Acho que finalmente atingimos o nível mais baixo da ética e da moral

MARCIO PITLIUK

R$12.000.000.000.00 liberados em crédito consignado para bebês e crianças. Vou ler para vocês, uma vez que o dinheiro é nosso: doze bilhões de reais!

A quadrilha que roubou o INSS, roubou velhinhos que contavam centavos para sobreviver. E roubou também as crianças que estavam em tratamento médico ou precisavam de cuidados especiais.

É ou não é o nível mais baixo a que a humanidade pode chegar?

Os nazistas sequestraram crianças com traços arianos para serem adotadas por famílias alemãs. Apesar da crueldade, elas sobreviveram.

Os russos sequestraram crianças ucranianas com o mesmo objetivo.

Os ladrões do INSS conseguiram ser piores do que eles.

É claro que dificilmente alguém será preso e, se for, acharão uma desculpa para libertá-lo, é assim que as coisas funcionam no Brasil.

O roubo das crianças é uma péssima notícia; no entanto, pode ser um alento: atingimos o fundo do poço, daqui para baixo, não iremos.

Ou sou ingênuo por acreditar nisso? Será que dá para cavar mais um pouquinho?


#OligarquiaCriminosa

O fim da Lava Jato foi um salvo conduto para a renovação do pacto oligárquico que domina o país desde a redemocratização. 

DIOGO CHIUSO

A coluna de Andreza Matais, no Metrópoles, é quase uma aula prática de como – ainda – funciona a engrenagem real do poder no Brasil. Ela mostra, com riqueza de detalhes e requintes de crueldade, que o caso do Banco Master não trata apenas de banqueiros presos, mas de uma networking que envolve o alto escalão da Justiça, os caciques do Centrão, os criminosos do PT e alguns consultores políticos ligados a todos os outros partidos. 

Os banqueiros Daniel Vorcaro e Augusto Lima, do grupo Banco Master, foram presos pela Polícia Federal. Vorcaro havia contratado o escritório da esposa do supremíssimo Alexandre de Moraes. Depois de sair do STF, o atual ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, também prestou serviços para Vorcaro, no “comitê consultivo estratégico” do Banco Master. Vorcaro ainda tinha acesso a lideranças políticas como Davi Alcolumbre (presidente do Congresso) e Ciro Nogueira (líder do Partido Progressista). Já Augusto Lima, dizem, tinha “uma ligação muito forte” com o senador petista Jaques Wagner. 

Parece que não aprendemos nada com a Lava Jato. Continua-se normalizando o crime, o tráfico de influências e as carteiradas institucionais. A promiscuidade entre público e privado, que foi alvo nas ações penais do Mensalão e Petrolão, retornou de forma colossal. Ou talvez nunca tenha nos deixado.

A velha Orcrim lulopetita está realmente de volta à cena do crime, como diria Geraldo Alckmin, na época em que tinha um pouco vergonha na cara – e um apelido discreto na planilha da Odebrecht.

A Lava Jato pode ter ultrapassado alguns limites. Mas a sua extinção não se deu por questões de justiça. Foi apenas um salvo conduto para a renovação do pacto oligárquico que domina o país desde a redemocratização. 

Pode ter saído de moda a luta contra a corrupção, mas a sua necessidade é urgente e impreterível.

Mas o Brasil é esse país inacreditavelmente atrasado, em que a justiça não é usada para dar a cada um o que se deve, mas , literalmente, na encarnação sofista de Polemarco, “beneficiar os amigos e prejudicar os inimigos”.

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Artigo, Thaís Cíntia Cárnio, Mackenzie - Banco Master: crônica de uma morte anunciada

Profa. Dra. Thaís Cíntia Cárnio, docente de Direito Empresarial e Mercado de Capitais da Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

Em sua obra “Crônica de uma morte anunciada”, Gabriel García Márquez conta a história do homicídio de Santiago Nasar. Toda a cidade sabia dos planos para seu assassinato, mas ninguém tentou impedir o fatídico evento. 

 Qualquer semelhança com o destino do Banco Master não é coincidência. Quem observa o sistema financeiro já aguardava alguma ação do Banco Central. Estava “precificado”, como costumamos dizer no mercado. Ainda assim, seus dirigentes não mudaram o curso da temerária rota traçada, até chegar ao lamentável destino.

 Não há rentabilidade milagrosa em aplicações financeiras de renda fixa, como o CDB, mesmo com a Taxa Selic nas alturas. A oferta de rendimento muito acima do praticado, alcançando 140% do CDI, dispara alarmes óbvios de falta de governança. 

 O que talvez tenha sido surpresa foi a decisão pela liquidação do banco conjugada com a notícia de fraudes vultosas envolvendo a emissão de títulos de crédito. Fica claro que a realidade era pior do que se percebia.

 Antes de uma liquidação efetiva, o Banco Central costuma adotar outras medidas, como o regime de administração especial temporária – RAET, no qual não há suspensão das atividades da instituição, mas seus dirigentes perdem os mandatos e são substituídos por outros profissionais, indicados pelo Banco Central. O objetivo é tentar fazer com que haja reversão do cenário adverso e até mesmo a busca da chamada "solução de mercado", em que outra instituição financeira absorve o banco problemático. Aliás, essa foi uma das formas de crescimento dos grandes players do mercado financeiro na atualidade.

 Ao optar diretamente pela instituição da liquidação em conjunto com o RAET, podemos chegar a duas conclusões: a primeira é que o Banco Central não vislumbrava a possibilidade de recuperação para o Master; a segunda, que a ação deveria ser tomada antes da ocorrência de um mal maior. A intenção da Fictor Holding Financeira em adquirir o Banco Master e fazer um aporte de 3 bilhões na instituição só aumentaria o tamanho do problema a ser administrado e foi o gatilho da liquidação. A rapidez do Banco Central pode ser traduzida para o consórcio de investidores dos Emirados Árabes em uma frase: "Nem pense nisso."

 Mas se havia uma solução de mercado em vista, por que a liquidação foi decretada? Afinal, nada seria feito sem aprovação do Banco Central (e do Cade).

 A verdade é que o Master arriscou demais. Oferecia seus títulos com altíssima rentabilidade ao mesmo tempo em que essas aplicações eram asseguradas pelo Fundo Garantidor de Crédito. O FGC atua como se fosse um seguro, ressarcindo o valor investido e seus rendimentos no caso de intervenção ou liquidação de até R$ 250 mil por CPF/CNPJ.

 Ocorre que o FGC é uma associação privada e seus recursos são aportados por várias instituições participantes do sistema financeiro, como bancos comerciais, bancos de desenvolvimento e sociedades de crédito. Ou seja, o Master arriscou, mas a conta será dividida por muitos que não lucraram com suas arriscadas operações.

 Para além disso, ainda temos a investigação sobre as fraudes. A prisão de Daniel Vocaro não era esperada. Tampouco a investigada prática criminosa, ultrapassando os limites do risco calculado e da prática de operações alavancadas. Não se sabe a extensão do dano. Só o tempo dirá quantos personagens fazem parte dessa história, que tem potencial para se transformar em, no mínimo, uma trilogia. 

 As resoluções do Banco objetivam manter a estabilidade e a confiança no mercado financeiro, vitais para uma economia saudável. Não deve haver espaço para aventureiros nessa área e para dirigentes que se omitem e fecham seus olhos diante de uma morte anunciada.


Deputdo do PL pede renúncia do secretário Pedro Capeluppi

 Durante a audiência pública sobre o Bloco 1 das concessões rodoviárias do Rio Grande do Sul, realizada nesta terça-feira (18/11) em Taquara, o deputado Paparico Bacchi criticou duramente o governo do Estado e o Secretário da Reconstrução Gaúcha, Pedro Capeluppi, pedindo publicamente sua renúncia. O parlamentar denunciou os impactos sociais, econômicos e logísticos da implantação de pedágios em trechos estratégicos do Estado, afirmando que o modelo adotado penaliza a população, eleva custos e compromete a competitividade de setores produtivos essenciais.


O debate concentrou-se no Bloco 1, que envolve nove rodovias estaduais e sete praças de pedágio, totalizando 454 quilômetros e abrangendo a Região das Hortênsias, a Região Metropolitana de Porto Alegre, o Vale do Paranhana e o Litoral Norte. O plano apresentado pelo governo prevê R$ 6,41 bilhões em investimentos, concentrados nos primeiros dez anos do contrato, além de um aporte estatal de R$ 1,5 bilhão, do Fundo de Reconstrução do Estado, para reduzir a tarifa cobrada dos usuários.


A modelagem prevê a substituição de praças físicas por pórticos eletrônicos, sistema que amplia o número de pontos de cobrança e aumenta a abrangência tarifária em regiões de intensa circulação de trabalhadores, estudantes e produtores rurais. Segundo dados apresentados durante a audiência, os custos logísticos no Rio Grande do Sul já representam cerca de 21% do PIB, chegando a 22,86% na Serra Gaúcha, índices entre os mais elevados do mundo. Setores estratégicos como agropecuária, indústria calçadista, moveleira e turismo seriam diretamente afetados pelo aumento das tarifas, enquanto famílias e estudantes teriam sua mobilidade comprometida e suas despesas ampliadas.


O deputado Paparico Bacchi, presidente da Frente Parlamentar Contra os Pedágios na Assembleia Legislativa, mencionou as denúncias encaminhadas ao Tribunal de Contas do Estado, apontando possíveis irregularidades na modelagem das concessões, especialmente no uso de recursos públicos para subsidiar tarifas privadas. Para o parlamentar, o aporte de R$ 1,5 bilhão do FUNRIGS deve ser destinado integralmente à recuperação das rodovias e à reconstrução das áreas atingidas pelas enchentes, sem pedagiamento, garantindo que o investimento público beneficie diretamente a população.


Bacchi destacou ainda que está articulando a instalação de uma CPI para investigar os contratos de concessão, o uso dos recursos públicos e os impactos econômicos das tarifas. O objetivo é assegurar transparência, controle social e responsabilização sobre decisões que afetam diretamente a competitividade do Estado e a mobilidade das famílias gaúchas.


A audiência em Taquara evidenciou que o enfrentamento ao modelo proposto pelo governo será intenso. O clima de indignação entre produtores, comerciantes, lideranças comunitárias e moradores das regiões impactadas pelo Bloco 1 mostrou que a resistência à implementação das concessões cresce rapidamente. A mobilização popular reforça a cobrança por maior transparência, revisão imediata do projeto e suspensão da implantação de novos pontos de cobrança até que todas as dúvidas técnicas, jurídicas e econômicas sejam plenamente esclarecidas.  


 O PIB brasileiro deve crescer 1,5% em 2026, após avanço de 2,0% em 2025, refletindo consumo firme, mas investimento fraco e política monetária restritiva. O impulso fiscal será positivo, porém limitado por restrições orçamentárias e não deve levar o crescimento acima do potencial.

O consumo das famílias deve subir 2,1%, sustentado por desemprego baixo, aumento real dos salários e medidas fiscais como a isenção de IR para renda até R$ 5 mil. Esses fatores devem elevar a massa de renda real em 3,6%, garantindo que a demanda interna siga como principal motor da economia. O pacote de estímulos fiscais e de crédito — incluindo gastos com defesa e educação, recursos do Propag e novas regras do Minha Casa Minha Vida — pode somar cerca de R$ 160 bilhões e contribuir com até 1 ponto percentual no PIB.

O investimento seguirá limitado por juros altos e baixa confiança empresarial, embora menos sensível às taxas devido à expansão do mercado de capitais. A formação bruta de capital fixo deve desacelerar e pode cair se a confiança industrial permanecer próxima aos níveis atuais; uma melhora poderia levar o PIB a cerca de 2%. O setor agropecuário deve crescer 3,2%, mas enfrenta riscos relevantes ligados ao desempenho da safra, que pode reduzir o PIB total em até 0,2 ponto percentual.

