Se em algumas áreas o governo encontra resistência do
Congresso para promover mudanças na linha ideológica adotada em governos
anteriores, na gestão da política ambiental a nova abordagem avança sem muito
atrito.
A bancada "verde" do Congresso não conseguiu
demarcar território, ainda mais se comparada à atuação das frentes
parlamentares ligadas à defesa dos interesses da indústria e da agropecuária.
Junta-se a esse quadro a estratégia do governo, baseada
em um discurso enfático e ações em várias áreas para mudar a política
ambiental.
Desde janeiro, o governo modificou toda a gestão do
Ibama, criando outro enfoque para a fiscalização; reduziu o papel do Instituto
Chico Mendes; paralisou o Fundo Amazônia; limitou a participação social nas
políticas ambientais; e desacreditou os dados produzidos pelo Inpe sobre o
desmatamento da floresta amazônica; entre outas ações.
E o presidente Jair Bolsonaro já transmite outra mensagem
para a comunidade internacional.
Em todos os fóruns internacionais e entrevistas em que
tratou do tema, ele tem sido enfático: o Brasil tem o que ensinar ao mundo
sobre meio ambiente e as bases de negociações dos governos passados não estão
mais disponíveis.
Um exemplo recente da nova abordagem internacional foi o
envio de representante diplomático à Conferência Internacional sobre Mudança do
Clima, organizada pelo The Heratland Institute.
A entidade reúne os maiores especialistas da tese que o
Estado não deve agir para mitigar os efeitos do aquecimento global, porque não
haveria indícios científicos suficientes de que há esse fenômeno.
Em governos passados, o Brasil sempre se manteve alinhado
ao entendimento contrário, tanto que trabalhou ativamente na construção do
Acordo de Paris.
A postura rendeu ao país a liderança dos debates nos
fóruns internacionais.
Sem a resistência do Congresso, a única trava interna que
poderia afetar a nova política ambiental vem do Judiciário, que até agora se
envolveu pouco nesse campo.
Agora o Polibio esta caindo nas falácias dos eco-malas...meu Deus..mais essa..
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