As vendas reais do comércio varejista avançaram 1,0% na
passagem de março para abril (+0,6% ante abril de 2017), segundo divulgado ontem
na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC/IBGE).
Esse resultado ficou ligeiramente
acima do esperado pelo mercado (mediana das expectativas em
+0,6%).
Setorialmente, sete dos oito segmentos apresentaram ganhos no mês,
enquanto o item “outros artigos de uso pessoal e doméstico” registrou
estabilidade, após a elevação de 0,7% na leitura anterior. O volume de vendas
do comércio varejista ampliado, que também considera os segmentos de veículos e
de materiais de construção, registrou alta de 1,3% na margem (+8,7% na
comparação interanual), quarta elevação mensal consecutiva (+1,1% em março, sem
revisões). O destaque ficou por conta do volume de vendas de “veículos e motos,
partes e peças”, cuja alta de 1,9% é a sexta consecutiva (elevação de 36,6%
ante abril do ano passado, que constituiu uma base de comparação bastante
deprimida). Quando olhamos a métrica da média móvel trimestral, observamos que,
com os resultados mais fortes nas duas últimas leituras da pesquisa, os volumes
restrito e ampliado apresentaram aceleração na margem, de 1,2% em março para
1,5% em abril, e de 1,9% para 2,2%, respectivamente. Esses movimentos, contudo,
não alteram a nossa percepção de expansão moderada da atividade econômica,
incluindo o consumo das famílias. Ao mesmo tempo, os efeitos da
greve dos caminhoneiros deverão se somar aos resultados mais fracos que já
vinham sendo observados nos últimos meses nos dados de emprego e de confiança,
revertendo os ganhos mais recentes quando os indicadores de consumo de maio e
junho forem divulgados. Assim, deve-se observar um resultado negativo de 0,3%
no PIB do segundo trimestre.
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