São Leopoldo decide implantar um Centro Gastronômico de Capacitação. Saiba do que se trata.

A prefeitura de São Leopoldo, Grande Porto Alegre, decidiu implantar um Centro Gastronômico de Capacitação que reunirá cozinhas sociais, formação profissional e inserção no mercado de trabalho, com foco prioritário em mulheres em situação de vulnerabilidade, especialmente vítimas de violência doméstica. 

O projeto será desenvolvido na antiga Casa da Exatoria, localizada na Rua Independência, no centro da cidade.

O anúncio saiu ontem, tudo com a assinatura do termo de cessão do imóvel por dez anos. O prédio, pertencente ao governo do Estado, foi repassado ao município durante ato realizado no Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF), em Porto Alegre, com a presença da secretária estadual de Planejamento, Governança e Gestão, Danielle Calazans,  do prefeito Heliomar Franco e da primeira-dama e secretária de Assistência Social de São Leopoldo, Simone Dutra.

De acordo com a secretária de Assistência Social e primeira-dama, Simone Dutra, o projeto tem como objetivo transformar a gastronomia em instrumento de autonomia econômica e reconstrução de vidas. A proposta parte do entendimento de que a dependência financeira é um dos fatores que mantêm mulheres em relações abusivas. “Ao oferecer capacitação, certificação e acesso ao mercado de trabalho, o centro contribui diretamente para romper ciclos de violência”, destacou.

O espaço funcionará como uma escola prática de gastronomia, oferecendo cursos, formação técnica e acompanhamento profissional. As participantes poderão atuar em cozinhas sociais, restaurantes, eventos, serviços de alimentação coletiva ou empreender. O projeto também fortalece as cozinhas sociais do município, que tiveram papel fundamental no enfrentamento da insegurança alimentar.

Artigo, especial, Jerônimo Goergen - Biodiesel: valor ambiental, força econômica e estratégia para o futuro do Brasil

Ao assumir a presidência da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (APROBIO), renovo um compromisso que acompanha toda a minha trajetória pública: o de fortalecer o biodiesel como uma política estratégica para o desenvolvimento sustentável do país.


O biodiesel teve, desde sua origem, um papel fundamental no Brasil. No início, destacou-se pelos ganhos ambientais e de saúde pública, ao reduzir emissões, melhorar a qualidade do ar e substituir combustíveis fósseis altamente poluentes. Ao mesmo tempo, tornou-se um poderoso instrumento de geração de empregos, agregação de valor às matérias-primas agrícolas e dinamização das economias regionais.


Com a expansão do setor e o aumento gradual da mistura obrigatória, um segundo benefício estrutural ganhou ainda mais relevância: a produção de proteína animal. O biodiesel impulsiona diretamente a oferta de farelo, insumo essencial para a alimentação animal, fortalecendo cadeias como a de aves, suínos, bovinos e pescado, ampliando a produção de alimentos e ajudando o Brasil a atender mercados internos e externos cada vez mais exigentes.


Hoje, entramos em uma nova fase. A ampliação do biodiesel representa um ganho direto para a produção de soja e de grãos no Brasil. Em especial no caso da soja, estamos deixando de ser apenas exportadores de grão in natura para avançar na industrialização dentro do país. Isso significa mais valor agregado, mais empregos, mais renda e uma presença internacional mais qualificada. A soja brasileira, processada aqui, transforma-se em energia limpa, proteína e desenvolvimento — um diferencial que poucos países conseguem oferecer com a mesma escala, qualidade e sustentabilidade.


Esse modelo posiciona o Brasil de forma única no cenário global. Temos matéria-prima, tecnologia, capacidade industrial e uma matriz energética alinhada às exigências do futuro. Cabe a nós transformar essa vantagem em abertura de mercados, reconhecimento internacional e liderança na transição energética.


Essa expansão exige responsabilidade. O setor está plenamente consciente das demandas dos consumidores. A questão dos motores novos já está equacionada pelas próprias montadoras. Já nos motores em circulação, o avanço passa necessariamente por um controle ainda mais rigoroso da qualidade do produto.


Esse compromisso com a qualidade será um dos pilares da nossa gestão. Na APROBIO, estamos trabalhando na construção de instrumentos, parcerias e processos que fortaleçam ainda mais o padrão do biodiesel brasileiro, garantindo segurança ao consumidor, previsibilidade ao mercado e confiança para avançarmos em novos patamares de mistura e na abertura de novos mercados.


Como presidente da APROBIO, criador da Frente Parlamentar do Biodiesel e autor do Projeto de Lei nº 528/2020 (PL 528/2020), que deu origem à política dos Combustíveis do Futuro, reafirmo: o biodiesel não é apenas uma alternativa energética. Ele é uma política industrial, agrícola, ambiental e social.


O futuro passa pelo biodiesel — e o Brasil está preparado para liderar esse caminho.


Jerônimo Goergen

Prefeito Melo reage mal a rebelião da base aliada no caso do IPTU

 O prefeito Sebastião Melo reagiu mal à decisão de 10 vereadores da base aliada, todos do chamado Bloco Liberal-Conservador, que se negaram a aprovar aumento do IPTU no âmbito do projeto da nova Planta Genérica de Valores de Imóveis de Porto Alegre. Ele tirou uma nota, intitulda "Não decidir é uma decisão", para justificar a retirada do projeto, que deveria ser aprovada este ano para valer a partir do ano que vem.

Entre medidas anunciadas pelo prefeito para compensar as perdas que ocorrerão, o prwefeito anunciou estas medidas:

- Suspensão dos benefícios fiscais de ITBI e IPTU para imóveis no 4º Distrito, a negativa de acréscimo de benefícios para o bairro Anchieta, a retomada da cobrança de alíquota normal do IPTU para os hotéis do Centro Histórico e do 4º Distrito, a não implementação dos incentivos previstos no Programa Centro+, e o veto à remissão de dívidas para entidades devedoras. A reação é apenas a primeira. Outras virão.

Leia a nota do prefeito:

Não decidir é uma decisão!

A decisão da Câmara Municipal de não apreciar o projeto da Planta Genérica de Valores dos Imóveis (PGV) é uma escolha que gera consequências para Porto Alegre.

O projeto de lei, cumprindo determinação legal, resultaria na redução do valor do IPTU para 173 mil imóveis (20% do total de imóveis). Para outros 643 mil imóveis (75% do total) o valor do imposto seria muito semelhante ao atual. Finalmente, para os restantes 46 mil imóveis (5% do total), cujo valor venal vigente está defasado, o ajuste seria de no máximo 10%, obedecendo trava prevista no projeto.

Esse ajuste - de no máximo 10% -, permitiria a manutenção dos incentivos fiscais necessários para impulsionar o desenvolvimento econômico e social da cidade, especialmente no Centro Histórico e 4º Distrito.

Devido a não aprovação do projeto, informamos que:

* Serão suspensos os benefícios fiscais de ITBI e IPTU para os imóveis existentes no 4º Distrito;

* Não haverá acréscimo de benefícios para o bairro Anchieta;

* Os hotéis do Centro Histórico e do 4º Distrito voltarão a pagar alíquota normal de IPTU;

* Não haverá implementação dos incentivos previstos no Programa Centro+;

* A remissão de dívidas para entidades devedoras sofrerá veto do Poder Executivo.

Reafirmamos nossa firme disposição de continuar trabalhando pelo desenvolvimento econômicoda cidade e manter abertos todos os canais de diálogo com a Câmara Municipal e os porto-alegrenses.