O autor é advogado e engenheiro, RS. Também foi presidente da Fiergs e representante brasileiro na OIT.
Quem quiser ter uma ideia do perigo que ronda a cultura ocidental, preste atenção no que vem ocorrendo na Grã-Bretanha. Lá, naquela que foi a campeã na resistência contra o nazismo, o controle do cidadão pelo Estado vem crescendo, por força de uma combinação de ideologias políticas, sociais e tecnocráticas.
Desde a pandemia, o Reino Unido vem acumulando um arsenal de leis autocráticas, entre as quais o Counter-Disinformation Unit e o Online Safety Act, que criminalizam "desinformação", desmonetizando ou banindo opiniões divergentes, ou o Hate Crime and Public Order Act, que pune pensamentos "ofensivos", mesmo em recinto privado (!) e sem incitação à violência.
Assim, a sociedade britânica tem sido submetida a uma reconfiguração de valores familiares, religiosos e sociais através da mídia, da educação e da política. A transformação cultural é forjada através do controle do discurso e da linguagem, enquanto grupos minoritários são colocados como "protegidos", tendo as críticas contra suas ideologias reprimidas como “discurso de ódio”.
Na verdade, o governo britânico tem sido influenciado por um progressismo globalista, que busca uma sociedade padronizada sob valores ditos "liberais", mas que, na prática, restringe liberdades individuais para impor uma agenda política totalitária. O pior é que esse modelo é impulsionado por instituições internacionais como ONU, União Europeia, Fórum Econômico Mundial e ONGs transnacionais.
Alguma semelhança com o que ocorre no Brasil de hoje?
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