Nesta segunda-feira, durante duas horas, debati aspectos relacionados com os atos da posse, o significado do novo desembarque de Trump na Casa Branca, o conteúdo dos seus discursos e dos seus primeiros atos, como também o que isto significa para os interesses do Brasil. Foi no programa diário +Brasil, que tem o comando do jornalista Júlio Ribeiro. A conversação contou com a participação do cientista político Paulo Moura e do jornalista Diogo Forjaz.
E quanto ao governo Trump ?
Existem dois pontos que são os mais relevantes sobre o assunto, um no front externo americano propriamente dito e outro no seu front interno. Ambos interessam aos brasileiros.
Sobre o novo governo de Trump, pode-se dividir a questão no que diz respeito a mudanças em três campos muito relevantes:
Social, Político e Econômico.
Ora, nos campos social e político, já se percebem pelos primeiros atos assinados por Trump, que prevalece e prevalecerá uma agenda extremamente conservadora, de confronto com a agenda woke abraçada pela esquerda mundial e por seus aliados, ou seja, por todos os renegados sociais.
No blog www.polibiobraga.com.br, está listado tudo o que já foi assinado e está em implementação nos Estados Unidos e que caracterizam não só uma nova ordem americana, mas uma nova ordem global que se espraiará pelo mundo como rastilho de pólvora, partindo para um confronto direto com posições políticas e sociais que em boa parte do mundo ocidental conseguiram hegemonia no sistema de Poder, como é o caso do Brasil e França, por exemplo.
A maior prova desta mudança de inflexão é o ato legal assinado por Trump, ordenando que os setores público e privado voltem a definir os gêneros do modo como Deus os definiu ao criar Adão e Eva.
Isto significa que na prática é o fim das políticas de diversidade, igualdade e inclusão, com todos os desdobramentos que vocês conhecem.
E começou por dentro de casa, mas não ficará por ali.
E a economia ?
Trump falou e tem falado de acordo com o refrão que cunhou, ou seja, America Firts, a America em Primeiro Lugar.
Os seus primeiros atos não revelam nada de muito excepcional, mas nos discursos o novo presidente tem colocado prioridade em casos como o da energia.
A ver.
E o Brasil ?
O presidente lulopetista nomeado Lula da Silva mudou de tom e já não acha que Trump é nazista. Ele tirou nota para dizer que quer paz e colaboração.
É bom que pense assim.
O Brasil não está na lista das prioridades de Trump no quesito da política externa, porque pela ordem o seu governo buscará: 1) a paz na guerra entre Rússia e Ucrânia; 2) intervenão forte no Oriente Médio, com ênfase para Irã, Síria , Iemen e Israel; 3) América Latina: botará pressão sobre o Panamá no caso do canal e irá para cima da Venezuela; 4) trabalhará duro para confrontar os interesses americanos diante do avanço da China; 5) e reduzirá seus interesses militares na Otan, portanto na defesa da Europa.
Só depois é que sobrará atenção para o Brasil.
O Brasil será atingido por uma mudança grave de inflexão do apoio ideológico e político do governo americano, todo ele em favor da oposição. Será um aliado do ponto de vista ideológico e, portanto, político, mas caberá aos brasileiros ir adiante e desmontar o sistema de dominação atual.
E isto é muito melhor do que foi o governo Biden, que interveio em favor do Eixo do Mal, diretamente sobre os militares e também diretamente sobre as ações promovidas pelo ministro Alexandre de Moraes.
É isto.
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