Evento promovido pelo Hospital Moinhos de Vento está com inscrições abertas e ocorre no próximo dia 25
A Atrofia Muscular Espinhal (AME) é uma das mais de oito mil doenças raras conhecidas e afeta, aproximadamente, entre sete e dez bebês em cada cem mil nascidos vivos. É a maior causa genética de morte em crianças de até dois anos de idade, conforme dados do Ministério da Saúde. O diagnóstico e o tratamento da doença serão temas da próxima edição do Moinhos Science Symposium, promovido pelo Hospital Moinhos de Vento no próximo dia 25, entre 19h e 21h. As inscrições para o evento online e gratuito já estão abertas e podem ser realizadas através deste link.
Destinado a especialistas na área, o evento contará com especialistas em pediatria, neonatologia, genética médica, pneumologia, entre outros e abordará tratamentos de alta complexidade realizados com pioneirismo no Rio Grande do Sul pelo Hospital Moinhos de Vento. Além de terapias respiratórias —ventilação não-invasiva, fisioterapia e fonoaudiologia— hoje o hospital conta com três fármacos, com liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). “O Moinhos de Vento possui uma vasta experiência na manipulação dos fármacos. Mais recentemente, o hospital foi capacitado para fazer a terapia gênica, aprovada no Brasil e no mundo para crianças com até 24 meses de idade. Seja qual for o tratamento, estamos aptos a fazê-lo”, ressaltou a médica geneticista Elizabeth Silveira Lucas.
Destaque para o uso da medicação Zolgensma, que deve ser aplicada antes dos dois anos de idade, na qual a instituição é a única do Rio Grande do Sul com experiência nesta terapia gênica para AME. O tratamento utiliza um vetor viral inofensivo para humanos que, ao ser injetado, leva o gene responsável pela produção da proteína para dentro das células. A expectativa é que, com uma única aplicação, seja possível corrigir o gene e fazer com que a criança passe a produzir corretamente a proteína e os neurônios motores funcionem normalmente.
A Atrofia Muscular Espinhal (AME)
A AME é uma doença genética rara na qual a criança não possui ou possui baixos níveis de proteína SMN, responsável por manter os neurônios motores saudáveis e que possibilita os movimentos. A alteração faz com que os pacientes com AME - tipo 1 tenham fraqueza muscular progressiva, inclusive da musculatura do aparelho respiratório. “A forma mais grave da doença afeta crianças nos seus primeiros meses de vida. São crianças muito hipotônicas e, qualquer criança com hipotonia —redução ou perda do tono muscular— deve ter um diagnóstico diferencial com AME. Quanto mais cedo o diagnóstico, mais precoce o tratamento”, alerta.
Moinhos Science Symposium - II Simpósio de Diagnóstico e Tratamento da Atrofia Muscular Espinhal
Dia 25 de agosto, das 19h às 21h
Evento online e gratuito
Inscrições através deste link.
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