Entrevista

 Este incêndio de hoje na COP30 vai reforçar o seu pedido de CPMI para o evento ?

Seguiremos trabalhando pela coleta de assinaturas para instalar uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, uma CPMI da COP30, para apurar este escândalo internacional. Não aceitaremos que se varra para debaixo do tapete um evento bilionário, marcado por denuncismo, improviso e risco real à vida das pessoas. Temos também uma representação no TCU e que precisa ser respondida.

Bilionário, como ?
É uma conferência internacional que já consumiu quase R$ 1 bilhão — cercada de denúncias de superfaturamento, preços abusivos, falta de água, desorganização e irregularidades apontadas pelo próprio Tribunal de Contas da União — não conseguiu garantir nem o básico: segurança para o público.

E o incêndio ?
As imagens do incêndio escancaram um evento completamente despreparado, mal planejado e conduzido de forma irresponsável pelo governo federal. O que se viu foi um retrato da negligência. Uma escada de metal foi improvisada em cima de uma cerca, para que as pessoas saltassem uma grade, uma a uma, tentando escapar do incêndio. Não havia saída de emergência, não havia plano de evacuação, não havia protocolo algum. Se o fogo tivesse se espalhado mais rapidamente, estaríamos diante de uma tragédia de proporções incalculáveis. É inaceitável.


Acordo EUA x Argentina pode prejudicar as exportações brasileiras

A indústria automotiva: veículos e autopeças representaram mais de 40% de todas as exportações brasileiras ao mercado argentino nos nove primeiros meses de 2025. O impacto ao comércio bilateral pode ser significativo.

O acordo de comércio e investimentos Estados Unidos-Argentina, anunciado no final da semana passada, contém este elemento de forte preocupação para o governo brasileiro:

- A presença de veículos automotores na lista de setores nos quais produtos americanos terão "acesso preferencial" ao mercado argentino.

Acesso preferencial significa tarifas de importação menores. No caso do Mercosul, as alíquotas são aplicadas de forma conjunta pelos quatro países do bloco -- Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.Os veículos automotores -- carros e utilitários -- têm uma TEC (Tarifa Externa Comum) de 35%, nível mais alto de proteção contra concorrentes importados.

Os sócios do Mercosul têm direito a uma lista de exceções à TEC -- 150 ao todo, no caso de Brasil e Argentina. Ao incluir determinado produto nessa relação, pode-se aplicar uma tarifa maior ou menor, mas sem seguir os demais países do bloco.Na avaliação de autoridades em Brasília, essa seria uma saída para Buenos Aires reduzir as tarifas sobre carros americanos, mas sem ferir regras do Mercosul.


Quanta confirma investimento em Porto Alegre

 Segundo dados do Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual, ligado à Agência Nacional do Cinema (Ancine), o RS é o terceiro Estado que mais produziu longas-metragens lançados em salas de cinema nos últimos 25 anos, atrás apenas do Rio de Janeiro e de São Paulo.

A Quanta, uma das maiores empresas de soluções no setor audiovisual da América Latina, confirmou, ontem, em São Paulo, aconstrução de um complexo de estúdios audiovisuais no Rio Grande do Sul que poderá movimentar até R$ 150 milhões em investimentos, além de gerar cerca de 500 empregos diretos e 3 mil indiretos. 

Foi o que a direção da empresa confirmou diante do governador Eduardo Leite e do prefeito Melo, que viajaram a SP.

O diretor da produtora, Frederic Breyton explicou a opção pelo RS: “Identificamos em Porto Alegre todos os elementos para desenvolver uma infraestrutura profissional de produção. É um investimento grande e especializado, que exige um ambiente preparado para crescer.