É o que diz, hoje, o jornal Valor.
Em reunião realizada ontem, o comitê de política
monetária do Federal Reserve (FOMC, na sigla em inglês) decidiu elevar a taxa
básica de juros em 0,25 p.p., para o intervalo de 1,75% a 2,00% ao ano. Tal
decisão, tomada por unanimidade, foi amplamente antecipada pelo mercado.
O comunicado divulgado após o encontro elevou o tom do discurso do
banco central do EUA, com alterações significativas em relação ao documento da
decisão da reunião anterior, quando houve estabilidade no juro. O comunicado de
ontem explicitou a visão do Fed de crescimento “sólido” (ante o “moderado” na
decisão anterior) e desemprego em queda (antes, falava-se em desocupação em
níveis baixos). Ao mesmo tempo, o FOMC excluiu o trecho do documento em que se
mencionava que medidas de inflação de salários estavam baixas. A percepção de
ajustes futuros mais rápidos do que o esperado tem fundamentos em dois pontos:
(i) o comunicado excluiu também o trecho anterior em que se falava que o Comitê
“espera que as condições econômicas evoluam de tal forma que garantam ajustes
adicionais graduais na taxa de juros, que provavelmente permanecerão, por algum
tempo, em níveis mais baixos do que os de longo prazo”; e (ii) as projeções
apontadas pelos membros do colegiado implicam mais duas altas de juros neste
ano (setembro e dezembro), três em 2019 e uma em 2020.
Os economistas do Bradesco, disseram esta manhã que este quadro é compatível com o cenário de mais duas altas neste
ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário