Navegar é preciso

Vale a pena examinar o cenário de quatro pesquisas de institutos diferentes, todas relacionadas com a disputa de 1o turno para as eleições presidenciais do ano que vem.

Um dos nomes na disputa, Bolsonaro, neste momento, está inelegível e até está preso, garroteado por grilhões eletrônicos nos tornozelos, impedido de dar entrevistas, usar celular e redes sociais, custodiado por contingentes armadas no entorno da própria residência e prestes a ser condenado no julgamento que começará dia 2, daqui a alguns dias, no qual já se sabe que será condenado a até 40 anos de cadeia e encarcerado na PF de Brasília ou na Papuda.

Os jornais insinuam que Moraes quer Bolsonaro na prisão comum da Papuda.

Se for para lá, poderá ser assassinado.

Outros prisioneiros políticos da Papuda resultaram assassinados.

Pelo andar da carruagem, dá para apostar que Bolsonaro estará nas eleições do ano que vem, que elas serão limpas e que ele derrotará Lula ou qualquer outro candidato.

Já expliquei para vocês por que acredito nisto.

São razões políticas de ordem interna e externa, até mais de ordem externa do que de ordem interna.

Vejamos as 4 pesquisas, 1o turno, por cada instituto:

Atlas/Intel, de hoje - Bolsonaro 45,4% e Lula 44,6%

Paraná Pesquisas - Bolsonaro, 37,6% e Lula 34,8%

Futura Inteligência - Bolsonaro 37.6% e Lula 34,1%

Genial Quaest - Lula, 34% e Bolsonaro, 28%.

Só quem destoa completamente dos números é a Genial Quaest.

Vale lembrar que o instituto de pesquisa é a Quaest e que o Genial que vai junto do nome refere-se ao Banco Genial. Ora, o Banco Genial é uma das instituições financeiras objeto de buscas e apreensões, investigada por suposta lavagem de dinheiro dos criminosos do PCC.

Quem quiser saber mais sobre as fraudes bilionárias de financeiras da Faria Lima e seu envolvimento com o PCC, pode acompanhar tudo no meu blog www.polibiobraga.com.br

Assim,  segue o jogo e enquanto a partida não terminar, ele não terminou.

Ou como dizia o poeta português Fernando Pessoa:

- Navegar é preciso.


PCC e Faria Lima

Para a operação contra o crime organizado no setor de combustíveis, Ministério Público de São Paulo, Ministério Público Federal, Polícia Federal, Polícias Civil e Militar, Receita Federal, Secretaria da Fazenda e Planejamento de São Paulo, Agência Nacional do Petróleo (ANP) e Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo mobilizaram 1.400 agentes.

A informação é do site O Antagonista, de quem é todo este texto.

Segundo a Receita Federal, o PCC utilizava fintechs e fundos de investimento para lavar dinheiro e ocultar patrimônio. Ao todo, 42 alvos foram localizados em cinco endereços na avenida Faria Lima, em São Paulo. Pelo menos 40 fundos de investimento (multimercado e imobiliários) eram controlados pelo Primeiro Comando da Capital. Mais de 1 bilhão de reais em bens foram bloqueados.

Localizada a 313 quilômetros de São Paulo, a cidade de Ribeirão Preto foi apontada como o núcleo financeiro do esquema criminoso. Só em Ribeirão, foram cumpridos 23 mandados.

As investigações apontam que os fundos de investimento teriam financiado a compra de um terminal portuário, quatro usinas de álcool e 1.600 caminhões para transporte de combustíveis, além de mais de 100 imóveis.Com o dinheiro dos fundos, foram adquiridas seis fazendas no interior de São Paulo avaliadas em 31 milhões de reais e uma residência em Trancoso, na Bahia, por 13 milhões de reais.

