Artigo, especial - Zona de exclusão narcoterrorista

Artigo, especial - Zona de exclusão narcoterrorista

Este artigo é do Observatório Brasil Soberano

É conhecida por todos a recusa do governo brasileiro em reconhecer traficantes de drogas como terroristas que atuam em território nacional. Isso só pode ser minimamente plausível e aceitável caso se deforme a percep ção pública diante da atuação desses grupos. O controle territorial, a coerção de empreendedores e a infiltração no mercado f inanceiro e nas instituições públicas fazem do crime organizado brasileiro um aglomerado de facções narcoterroristas, capazes de criar Estados paralelos e zo nas de exclusão — onde não vigora a lei brasileira, mas as regras de um regime bélico de exceção. O cidadão brasileiro que vive em uma região dominada pelo tráfico não está su jeito às leis da Constituição nacional, mas vive segundo as normas de uma zona de exclusão, em que as regras são determinadas pela facção criminosa que está em conflito com o Estado brasileiro. Basicamente, esses brasileiros que vivem nessa zona de exclusão não estão sob a guarda de qualquer lei. O poder das armas, exercido pelo tráfico, faz com que o grupo atue como soberano investido de poderes absolutos, em razão de seu casus belli, pois a disputa com outras facções e com o Estado é uma luta pela sobrevivência do grupo e pela manutenção de sua soberania territorial. Nesse sentido, o narcoterrorismo no território brasileiro pode ser compreendido como operador de um novo nomos — entendido como o ato originário de to mada, repartição e ordenação do espaço que funda um regime jurídico-político — porque reconfigura a distribuição concreta do poder e do território mediante a violência organizada e a captura dos mecanismos de decisão. Sob essa perspectiva, a soberania manifesta-se na decisão sobre a exceção; quando grupos narcoterroristas instauram “praças” e corredores logísticos sob controle armado, decretam, de fato, quem pode circular, comerciar, falar e viver, produzindo micro soberanias que disputam com o Estado a prerrogativa de de cidir quando a norma vale e quando pode suspendê-la. Esse governo por exceção — variável, móvel e pragmático — estabelece juris dições paralelas que tributam, julgam e punem, instaurando uma legalida de tacitamente reconhecida por populações coagidas e por agentes públicos cooptados, transformando bairros, fronteiras e rotas em espaços politicamente qualificados por um “direito de conquista” criminal. Nessa dinâmica, tais dispositivos fazem proliferar zonas de indistinção em que a vida é reduzida à condição de exposição absoluta à violência, despojada de garantias: o território controlado converte-se em um espaço no qual a exceção torna-se a regra — um paradigma de governo dessa micro soberania — e onde a pertença jurídica é suspensa para que a ordem se reproduza por meio do medo. É a manutenção do poder através do medo da morte — execuções públicas, blo queios, atentados e espetacularização do castigo — como um paradigma de go verno que produz obediência e garante o comando territorial. No Brasil de hoje, apagar essas zonas de exclusão e reintegrar esse território é o maior e mais importante desafio do poder público. Sem eliminar as fronteiras dessas zonas de exclusão, veremos brasileiros vivendo à beira de um estado de escravidão, onde a vida está sujeita a quem detém o poder das armas — situação análoga à de quem vive sob o sequestro de grupos terroristas

Sesc do RS reabre Escola São Judas, Porto Alegre

O Sesc/RS abre, nesta semana, o período de matrículas para a Escola Sesc São Judas, em Porto Alegre. A instituição, que inicia suas atividades letivas em fevereiro de 2026, foi adquirida, revitalizada e incorporada á rede de ensino do Sistema Fecomércio, Sesc, Senac e IFEP, com vagas para Educação Infantil e para os primeiros anos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. A escola fica na rua Dom Diogo de Souza, Porto Alegre. São 15 salas de aula, ginásio poliesportivo, duas quadras externas, playground e áreas de convivência, mas logo chegarão piscina de uso pedagógico, biblioteca, auditório e laboratório de ciências.

Ano que vem, a escola terá nove turmas de Educação Infantil, atendendo, da creche à pré-escola, 157 crianças da faixa etária dos quatro meses aos seis anos. Tanto o Ensino Fundamental quanto o Ensino Médio terão a oferta, em 2026, de 180 vagas apenas para o primeiro ano, com quatro e duas turmas, respectivamente. A projeção para 2027 é ampliar as turmas para todos os anos do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, atingindo a capacidade total de 900 atendidos.