A trajetória trimestral indica aceleração ao longo do ano com cortes na Selic e maior estímulo fiscal. Em síntese, o cenário combina consumo resiliente com restrições monetárias e fiscais, resultando em crescimento moderado e sem sinais claros de forte aceleração em 2026. Choques como variações na safra ou mudanças na execução fiscal podem alterar esse quadro.


Artigo, especial - A negação que mantém o País refém

Este artigo é do Observatório Brasil Soberano

Desde que Donald Trump enviou sua carta oficial em julho de 2025, anunciando o “tarifaço” de 50%, com sobretaxa punitiva de 40% sobre produtos estratégicos brasileiros, o Brasil enfrentou uma crise que vai muito além do comércio interna cional. Essa sobretaxa é sintoma de um colapso político e institucional, agravado por perseguições judiciais, censura e ataques sistemáticos à liberdade, uma si tuação que o governo Lula e a imprensa alinhada insistem em esconder ou mini mizar numa espiral de silêncio e negação. Em meio a tudo isso, comemoram uma redução simbólica da tarifa de 10%, um alívio cosmético aplicado globalmente a mais de 200 países — nada exclusivo, nem sequer efetivo para o Brasil. Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, deixou claro que os Estados Unidos não podem premiar quem destrói valores democráticos como a liberdade de expressão. Marco Rubio, secretário de Estado, reforçou que essas tarifas são res posta política, uma advertência dos EUA à continuidade de políticas autoritárias. Jamieson Greer, representante comercial dos EUA, destacou que a sobretaxa de 40% é uma resposta específica às políticas repressivas brasileiras. Enquanto o Brasil enfrenta intensas barreiras comerciais que prejudicam seus exportadores, especialmente setores estratégicos como agricultura e indústria, a Faria Lima permanece silenciosa e inerte, sem pressionar o governo em defesa da economia real. A diplomacia brasileira, atolada em reuniões vazias e discursos sem consequência, não obteve progresso concreto junto aos EUA. E, olhando por esse ângulo, fica evidente que esse silêncio e essa inação reforçam a certeza de que a crise institucional é a verdadeira raiz de todos os problemas. E que a anistia aos presos e condenados do 8 de janeiro é a única solução. Tentando dar um verniz de solução, surgiu a polêmica proposta da “dosimetria” — uma redução das penas dos condenados pelos eventos do 8 de janeiro, que incluía figuras controversas da política nacional como Aécio Neves, Michel Temer e Paulinho da Força. Essas “múmias” da velha política tentaram empurrar a ideia de que uma dose de jeitinho resolveria o problema. Não passou de mais uma tentativa de varrer o problema para debaixo do tapete, evitando o enfrentamen to real dos conflitos. A dosimetria foi claramente uma manobra para substituir a anistia ampla, geral e irrestrita. O governo insiste em maquiar a realidade com discursos que desviam o foco da verdadeira crise. Essa ilusão mantém o povo numa prisão invisível criada por fal sas esperanças e retrocessos. Mais que conspirar contra a verdade, essa atitude revela a face da elite política e financeira: acomodada e conivente, porque no jogo da crise e da manutenção do poder ela extrai seus lucros e privilégios. Cada dia que passa deixa mais evidente porque não há vontade política de en frentar a crise institucional que sustenta o “tarifaço”. Prefere-se a hipocrisia do si lêncio e da propaganda do que a coragem da transparência e da ação verdadeira. A negação persistente torna o Brasil refém de interesses que sabotam o presente e comprometem o futuro de mais de 230 milhões de pessoas. A elite política e financeira do país prefere mascarar a realidade deixando claro que não se mexe porque é parte do problema

Eis os 7 pontos principais da nova lei antifacção

 A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (18), o novo marco legal de combate às facções criminosas, relatado pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP), consolidando a legislação mais dura já votada pelo Parlamento para enfrentar o crime organizado.

Para o líder da Oposição, deputado federal Luciano Zucco (PL-RS), o texto representa “um divisor de águas” e uma resposta direta às comunidades dominadas por facções.

