Entrevista, Alex Pipkin - Esta noite, 19h, lanço meu 6o livro, desta vez na Livraria Santos, Porto Alegre

 Alex Pipkin, 60 anos,  é Doutor e Mestre em Administração – Marketing pela UFRGS, com formações complementares pela FGV, ESPM e PUC-RS.Atuou em cargos de liderança em grandes organizações e foi Vice-Presidente da FEDERASUL e Conselheiro da FIERGS. Hoje, é professor, consultor e autor de livros e artigos nas áreas de gestão, negócios e economia.

O seu mais novo livro, As Falácias do Coletivismo - O Resgate do Liberalismo", será lançado esta noite, 19h, na Galeria Casa Prato, Porto Alegre.

Sim. Trata-se de uma obra que convida o leitor a refletir sobre a liberdade individual, o papel do Estdo e o impcto do coletivismo no pensamento contemporâneo.

É uma temática bem complexa.
Este não é um livro para os acomodados. Alex Pipkin escreve com a ousadia de quem não foge à luta. Não teme expor verdades incômodas ante o barulho incendiário do politicamente correto.Tento desmontar os pilares do coletivismo que se infiltram na política, na economia e na cultura nacional.

Pode ser mais específico ?
O livro vem dividido em cinco partes: Diplomacia e terrorismo, Autoritarismo, Conjuntura política e econômica, Cultura, e Ambiente empresarial. Nele estão reunidos artigos antes publicados em ambientes online.  

Não é seu primeiro livro.
Tenho outros 5 livros publicados, todos técnicos. Marketing internacional: Uma abordagem estratégica foi até a quarta edição, publicado em 1999. É o livro mais citado sobre o tema no Brasil, escrito por autor brasileiro. 

Artigo, especial - A inércia da oposição diante da perda da soberania

Este artigo é do Observatório Brasil Soberano

Um dos maiores problemas da República brasileira é, indiscutivelmente, a perda da soberania do Estado brasileiro para as facções criminosas. Estas já exercem influên cia sobre as instituições nacionais silenciosamente — o que é muito mais grave do que a influência pública dos acordos entre facções e poder público, em nome da manutenção da ordem social —, fazendo do Estado brasileiro ora cúmplice do nar cotráfico, por terem interesses em comum, ora chantageado, agindo sob coação. Nenhuma voz da grande mídia teve a capacidade de associar a postura diplomáti ca brasileira diante da crise da Venezuela à infiltração institucional que o narcotrá fico produziu nas últimas décadas. Não parece coerente que a liderança democrática do Sul Global faça todo o possível para que nada seja feito contra um narcoestado que é sustentado por cartéis e milícias. A naturalidade com que as vozes do debate público brasileiro tratam criminosos e os métodos absurdos de combate ao crime que a esquerda progressista promove dei xam claro que é preciso uma mudança de paradigma no debate público nacional. A operação contra o narcoterrorismo foi tolerada pela mídia e pelas instituições porque o custo político diante da população seria enorme, e a operação tornou-se pauta no debate público popular e oficial no Brasil. Porém, essa bem-sucedida operação não garante uma mudança no quadro geral da segurança pública nacional, pois não existem fundamentos para uma mudança na política de combate ao crime organizado. O crime organizado não foi derrotado no debate público, na mídia, nas instituições políticas e no Judiciário. Momentaneamente, a materialidade da aprovação da operação pela população forçou o estamento a adotar uma postura tolerante para com o combate ao crime. Mas essa tolerância não será mantida e sequer escalará para uma guerra efetiva contra o crime organizado sem uma atuação política metódica. A direita brasileira promove a autocastração com conflitos por espaços na máquina pública, popularidade e prestígio diante do eleitor, quando o momento demanda ação coordenada contra a criminalidade. É necessário um debate mais qualificado, substancial e claro a respeito da perda da soberania do Estado. É preciso resgatar a memória histórica a respeito do nasci mento e ascensão das facções criminosas e do PT. Hoje não existem leis que tipifi cam e sancionam o atual estágio de aparelhamento, domínio territorial e pilhagem de empreendedores. Se o mesmo esforço para desgastar Bolsonaro e se posicionar como herdeiro do espó lio do bolsonarismo fosse empregado no combate às facções criminosas, nessa janela de oportunidade, avanços substanciais contra o crime organizado poderiam ser feitos. É visível que, na mídia tradicional, os faccionados foram veementemente defen didos, que a grande maioria dos intelectuais públicos categoriza como absurda a operação e que todo o discurso permitido no debate público nacional fomenta um combate indireto através da educação e de oportunidades de trabalho, tratando qualquer tentativa de enquadrar essa guerra dentro de suas proporções como ge nocídio contra pobres desafortunados. Sem ação coordenada da oposição, os narcoterroristas continuarão avançando sobre as instituições e sobre o Brasil. Será que o interesse em herdar o espólio de Bolsonaro é maior do que o ímpeto de reconstruir o Brasil

