A venda do Banco Master ao Banco de Brasília (BRB) foi aprovada pelo conselho de administração do Master antes da publicação oficial do balanço auditado da instituição, segundo informações obtidas por fontes próximas ao processo.
O parecer dos auditores independentes, condição essencial para validar juridicamente as demonstrações contábeis do banco, foi emitido somente em 1º de abril de 2025, quando a transação já havia sido deliberada.
Avaliada em aproximadamente R$ 2 bilhões, a operação foi autorizada sem que os conselheiros tivessem à disposição o conjunto completo e atualizado das informações financeiras auditadas da instituição.
De acordo com relatos do mercado, pelo menos um conselheiro registrou divergência formal junto à presidência do Banco Master, destacando inconformidades procedimentais e questionando a tempestividade da deliberação.
A movimentação passou a ser monitorada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e, conforme apurado, também entrou no radar de outros órgãos de fiscalização institucional.
A operação consiste na aquisição, pelo BRB, de:
• 49% das ações ordinárias, e
• 100% das ações preferenciais do Banco Master,
com foco exclusivo em ativos estratégicos e de baixa exposição a risco. Ativos considerados problemáticos — como precatórios e participações em private equity — foram excluídos da transação, conforme declarado por fontes ligadas à operação.
O negócio permanece submetido à análise do Banco Central e do CADE, aguardando as aprovações regulatórias exigidas para sua conclusão.
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