Além da Imaginação: Robôs, Órgãos Impressos, Hidrogel e o Futuro da Medicina

Desde os primórdios, o homem luta contra o medo da morte e pela segurança pessoal, buscando mecanismos de proteção. Não é por acaso que medicina e indústria armamentista lideram o desenvolvimento tecnológico, focando em vida longa e proteção. Na década de 1990, quando eu falava que conversar por celulares com imagens em tempo real, que teríamos tecnologia e nanorobôs atuando na medicina, robôs para regular a pressão arterial seria algo que ocorreria em poucos anos, vários alunos universitários me perguntavam se eu não estava fantasiando, se não tinha visto muito filme de ficção. Pois é, hoje é realidade. Os avanços são tão rápidos que não consigo prever o que virá. Enquanto você lê este texto, algo novo, que nem imaginamos, já está sendo criado. Neste artigo, abordo de forma superficial as tecnologias na área da saúde, destacando o que já é realidade no Brasil e o que está em desenvolvimento no mundo, com inovações que parecem ficção científica, mas creio que o que vemos em filmes futuristas de hoje será realidade na vida de nossos netos.


No Brasil, a telemedicina conecta pacientes a médicos em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte, realizando milhares de atendimentos diários, como eletrocardiogramas. Robôs cirúrgicos, como o Da Vinci, são usados em hospitais de São Paulo para cirurgias precisas. A impressão 3D produz próteses no Rio de Janeiro e modelos de órgãos em São Paulo. Testes genéticos auxiliam no tratamento de câncer em Belo Horizonte e Porto Alegre, mas estão limitados a centros de referência. Estes são apenas alguns exemplos; muitas outras tecnologias já estão sendo utilizadas. A expansão para todos será gradativa e pode levar anos.No cenário global, tecnologias futuristas, ainda não aprovadas, parecem desafiar a imaginação. Robôs minúsculos (nanorobôs – máquinas menores que células) estão em testes nos EUA e na China, com potencial para entregar remédios diretamente em tumores ou limpar vasos sanguíneos. Órgãos inteiros, como rins, estão sendo impressos em Israel, com a promessa de acabar com filas de transplante até 2030, mas ainda em fase experimental. Óculos de realidade aumentada, testados em Seul, mostram dados durante cirurgias, como uma visão de raio-X, mas aguardam aprovação para uso amplo. Implantes cerebrais (interfaces cérebro-computador – chips que leem o cérebro), testados pela Neuralink na Califórnia, ajudam paralisados a moverem próteses com a mente ou, como já mencionei em um artigo anterior, até restaurar a visão em cegos. A terapia com luz (terapia fotodinâmica – uso de luz para destruir células doentes) é testada na Europa para tratar câncer de pele sem cirurgias, enquanto um hidrogel japonês, que transforma células cancerígenas em células inofensivas, está em estudo. Essas tecnologias, ainda não aprovadas, enfrentam barreiras regulatórias.

A questão principal não é mais o que virá, mas se essas tecnologias cruzarão limites perigosos, especialmente sobre privacidade. Implantes cerebrais podem acessar sinais cerebrais, mas quem controlará esses dados? Nanorobôs podem monitorar o corpo além do desejado? Editar genes pode curar, mas mudar o DNA de bebês é certo? Tecnologias podem ser usadas para o bem ou para o mal, e nenhum sistema, nem urnas eletrônicas, é imune a hackers. Interesses econômicos e sociais podem levar à manipulação para benefício próprio. Essas discussões buscam garantir que a tecnologia respeite a dignidade humana, ética e segurança.

Hoje, avanços que antes víamos apenas em ficção científica são realidade ou estão prestes a ser, mostrando que a medicina está no caminho de transformar a vida como a conhecemos. Todo esse desenvolvimento é impressionante, mas, lamentavelmente, pessoas morrem por falta de medicamentos comuns, por falta de acesso e de um simples atendimento que poderia salvar suas vidas. Muitos esperam meses ou até anos por uma cirurgia simples que poderia salvar a vida. Onde está o governo, especialmente no Brasil, que cobra uma carga gigante de impostos, empobrecendo o povo, e, em vez de devolver em serviços, gasta com mordomias ou corrupção? Basta ver o que fizeram com os aposentados.

Um comentário:

  1. A TECNOLOGIA DEVERIA INGRESSAR NOS MODELOS POLITICOS PUBLICOS! - VEMOS QUE NO MUNDO PRIVADO, TUDO EVOLUI PARA CONSEGUI-SE MAIOR EFICIÊNCIA A MENOR CUSTO! - QUE TAL CONFRONTAR OS MODELOS DAS MULTI-NACIONAIS COM OS ARCAICOS MODELOS PÚBLICOS! PORQUE OS PRIVADOS GERAM DESENVOLVIMENTO E LUCROS, ENQUANTO, OS ESTATAIS CORRUPÇÕES E BILIONÁRIOS PREJUIZOS!

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