Zucco rebateu críticas da base governista sobre o processo de construção do relatório:

- Por duas semanas, o relator esteve à disposição de todos — oposição, governo, partidos e ministérios. Quem mentiu foi desmentido hoje em plenário. O governo nunca procurou o relator, nem o ministro Lewandowski. Só vieram secretários adjuntos. Quem negou diálogo foi o governo.

Principais avanços do projeto aprovado

O texto consolida sete eixos centrais considerados históricos pelas instituições de segurança pública.

1. Criação do crime de “domínio social estruturado” (20 a 40 anos)

O projeto cria um tipo penal inédito para punir quem domina comunidades, bairros ou regiões inteiras por meio de violência, intimidação e armas. Passa a ser crime grave controlar territórios com ameaça ou força, impedir circulação de pessoas, montar barricadas, impor regras ilegais, impedir entrada da polícia, realizar ataques de “novo cangaço”, sabotar serviços essenciais (como energia, transporte, portos, hospitais e escolas) e atacar sistemas de dados e comunicação.

Todos esses crimes passam a ser hediondos, sem fiança, indulto ou anistia, e com penas muito maiores.

Zucco enfatizou:

- O governo queria permitir que integrantes de facções que não fossem líderes pegassem pena quase simbólica, em regime aberto. Isso seria premiar o crime. O Congresso corrigiu esse absurdo.”

2. Punição para quem financia, apoia ou dá cobertura às facções (12 a 20 anos).

O texto cria o crime de favorecimento ao domínio social estruturado, enquadrando financiadores, quem abriga ou protege criminosos, quem fornece armas, explosivos ou informações, empresários e laranjas que usam empresas para auxiliar o crime, além de quem divulga propaganda ou falsamente diz pertencer à facção para intimidar.

3. Endurecimento real dentro do sistema prisional

O projeto fecha brechas históricas usadas para comandar facções dentro dos presídios: líderes serão transferidos obrigatoriamente para presídios federais; há vedação a visita íntima; ampliação do monitoramento de parlatórios e conversas; proibição de progressão de regime antes de 70%–85% da pena; fim do indulto, graça, fiança e anistia; e fim do auxílio-reclusão para dependentes de condenados por esses crimes, impedindo que o Estado sustente famílias de integrantes de facções que seguem comandando atividades criminosas mesmo após a prisão.

4. Asfixia financeira total das facções

O PL permite ao Estado bloquear bens, contas bancárias, veículos, imóveis e criptoativos; suspender contratos suspeitos; intervir em empresas usadas para lavagem; e liquidar bens antes da sentença para evitar perda de valor.

Após condenação, haverá perdimento definitivo dos bens, confisco ampliado de patrimônio incompatível com a renda, dissolução de empresas e proibição de contratar com o poder público por até 15 anos.

5. Mais velocidade e instrumentos para investigação

A lei amplia o alcance das forças de segurança: atuação conjunta da Polícia Federal com polícias estaduais, infiltração de agentes, ação controlada e prisão postergada, interceptações de comunicações, acesso rápido a dados sigilosos e bloqueio imediato de criptoativos.

O juiz poderá autorizar medidas urgentes sem atrasos, evitando que operações fracassem por demora processual.

6. Criação do Banco Nacional de Organizações Criminosas

O texto cria um sistema integrado com dados de facções, milícias e grupos paramilitares; líderes, integrantes e financiadores; empresas, laranjas e logística do crime.

A ferramenta permitirá mapear e desarticular redes criminosas nacionais com mais precisão.

7. Aumento de penas para crimes cometidos por facção

Crimes como homicídio, roubo, furto, sequestro, extorsão, receptação e outros terão penas maiores quando praticados por ordem ou em benefício de facções criminosas.

“Este projeto tem um único pai: as famílias torturadas pelas facções”

Zucco destacou que o texto não pertence a governo nem oposição, mas sim às vítimas:

Tramitação

O relatório passou por múltiplas versões, com participação de especialistas, forças de segurança e parlamentares. As tentativas do governo de adiar a votação foram rejeitadas.

Zucco reforçou:

- Falaram que o texto não tinha sido debatido. Foi desmentido pelo relator e pela presidência da Casa. O diálogo sempre esteve aberto.”

O texto segue agora para o Senado.