Artigo, Adão Paiani - Morreu Berta Loran, 99 anos, sobrevivente do holocausto

O Brasil se despede hoje, véspera do Yom Kippur (a data mais sagrada do calendário judaico), da excepcional atriz e comediante Berta Loran, sobrevivente da Shoá (Holocausto), aos 99 anos; e que por mais de 70 anos alegrou com seu trabalho gerações de brasileiros. 

Nascida com o nome de Basza Ajs, em Varsóvia, na Polônia, em 1926, Berta abandonou com sua família seu país natal e encontrou no Brasil refúgio do antissemitismo e da barbárie nazista. 

Eu tive o privilégio de conhecê-la pessoalmente no começo dos anos 1990, em Porto Alegre, ao chegar no então CineTeatro Presidente para assistir sua apresentação, e pude cumprimentá-la nas escadarias do teatro; uma senhora elegante e gentil. 

Em um momento que o antissemitismo volta com força e violência por todo o mundo, inclusive no Brasil, Berta Loran deixa um exemplo de coragem, resistência e resiliência de um povo frente às adversidades e à sanha dos seus cruéis inimigos, mas que a despeito disso segue vivendo e oferecendo o seu melhor em benefício da humanidade. 

Que sua memória seja abençoada, e seu nome inscrito e selado no Livro da Vida, Berta Loran. 

Am Yisrael Chai. 

Baruch Dayan HaEmet."


t.

Artigo, Marcus Vinicius Gravina - O centauro do Supremo

O autor é advogado, RS
OAB-RS 4.949

Na mitologia grega o centauro aparece na figura com a parte superior do corpo de um ser humano e a parte inferior, de um cavalo.

No caso a seguir a parte de baixo ou inferior é a que está funcionando. 

A cilada do 8 de janeiro era para servir de TAMPA DA PANELA do golpe dado na eleição de 2022. Fato que sempre esteve fervilhando a partir do Bolsonaro ser levado à presidência da República, contrariando os planos da esquerda brasileira e do sistema globalista mundial.

A repressão contra às suspeitas de fraude eleitoral foi, vorazmente, praticada pela ala da facção do poder judiciário superior que liberou um presidiário para concorrer e vencer o Bolsonaro, o que aconteceu com a sua ajuda essencial.

Foi diretamente proporcional ao golpe eleitoral conduzido - segundo à imprensa livre - pelo ministro centauro, meio STF, meio TSE, investido pelo “dom” da ubiquidade,  naquela ocasião, em suas funções. 

As sanções do centauro foram desproporcionais ou  abusivas aos cidadãos de direita, que exerceram seus direitos constitucionais de opinião e de expressão.  Jamais atingiu os partidários da esquerda.  Isso para que ninguém tivesse a coragem de questionar o golpe, de que fez parte a arapuca armada no dia 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes em Brasília. A arma utilizada foi a imposição do medo. E, funcionou até o povo despertar e ir para rua pedir o seu impeachment.

Houve de tudo, desde a visível colaboração dos seguranças militares dentro dos prédios públicos às ações de vandalismo no Palácio do Planalto. Isto está comprovado pelos vídeos de conhecimento público. No dia imediato, 9  aconteceu a vergonhosa “perfídia” cometida pelo Exército que conduziu em ônibus os manifestantes, inclusive os que não participaram - de forma mentirosa, enganadora - ao improvisado campo de concentração da Polícia Federal.

Não foi suficiente. O fantasma do golpe eleitoral continuou a assombrar o consórcio dos seus autores. Daí restou para ser o ato final da perseguição ao Bolsonaro a sua condenação à prisão na Papuda, com a mórbida esperança de que logo morrerá pela fragilidade da sua saúde ou nas mãos de alguém mais hábil no crime, do que o Adelio Bispo.

Não podemos esquecer este fato torpe de comparsas do mal que continuam agindo em nosso país. 

É incrível. Mas, poderá acontecer do Bolsonaro ser preso antes de se saber quem mandou matá-lo. A Policia Federal deve esta investigação ao povo brasileiro e, antes de acontecer a próxima eleição de 2026.

Nunca será demais relembrar o golpe que, infelizmente,  deu certo ao crime.