"É verdadeiramente uma honra, para nós, estarmos devolvendo para a Capital essa instituição de ensino tão importante, que foi responsável por formar tantas pessoas ao longo de décadas", ressalta o presidente do Sistema Fecomércio-RS/Sesc/Senac e IFEP, Luiz Carlos Bohn. 

Pais ou responsáveis interessados devem fazer contato pelos canais de atendimento da escola: e-mail secretariasescsaojudas@sesc-rs.com.br, WhatsApp (51) 98958-3831 ou telefone (51) 3284-2084. Trabalhadores do comércio de bens, serviços e turismo, assim como empresários do setor, contarão com valores diferenciados nas mensalidades.

Educação Sesc – O Sesc/RS oferece escolasdesde a infância. Há 25 anos no Estado, a Escola Sesc de Educação Infantil tem 18 unidades em 17 cidades. 



Argentina pós-eleição (27/10/2025)

Dagoberto Lima Godoy

Contra a torcida da esquerda e da mídia globalista, a eleição de ontem reforçou o mandato de Javier Milei, embora sem  lhe dar “cheque em branco” e mantendo muitos  “mas” no horizonte do governo. A La Libertad Avanza (LLA) venceu com pouco acima de 40% dos votos, à frente do peronismo, mas segue sem maioria própria. O governo ganha poder de agenda, mas continua dependente de coalizões variáveis (PRO e aliados regionais) para aprovar reformas. Em termos políticos, o resultado legitima o ajuste e dificulta bloqueios automáticos no Congresso, mas mantém a negociação como regra.

No eixo macro, o câmbio administrado é a peça central: reduz volatilidade e ancora expectativas, mas exige reservas e gera risco de apreciação do câmbio real se durar demais. Os 20 bilhões de dólares do Trump ajudam, mas não dispensam disciplina fiscal e monetária.

A inflação recuou para patamares mensais próximos de 2% graças à  âncora cambial,  ao aperto de liquidez e à demanda mais fraca, mas a  atividade ainda patina: melhora a renda real na margem, mas o investimento e o emprego reagem devagar.

Em resumo, a vitória foi de batalha, mas a guerra continua. Pela frente, Milei tem desregulação setorial, modernização trabalhista/tributária fatiada e marcos pró-investimento, tudo dependendo de votações ponto a ponto, onde cada concessão conta. O FMI sinaliza apoio à transição para maior flexibilidade cambial “quando as condições permitirem”, e cobra preservação de reservas, metas fiscais críveis e execução consistente.

Os riscos continuam: (1) câmbio administrado por tempo excessivo — perda de competitividade e/ou queima de reservas; (2) política fragmentada — vetar é mais fácil que aprovar; (3) tecido social frágil — qualquer repique inflacionário corrói ganhos; (4) dependência de apoio externo — sem reformas, o “colchão” se esgarça.

O resultado eleitoral  renovou o oxigênio político do governo, mas  o teste decisivo é converter esse respiro em reformas que sustentem crescimento, a fim de sepultar de uma vez por todas a praga do socialismo populista com  corrupção endêmica. E esperar que essa brisa de bom-senso chegue logo a o Brasil.


Conab prevê safra recorde de 355 milhões de toneladas de grãos para a safra 2025/26

Conab prevê safra recorde de 355 milhões de toneladas de grãos para a safra 2025/26

Este alto volume será alcançado devido ao avanço na área de plantio de 3,3%, que irá a 84,4 milhões de hectares. 

No Rio Grande do Sul, onde a semeadura tem início a partir do fim de agosto, em 11 de outubro, já havia 83%.

