Chambinho, Chamyto e Chandelle e pelas linhas de refrigerados Nestlé, Ninho, Neston, Molico e Nesfit.

A Lactalis Brasil oferece uma seleção de marcas conhecidas, incluindo Batavo, Président, Elegê, Cotochés, Poços de Caldas, Itambé e Parmalat. Atualmente, a Lactalis Brasil é líder em captação de leite no Brasil.

 Os gaúchos estão sentindo no dia a dia o quanto o Rio Grande do Sul está diferente. Em 2024, ano mais seguro da série histórica iniciada em 2010, houve redução de todos os tipos de crimes. O governo do Estado segue nesta sexta-feira (5/9) a série de reportagens iniciada dia 3/9 sobre os investimentos que transformaram o sistema prisional do Rio Grande do Sul, antecipando a inauguração da Cadeia Pública de Porto Alegre, que ocorre no dia 10.


Quedas que comprovam que a estratégia adotada pelo governo na segurança pública tem gerado avanços significativos para a população e tornado o Estado uma referência em planejamento na área.


Resultados do RS Seguro


Os bons resultados são fruto da aplicação recorde de investimentos, da recomposição de efetivo e da criação do RS Seguro, programa transversal e estruturante que promoveu a integração entre as forças de segurança do Estado.


Com quatro eixos e foco em integração, inteligência e investimento qualificado, o programa busca reduzir a criminalidade por meio de ações estratégicas como a dissuasão focada, e de soluções sustentáveis, como políticas sociais preventivas, qualificação do atendimento ao cidadão e melhorias no sistema prisional.


Portal do RS Seguro


Estado registra queda expressiva na criminalidade e se destaca em ranking nacional de segurança


RS Seguro celebra seis anos com novo convênio para aprimorar estatísticas criminais


Eduardo Leite recebe Prêmio Excelência em Competitividade 2025 pela plataforma Gestão Estatística na Segurança Pública


Foto mostra dois policiais militares em duas motos, com frente branca. Eles estão numa curva de uma estrada de asfalto. Os dois estão de uniforme bege, colete preto e capacete branco. 

Bons resultados são fruto da aplicação recorde de investimentos, da recomposição de efetivo e da criação do RS Seguro - Foto: Arquivo Ascom SSP


Reconstrução da Cadeia Pública de Porto Alegre


Em 21 de março de 2019, menos de 30 dias após o lançamento do RS Seguro, diversas autoridades do Estado, entre elas o governador Eduardo Leite e o então vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, visitaram o antigo Presídio Central, na época, um símbolo de violações que levaram o Brasil a ser denunciado à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (OEA), diante da grave situação existente no local.


A decisão de demolir a antiga Cadeia Pública de Porto Alegre (CPPA) e iniciar a reconstrução teve como propósito promover uma transformação estrutural no sistema prisional gaúcho.


“Essa mudança começou ainda com a decisão de desmembrar a Secretaria de Segurança, criando uma secretaria exclusiva para o sistema penal, o que permitiu foco e administração mais eficiente, capazes de contribuir para a redução da criminalidade e para a ressocialização. A antiga cadeia, hoje dá lugar a uma estrutura que representa dignidade e eficiência. Fizemos e estamos fazendo uma verdadeira revolução no sistema prisional do Rio Grande do Sul, e o maior símbolo dessa transformação é o antigo Presídio Central”, explica o responsável pela criação do RS Seguro, o ex-governador e atual diretor-presidente do BRDE, Ranolfo Vieira Jr.


Cadeia Pública de Porto Alegre é totalmente desocupada para última fase da obra histórica de readequação


Governo oficializa retorno da Susepe ao comando da Cadeia Pública de Porto Alegre


Foto mostra policiais penais, de uniforme preto, capacete e preto que cobre todo o rosto. Eles estão perfilados em linha. O primeiro policial está segurando um cão da raça pastor alemão, na guia. Eles estão no pátio de uma unidade prisional, com parede branca com uma faixa azul claro. 

Investimentos na Polícia Penal representam mais segurança para os profissionais e proteção para toda sociedade - Foto: Jurgen Mayrhofer/Arquivo Ascom SSP

Qualificação do sistema penal


O diretor-executivo do RS Seguro, Antônio Padilha, afirma que o Eixo 4 nasceu do reconhecimento de que o sistema prisional exigia um olhar diferenciado. “A entrega desta importante e estratégica obra (CPPA) representa a presença efetiva do Estado e reforça a importância do sistema prisional para qualificar os indicadores de segurança pública, contribuindo para que o RS seja um lugar cada vez melhor para viver e investir", destaca.