Dívida Pública

 A Dívida Pública Federal ultrapassou pela primeira vez a barreira de R$ 7,9 trilhões, apesar do vencimento de papéis prefixados. Segundo números divulgados nesta quarta-feira pelo Tesouro Nacional, a DPF passou de R$ 7,883 trilhões em junho para R$ 7,939 trilhões no mês passado, alta de 0,71%.

Em julho de 2024, o indicador superou pela primeira vez a barreira de R$ 7 trilhões. 

As informações são de reportagem especial da Agência Brasil de hoje. Leia tudo a seguir:

A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) subiu 0,66%, passando de R$ 7,581 trilhões em junho para R$ 7,631 trilhões em julho. No mês passado, o Tesouro resgatou R$ 31,04 bilhões em títulos a mais do que emitiu, principalmente em papéis prefixados. Apesar disso, a dívida interna subiu por causa da apropriação de R$ 80,94 bilhões em juros.

Por meio da apropriação de juros, o governo reconhece, mês a mês, a correção dos juros que incide sobre os títulos e incorpora o valor ao estoque da dívida pública. Com a Taxa Selic (juros básicos da economia) em 15% ao ano, a apropriação de juros pressiona o endividamento do governo.

No mês passado, o Tesouro emitiu R$ 118,26 bilhões em títulos da DPMFi. No entanto, com o alto volume de vencimentos de títulos em julho, os resgates foram maiores e somaram R$ 149,29 bilhões.

A Dívida Pública Federal externa (DPFe) subiu 1,96%, passando de R$ 302,12 bilhões em junho para R$ 308,05 bilhões em julho. O principal fator foi a alta de 2,66% do dólar no mês passado, impulsionada pelo tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Composição da dívida

Com a concentração de vencimento de títulos prefixados, típica do primeiro mês de cada trimestre, a composição da DPF variou da seguinte forma de junho para julho:

Títulos vinculados à Taxa Selic: 48,16% para 49,25%;

Títulos corrigidos pela inflação: 26,45% para 26,72%;

Títulos prefixados: 21,57% para 20,16%;

Títulos vinculados ao câmbio: 3,82% para 3,87%.

O PAF prevê que os títulos encerrarão o ano nos seguintes intervalos:

Títulos vinculados à Selic: 48% a 52%;

Títulos corrigidos pela inflação: 24% a 28%;

Títulos prefixados: 19% a 23%;

Títulos vinculados ao câmbio: 3% a 7%.

Normalmente, os papéis prefixados (com taxas definidas no momento da emissão) indicam mais previsibilidade para a dívida pública, porque as taxas são definidas com antecedência. No entanto, em momentos de instabilidade no mercado financeiro, as emissões caem porque os investidores pedem juros muito altos, que comprometeria a administração da dívida do governo.

Em relação aos papéis vinculados à Selic (juros básicos da economia), esses títulos estão atraindo o interesse dos compradores por causa das recentes altas promovidas pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). A dívida cambial é composta por antigos títulos da dívida interna corrigidos em dólar e pela dívida externa.

Prazo

O prazo médio da DPF subiu de 4,14 para 4,16 anos. O Tesouro só fornece a estimativa em anos, não em meses. Esse é o intervalo médio em que o governo leva para renovar (refinanciar) a dívida pública. Prazos maiores indicam mais confiança dos investidores na capacidade do governo de honrar os compromissos.

Detentores

A composição dos detentores da Dívida Pública Federal interna ficou a seguinte:


Instituições financeiras: 31,26% do estoque;

Fundos de pensão: 23,49%;

Fundos de investimentos: 21,73%;

Não residentes (estrangeiros): 9,86%

Demais grupos: 13,7%.

Mesmo com a tensão no mercado financeiro por causa do tarifaço, a participação dos não residentes (estrangeiros) oscilou para cima em relação a junho, quando estava em 9,84%. Em novembro do ano passado, o percentual estava em 11,2% e tinha atingido o maior nível desde junho de 2018, quando a fatia dos estrangeiros na dívida pública também estava em 11,2%.