Artigo, especial - Brasil x EUA: negação e manipulação não resolvem nada

Este artigo é do Observatório Brasil Soberano

 Na reunião entre Lula e Trump, assistimos mais um capítulo da negação do gover no brasileiro e suas vozes alugadas na imprensa. O governo brasileiro tem insistido em reduzir a crise com os Estados Unidos a uma simples questão comercial, igno rando os sinais claros enviados pela Casa Branca. Desde o princípio o enredo é o mesmo. Em julho, Donald Trump enviou uma car ta oficial abordando diretamente os motivos que levaram às tarifas impostas aos produtos brasileiros. Porém, esse foi apenas o primeiro sinal de um processo mais complexo. Depois vieram os cancelamentos de vistos e sanções aplicadas às au toridades brasileiras, medidas claramente políticas em retaliação à perseguição judicial contra opositores e à censura crescente no país. Esses passos foram acompanhados por declarações oficiais contundentes. A por ta-voz da Casa Branca deixou claro que o motivo das sanções e restrições não se limita a disputas comerciais, mas visa pressionar o Brasil a corrigir falhas institucio nais que atentam contra a democracia e o devido processo legal. O representan te do comércio americano e o secretário do Tesouro reforçaram o coro, fazendo questão de destacar que as ações respondem às práticas autoritárias e à erosão dos direitos civis no Brasil. A presença do senador Marco Rubio como principal negociador por parte dos EUA reforça a seriedade da questão política. Rubio é conhecido por atuar com rigor contra violações democráticas, o que deixa explícito que os Estados Unidos não pretendem relevar os problemas políticos que motivam as sanções. Ainda assim, o Planalto e sua base aliada na mídia seguiram manipulando os fatos de forma descarada. Os sinais foram dados e a imprensa fez coro à negação do governo. Talvez o grande exemplo tenha sido a distorção da frase “It’s not your bu siness” dita por Trump a uma jornalista durante o encontro em Kuala Lumpur. En quanto Trump negava que o assunto fosse da conta da repórter, parte da impren sa adulterou o sentido, transformando o “your” (sua) em “our” (nossa), e assim criaram a narrativa falsa de que os EUA estariam desinteressados na perseguição ao maior líder político da direita, Jair Bolsonaro, sua família e seus apoiadores. Essa manipulação não é inocente; serve para tentar desacreditar a crítica legítima e manter o povo brasileiro desinformado sobre a gravidade do conflito. Negar o que está evidente — que a crise é política e ligada a perseguição judicial e censura — é um grave erro que compromete cada vez mais a posição internacio nal do Brasil. Não reconhecer a sequência clara de sinais da carta de Trump, das declarações da Casa Branca, das sanções e à intervenção firme via Marco Rubio é se esconder atrás de versões artificiais que prejudicam o país. Essa manipulação é uma estratégia para encobrir a falha institucional e evitar o debate necessário sobre democracia e justiça. O Brasil só poderá recuperar sua credibilidade e garantir seus direitos civis quando o governo aceitar a realidade, deixar de lado a distorção que até hoje tenta esconder uma crise grave com discur sos superficiais e enganosos. Em qualquer situação, a negação só empurra o problema com a barriga e aumen ta suas consequências

Estes são os 11 militares condenados no julgamento político do STF

Até esta terça-feira, dia 28 de outubro, os ministros da 2a. Turma do STF seguiram as decisões do ministro Alexandre de Moras e condenaram os réus dos julgamentos políticos do núcleo 1, chamado de central ou crucial, e 4, tido como o grupo da desinformação. No primeiro, seis dos oito réus eram militares e, no segundo, cinco.

Agora, o STM vai julgar se todos perderão suas patentes militares.

No total, o STF aceitou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra 31 pessoas, militares e civis.

O último julgamento foi concluído na última terça-feira, 21, com a condenação dos sete réus do núcleo 4. Ainda precisam ser julgados os núcleos 2, nos dias 9, 10, 16 e 17 de dezembro; e 3, composto em sua maioria pelos militares “kids pretos”, nos dias 11, 12, 18 e 19 de novembro.

Militares condenados nos núcleos 1 e 4:

Jair Messias Bolsonaro, ex-presidente da República, condenado a 27 anos e 3 meses de prisão;

Walter Braga Netto, general da reserva, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa, condenado a 26 anos de prisão;

Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, condenado a 2 anos em regime aberto;

Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa, condenado a 19 anos de prisão;

Augusto Heleno, general e ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), condenado a 21 anos de prisão;

Almir Garnier, almirante e ex-comandante da Marinha, condenado a 24 anos de prisão;

Ailton Gonçalves Moraes Barros, capitão reformado do Exército, condenado a 13 anos e 6 meses de prisão;

Ângelo Martins Denicoli, major da reserva do Exército, condenado a 17 anos de prisão;

Giancarlo Gomes Rodrigues, subtenente do Exército e ex-servidor da Abin, condenado a 14 anos de prisão;

Guilherme Marques Almeida, tenente-coronel do Exército, condenado a 13 anos e 6 meses de prisão;

Reginaldo Vieira de Abreu, coronel do Exército, condenado a 15 anos e 6 meses de prisão.

Militares dos núcleos 2 e 3 que aguardam julgamento:

Mário Fernandes, general do Exército;

Bernardo Romão Corrêa Netto, coronel do Exército;

Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, general da reserva;

Fabrício Moreira de Bastos, coronel do Exército;

Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército;

Márcio Nunes de Resende Jr., coronel do Exército;

Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel do Exército;

Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército;

Ronald Ferreira de Araújo Jr., tenente-coronel do Exército;

Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros, tenente-coronel do Exército.