Desde 2019 até o final deste governo, em 2026, o investimento para o sistema prisional gaúcho ultrapassará R$ 1,4 bilhão, mais de 12 mil vagas terão sido criadas e requalificadas para pessoas privadas de liberdade, além da construção de novas penitenciárias e da compra de equipamentos para o enfrentamento à criminalidade.


Um dos símbolos da mudança é a entrega da nova CPPA, que recebeu investimentos de R$ 139 milhões. Os nove módulos de vivência, totalizando 1.884 vagas, foram projetados para oferecer melhores condições de segurança e funcionalidade tanto a pessoas privadas de liberdade quanto a servidores penitenciários.


RS Seguro é apresentado no Equador como modelo de estratégia para redução de homicídios


Leite leva experiência do RS Seguro à Câmara e propõe cooperação federativa no debate sobre PEC da Segurança


Investimentos para a segurança pública


Entre 2019 e 2024, o governo destinou R$ 1,2 bilhão para aquisição de 3.515 veículos, 33.554 armas e outros equipamentos para a segurança pública.


Em 2024, o Rio Grande do Sul alcançou o maior efetivo de segurança pública dos últimos 12 anos, com 34.678 servidores. Em 2017, eram 26.763. De 2019 até o início de 2025, foram 11.297 nomeações que reforçaram os quadros da Brigada Militar, Polícia Civil, Polícia Penal, Corpo de Bombeiros Militar e Instituto-Geral de Perícias. Só neste ano, foram 927 nomeados, dos quais mais de 600 já tomaram posse.


Polícia Penal recebe o reforço de mais 139 servidores para fortalecer a segurança pública


Estado forma 383 novos servidores da Polícia Penal 


A foto mostra vários ônibus da Polícia Penal enfileirados em um pátio com piso de asfalto. Eles são pretos. Ao fundo, aparecem bem menores um grupo de policiais com fardas pretas.  

Qualificação em viaturas, equipamentos e em pessoal fortalece atuação da Polícia Penal - Foto: Rafa Marin/Arquivo Ascom Polícia Penal

Ações estratégicas resultaram em queda histórica


Os crimes violentos letais intencionais, que são a soma de homicídios dolosos, latrocínios e feminicídios, tiveram o ápice da série histórica em 2017, quando foram registrados 3.229 óbitos no Estado.


Em 2024, esse indicador foi reduzido quase pela metade (-48%), com 1.675 mortes. Naquele mesmo ano, os homicídios dolosos vitimaram 2.990 pessoas, frente a 1.380 em 2024, um decréscimo de 54%.


Rio Grande do Sul reduz número de mortes violentas e avança de oitavo para quarto Estado com menos crimes deste tipo no país


Os latrocínios e os feminicídios tiveram o pior desempenho em 2016, com, respectivamente, 169 e 116 casos. Em 2024, houve 83% menos latrocínios (28) e 38% menos feminicídios (72). 


Novas medidas do governo do Estado para combater feminicídios são referência no país


Estado alinha reforço nas medidas de enfrentamento à violência contra a mulher


Estudo aponta queda na taxa de feminicídios no Rio Grande do Sul em 2024


Pela primeira vez desde o início da série histórica, RS não registra feminicídios durante um mês


Reduções em outros indicadores 


Nos crimes patrimoniais, 2015 foi o ano mais crítico para a população em relação a roubos de veículos (18.138), a comércios (8.682) e abigeatos (10.478).


No ano passado, esses números despencaram para, respectivamente, 2.287 (-87%), 1.196 (-86%) e 3.147 (-70%). O ano de 2016 teve o maior número de roubos a residências, com 2.921 registros, frente aos 806 casos (-72%) em 2024.


Já os roubos de cargas e a pedestres alcançaram o auge em 2017, com 414 e 67.475 ocorrências.


No último ano, os gaúchos também se sentiram muito mais seguros com a redução de 90% nos roubos de cargas (para 39) e de 78% nos assaltos a pedestres (para 15.039).


Rio Grande do Sul tem a maior queda do país em roubos a pedestres


Rio Grande do Sul registra a menor taxa de roubo de celulares do Brasil


Índices do sistema prisional


No sistema prisional, os índices também são históricos. Com os investimentos do governo do Estado em nomeações, equipamentos e tecnologia, as ações da Polícia Penal nas unidades prisionais têm sido cada vez mais efetivas.


Entre os objetivos das operações está o combate às organizações criminosas dentro dos estabelecimentos prisionais, por meio de revistas em celas e pavilhões, com consequente contenção da comunicação ilícita de dentro das unidades.


Nos últimos anos, a presença firme da Polícia Penal nas unidades prisionais resultou em inúmeras operações que intensificam o controle, a disciplina e a retirada de possíveis materiais ilícitos no interior dos estabelecimentos.


