Doença crônica já é considerada epidemia global e afeta
cerca de 13 milhões de brasileiros
São Paulo, janeiro de 2020 - O órgão governamental
responsável pela avaliação da inclusão de novos medicamentos nas farmácias do
SUS, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias (CONITEC), investiga
agora a disponibilização de novas opções para o tratamento e controle do
diabetes. O diabetes é uma doença que afeta 6,9% da população brasileira, o
equivalente a cerca de 13 milhões de pessoas, segundo o Ministério da Saúde¹.
O avanço dessa doença já é uma epidemia global: a OMS
estima que o diabetes tipo 2 teve crescimento próximo a 62% na última década¹,
principalmente por estar associado ao envelhecimento da população, aos maus
hábitos alimentares e falta de atividade física¹. "Na maioria dos casos, o
diabetes é uma doença silenciosa e que, muitas vezes, não possui sintomas
claros, gerando falsa percepção de controle e abandono do tratamento",
conta o dr. Rodrigo Moreira, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia
e Metabologia.
A baixa adesão às terapias traz consequências graves à
saúde, como as doenças que impactam no funcionamento do coração e dos rins,
causando hipertensão, insuficiência cardíaca e renal, e outras doenças que
afetam esses órgãos¹.Por tudo isso, o diabetes se tornou uma questão de saúde
pública no Brasil. Hoje, cerca de 7,2 milhões de pacientes recebem medicamento
do SUS e o Ministério da Saúde investirá quase R$ 400 milhões a partir deste
ano².
E por ser uma questão de saúde e interesse públicos, o
órgão abre periodicamente consultas públicas, nas quais toda a sociedade pode
exercer o direito de se manifestar sobre decisões que impactam diretamente o
funcionamento do Sistema Único de Saúde - SUS. "É fundamental ampliar o acesso
da população às novas terapias, uma vez que a doença não faz assepsia de classe
social. Todos precisam alcance ao tratamento mais indicado para si",
finaliza o especialista.
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