Artigo, especial, Alex Pipkin - A quimera igualitarista

Alex Pipkin, PhD em Administração

O comunismo insiste em sobreviver como uma quimera ideológica que se alimenta de sentimentalismos baratos e de um moralismo vagabundo incapaz de resistir ao menor toque da realidade. Apoia-se numa mentira tão velha quanto devastadora, ou seja, a fantasia de que seres humanos podem — ou deveriam — ser igualados. 

É preciso uma ingenuidade juvenil profunda, ou uma desonestidade intelectual monumental, para acreditar que indivíduos tão diversos em capacidades e recursos, esforço, ambição e propósito possam ser moldados por decreto numa massa obediente e homogênea. As pessoas são diferentes. Imanentemente diferentes. E nenhuma engenharia social consegue negar esse fato sem triturar a dignidade humana no processo.

Ainda assim, o comunismo continua a recrutar almas impressionáveis. Os jovens, idealistas inexperientes, muitos deles confortavelmente financiados pelos mesmos “burgueses” que demonizam com fervor, tornam-se presas fáceis dos sofismas igualitaristas e identitários. Seduzidos por palavras mágicas como “justiça social”, acreditam que podem “transformar o mundo” abolindo hierarquias naturais, demonizando o mérito e convertendo a economia numa utopia estatista que colapsa assim que o dinheiro dos outros acaba. 

Eles não percebem que esse discurso inflamado tem um propósito muito claro, de dividir a sociedade, atomizar indivíduos, inflar ressentimentos e, ao fim, nivelar todos na pobreza. Claro, exceto a deselite parasitária que sempre se apossa do Estado.

A história, porém, já encerrou esse debate. Onde o comunismo imperou, deixou um rastro de miséria material, decadência moral e autoritarismo político. Não por acidente, mas por natureza. Por isso, países que conheceram o comunismo por dentro não hesitam em denunciá-lo sem rodeios. A República Tcheca — herdeira direta da Tchecoslováquia oprimida — não apenas declarou o antigo regime como criminoso, como aprovou legislação equiparando a propaganda comunista à propaganda nazista, punindo ambas com o mesmo rigor. Essa equivalência não é retórica, é memória histórica. Quem viveu o inferno não flerta com o diabo.

Mas o velho veneno ganhou novos rótulos. O marxismo, trajado de identitarismos fragmentários e causas de vitrine, vende ressentimento como se fosse qualidade excelsa. A embalagem mudou; o conteúdo segue tóxico. É sempre a mesma promessa generosa com o mesmo resultado devastador.

A verdade permanece desconfortável e luminosa, embora sempre ofuscada. A melhor política social já criada pela civilização chama-se liberdade. 

Liberdade econômica, para gerar prosperidade; individual, para construir a própria vida; moral, para rejeitar a servidão disfarçada de proteção estatal.

Combatê-lo, portanto, não é mero posicionamento político e/ou ato de “extremismo de direita” (risos).

É mesmo um dever civilizatório