Em 2022, 186 revistas gerais foram realizadas nos presídios gaúchos. Esse número subiu para 294 em 2023 e para 417 em 2024. Até agora, neste ano, já foram realizadas 262 operações desta natureza, em que há uma intervenção completa nas unidades.


As revistas pontuais, em que determinados alvos ou locais específicos passam por inspeção, também são crescentes. Foram 687 operações desta natureza realizadas em 2022, 545 em 2023 e 1.176 em 2024. Em 2025, o número de ações pontuais nos presídios gaúchos chega a 550.


Foto mostra dois policiais penais, com uniformes preto, que estão de costas, fazendo uma vistoria dentro de uma cela, de paredes amarelas. O local é cheio de objetos que estão desfocados. 

Presença firme da Polícia Penal nas unidades prisionais resultou em inúmeras apreensões e maior controle e disciplina - Foto: Rafa Marin/Arquivo Ascom Polícia Penal

Tecnologia na atuação da Polícia Penal


Para o superintendente da Polícia Penal, Sergio Dalcol, os dados históricos da redução da criminalidade no RS se devem, também, ao trabalho nas unidades prisionais.


“O combate ao crime dentro dos muros é essencial para manter a segurança fora dos muros. Por isso, a Polícia Penal tem adotado uma postura firme e estratégica de enfrentamento ao crime organizado, o que, aliado a investimentos em equipamentos, servidores e tecnologia, se refletem nos índices criminais”, destacou o superintendente.


A tecnologia tem sido outra importante aliada no reforço da segurança das unidades prisionais. Em uso desde maio deste ano, os três kits antidrone operados pelo Grupo de Ações Especiais (Gaes) da Polícia Penal são a novidade no combate à criminalidade.


Polícia Penal do Estado realiza primeira neutralização com uso do sistema antidrone


Tecnologia de bloqueadores de sinais entra em funcionamento na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas

 

Aumento das apreensões


Nos três meses em atuação, o sistema já garantiu a prisão de 15 pessoas, além da apreensão de três menores, todos envolvidos na tentativa de enviar, por meio de drones, materiais ilícitos para dentro dos muros.


Além dos detidos, foram apreendidos dois veículos, oito drones, quatro controladores desses drones, 25 baterias, carregadores e dispensers para os equipamentos.


Com os criminosos, os operacionais do Gaes apreenderam substâncias semelhantes a entorpecentes como maconha, cocaína e crack e, também, 55 celulares.

Bancos brasileiros terão que sancionar Moraes para se salvarem, diz Financial Times

"Na pior das hipóteses, violar as sanções americanas pode levar à exclusão do sistema financeiro dos EUA — um resultado desastroso para bancos estrangeiros com operações internacionais ou linhas de financiamento em dólares", afirma o artigo.

Um artigo publicado nesta quinta-feira  pelo jornal britânico Financial Times afirma que os bancos brasileiros estão no meio de um tiroteio entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF):

- Como uma crise diplomática sem precedentes entre Washington e Brasília não dá sinais de melhora, os grandes bancos do país latino-americano correm o risco de serem pegos no fogo cruzad

O artigo do Financial Times afirma que cafeicultores e pecuaristas já estão entre as vítimas do tarifaço de Trump contra o Brasil, e que agora é a vez de bancos brasileiros sofrerem com a crise diplomática. 

O jornal lembra as sanções financeiras adotadas pelo governo Trump contra Alexandre de Moraes e a decisão do ministro Flávio Dino, do STF, de que empresas podem ser punidas no Brasil caso adotem medidas contra Moraes."Isso coloca uma escolha difícil para os bancos aqui [no Brasil]: ou eles arriscam desrespeitar as sanções americanas ou desobedecem ao mais alto tribunal do país", escreve o jornal.

"Entre os grandes bancos da Faria Lima — a versão brasileira de Wall Street — há um consenso crescente de que as proibições se estendem a qualquer coisa que envolva dólares ou serviços de empresas americanas, como cartões de crédito e débito operados pela Mastercard ou Visa, mas não a transações puramente nacionais em moeda local", diz o Financial Times.

Cartas

Na quarta-feira (3/9), a agência de notícias Reuters e outros veículos noticiaram que bancos brasileiros já começaram a receber cartas do departamento do Tesouro dos EUA cobrando medidas dentro das sanções Magnitsky — usada pelo governo Trump contra Moraes. A BBC News Brasil entrou em contato com Banco do Brasil, Itaú Unibanco, Bradesco e BTG Pactual, que disseram que não comentariam o assunto.