CPMI do INSS ouvirá depoimentos a partir das 9h

A comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investiga as fraudes no INSS ouvirá a defensora pública Patrícia Bettin Chaves nesta quinta-feira, a partir das 9h. Ela já atuava contra descontos irregulares nos benefícios previdenciários antes da Operação Sem Desconto da Polícia Federal (PF), iniciada em abril, que trouxe o esquema à tona. A população poderá participar da reunião, enviando perguntas, sugestões e críticas, por meio do Portal e-Cidadania. 

Outra parte da reunião será secreta para que os parlamentares ouçam também o delegado responsável pela operação, Bruno Oliveira Pereira Bergamaschi.

Na reunião, a CPMI votará mais 65 requerimentos. Entre eles estão pedidos de parlamentares da oposição para rastrear visitas de suspeitos dos delitos ao Senado, Câmara dos Deputados, INSS e Ministério da Previdência. Entre eles está Antônio Carlos Camilo Antunes, chamado de “Careca do INSS”, que é apontado nos requerimentos como lobista e um dos principais intermediadores das fraudes.

A convocação de Antunes para prestar depoimento já foi aprovada na terça-feira (26), ainda sem data oficial para acontecer.

As informações acima e o texto são da Agência Senado. Saiba mais:

Crédito consignado

A CPMI pode se debruçar sobre fraudes semelhantes no crédito consignado. A modalidade permite aos beneficiários do INSS pegarem empréstimos a juros mais baixos quando o pagamento das parcelas é automaticamente descontado do valor recebido da Previdência Social. Para isso, os parlamentares votarão requerimentos de informações aos seguintes órgãos:

Tribunal de Contas da União (TCU), que chegou a realizar auditoria a pedido do Congresso Nacional (Acórdão 1115/2024);

Banco Central;

INSS;

Caixa Econômica;

Ministério Público Federal;

Federação Brasileira de Bancos, que representa o setor bancário nacional;

Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon).

Seguro-defeso

O senador Izalci Lucas (PL-DF) também solicita investigações específicas para o seguro-defeso. O senador disse que, em alguns municípios, a quantidade de beneficiários é desproporcional à quantidade real de pescadores. Ele também questiona se não há descontos irregulares no benefício pago pelo INSS.

Para isso, os parlamentares votarão o envio de informações por órgãos como o INSS, PF, TCU e Ministério da Pesca e Agricultura.

O benefício de um salário mínimo é pago a pescadores de pequeno porte durante o período em que a atividade é proibida para garantir a reprodução das espécies.

Pedidos de informações

Outros requerimentos solicitam novas informações a órgãos públicos ligados à Previdência Social ou às investigações das fraudes que motivaram a CPMI. Izalci também quer acesso aos Acordos de Cooperação Técnica (ACT) entre o INSS e as entidades que cobravam mensalidade dos aposentados. 

Segundo o senador, o ACT é o que permitia às associações e sindicatos envolvidos nas fraudes descontar automaticamente a mensalidade do valor enviado do INSS a vítimas. As fraudes consistiam no desconto sem autorização prévia dos aposentados e pensionistas e somaram cerca de R$ 6,3 bilhões dos benefícios previdenciários no período de 2019 até 2024, segundo a PF.

A Advocacia-Geral da União (AGU) e a Dataprev — empresa estatal que oferece serviços de tecnologia para o INSS — também podem ter de enviar informações à CPMI.

Como participar

O evento será interativo: os cidadãos podem enviar perguntas e comentários pelo telefone da Ouvidoria do Senado (0800 061 2211) ou pelo Portal e‑Cidadania, que podem ser lidos e respondidos pelos senadores e debatedores ao vivo. O Senado oferece uma declaração de participação, que pode ser usada como hora de atividade complementar em curso universitário, por exemplo. O Portal e‑Cidadania também recebe a opinião dos cidadãos sobre os projetos em tramitação no Senado, além de sugestões para novas leis.