O meu vizinho iniciou uma pequena reforma na casa dele e, para tanto, contratou uma pequena equipe de pedreiros.
O mestre-de-obras, um senhor dos seus setenta anos, logo me chamou a atenção pelo vigor físico e liderança sobre seus homens.
Descobri que o nome dele era Antenor, porém era chamado respeitosamente pelos subordinados de “Seo Nhô”, que soava mais como “Sinhô”.
Num intervalo de almoço me aproximei dele, que pitava um cigarro de palha, adquirido sei lá onde.
Iniciei uma conversa, e não demorei para catalogá-lo como um erudito capenga e inculto, mas dotado de uma sabedoria anciã acerca das coisas da natureza e do que fazia para sobreviver.
O bate-papo desbordou para a carestia no país e, não me contendo, perguntei o que ele achava do Lula. A resposta me surpreendeu pela concisão e pelo vocábulo utilizado:
— Ele é um dissabor!
— Como assim? – indaguei.
E “Seo Nhô”, como que surpreso pelo minha ignorância, rematou:
— Lula, o tempo todo, no fim de cada frase, usa a palavra “sabe”! Ou seja: ele “diz sabe” o tempo todo. Então ele é um “dissabor”, mas que não sabe de nada!
Confesso que demorei a entender a explicação, mas logo fiz uma analogia, coerente com o raciocínio do meu simplório interlocutor: se quem promove, é “promotor”; quem “diz-sabe” é “dissabor”.
Realmente, Lula tem o cacoete verbal de repetir “sabe”, não apenas no fim, mas também no começo e no meio de cada frase. E na sua história política, ao contrário, ele nunca “sabe” das mazela cometidas ao seu redor.
Encerrei o diálogo inclinando a cabeça em concordância, com uma frase latina latejando dentro de mim:
“Vox Populi, vox Dei!”
E a realidade da nossa vida
ResponderExcluirUma pessoa tão simples com a capacidade de ver o Lula como um ser destrutivo
Como um dissabor para a humanidade
Infelizmente e a realidade
Não e?
E o que eu penso