É o nosso dever para com os nossos pósteros, deixar escrito informações como esta. 


Caxias do Sul, 28.09.2025


Artigo, especial, Alex Pipkin - O mundo de cabeça para baixo

Alex Pipkin, PhD

Os tempos de fato são turbulentos, e eu diria de retrocesso. A verdade não apenas é negligenciada, mas esmagada, sufocada, como se fosse um detalhe irrelevante diante do espetáculo das narrativas ideológicas. O que mais me devasta não é a mentira em si, mas a facilidade com que ela se instala e se transforma em versão oficial. Assassinos, terroristas, criminosos sem escrúpulos são apresentados como mártires e vítimas, enquanto Israel, o Estado judeu, é acusado de ser o vilão. Essa inversão é grotesca, mas sobretudo insuportável, porque repete, diante de nossos olhos, a mesma lógica que precedeu o Holocausto, quando o mundo inteiro se acostumou a demonizar um povo até transformá-lo em sub-raça. Desafortunadamente não se conhece a história dos gregos e dos judeus e a história da própria civilização humana.

A sensação é de viver num mundo de cabeça para baixo, onde a lógica e a razão foram sequestradas, onde jovens repetem slogans sem pensar, onde líderes populistas posam de defensores da paz enquanto apertam as mãos dos que pregam o extermínio, onde a grande mídia escolhe cuidadosamente quais cadáveres exibir e quais esconder, como se a morte tivesse valor de mercado. É devastador perceber o quão frágil se tornou a razão e o quanto estamos anestesiados diante do ódio.

Ainda assim, não faltam provas. Os crimes contra a humanidade cometidos pelo Hamas não são boatos, invenções ou propaganda. São fatos, registrados, documentados, testemunhados. Mas diante de uma juventude manipulada e de líderes inescrupulosos, o que falta não é evidência, mas coragem. Coragem de dizer que os terroristas não são heróis, que os mortos israelenses não são descartáveis, que Israel tem o direito de se defender porque tem o direito elementar de existir.

Vejam. O Papa recém-eleito, Leão XIV, já afirmou que a guerra em Gaza não é genocídio, porque a palavra genocídio tem um peso técnico rigoroso, e descartou o uso distorcido do termo. Ainda assim, a acusação se repete, como um refrão vazio. O que se busca não é justiça, mas linchamento moral. Até quando suportaremos essa farsa? Até quando aceitaremos que os carrascos sejam tratados como vítimas?

O paralelo com o passado é inevitável. A Alemanha dos anos 30 também foi tomada pela retórica, pela propaganda, pela inversão que tornou criminosos em salvadores e vítimas em monstros. O Partido Nazista não cresceu apenas pela violência das ruas, mas pelo silêncio cúmplice e pela repetição de mentiras até que soassem como verdades. Hoje assistimos à mesma operação com novos atores, novos meios e uma plateia global mais distraída. E esse silêncio é ensurdecedor, e ainda mais devastador é o discurso que legitima os terroristas, alinhando-se ao eixo do mal e cometendo o mal por palavras e omissões.

Agora chega o Yom Kippur, o momento mais sagrado do povo judeu, o instante em que Israel se recolhe diante de Deus em jejum e oração, em silêncio e arrependimento, pedindo vida, perdão e reconciliação. Não foi Deus que falhou com os judeus. Foram os judeus que falharam com Deus. Enquanto um povo inteiro se volta ao Criador para renovar a vida, o mundo o acusa de genocídio. Enquanto se confessa diante de Deus, seus inimigos clamam por sua destruição. Não há contraste mais brutal, nem metáfora mais precisa da inversão de valores que assola nossa época.

Eu não consigo me calar diante disso. O silêncio de hoje é o mesmo silêncio de ontem. Negar a verdade é ser cúmplice da mentira. Fingir neutralidade é legitimar o terror. O imperativo moral é muito claro: denunciar, resistir, gritar contra a farsa. Porque quando a verdade é negligenciada, a barbárie deixa de ser uma ameaça distante e se torna uma presença inevitável.

Quem insiste em calar diante dessa inversão já escolheu o seu lado. O lado errado, da mentira, do terror. O lado da barbárie.