Marcus Vinicius Gravina é advogado, Caxias do Sul,RS.
OAB-RS 4949
A sabatina, para o STF, não é sessão de debates para a avaliação das condições essenciais do candidato. Muito menos, espaço para louvação ao indicado pelo presidente da República para ganhar “doce de coco”.
Deve ser uma arguição pública para que o candidato ao cargo seja avaliado sobre as suas qualidades mais importantes, como a de sua integridade moral e fidelidade à Constituição Federal, coisa rara no momento.
Em uma única oportunidade, de duração fugaz, querem os poderosos, que se acredite na função cumprida pelo Senado: “missão dada é missão cumprida”.
O papel do Senado tem sido semelhante ao de um padre junto à pia batismal. Dá uma borrifada na testa da criança e ela passa a fazer parte da Igreja,
Jamais, deveria ser o que é hoje, um engodo. Transformou-se numa operação de compra e venda de votos, com vários tipos de moedas: emendas parlamentares e chantagens, do tipo deixar prescrever ações judiciais contra deputados e senadores da “comissão batismal”.
Falo de processos que dormitam nos gabinetes de alguns ministros do STF para servirem de moeda de troca em situações como esta e preventivas ou salvadoras de pedidos de impeachment.
Há muito a cogitar sobre o ato destinado ao Senado. Diante das suspeitas de fortunas em dinheiro e bens de certos ministros no exterior, a sabatina teria que ser precedida da declaração de bens e rendas exigida pela Lei 8.730/93 e não somente no momento da posse, como ela prevê.
Muito se saberá da idoneidade e caráter do candidato antes de ocupar a cadeira de ministro. Isto é, se os bens, eventualmente, possuídos no exterior foram declarados ou se estão em nome de suas esposas. Esta tarefa fiscalizadora é dever do Senado. Quando irá cumpri-la?
Em sabatinas, no meu tempo se tirava nota baixa ou até se “rodava”.
Não é garantia de aprovação. Já acontecia que alguns professores recebiam presentes antes delas para facilitar. Não há novidade no “beija mão”, de hoje.
Deveria ser crime, peitar quem irá sabatinar o candidato ao STF. Em nome dos cidadãos brasileiros os senadores têm o dever de aguardar o dia da sabatina para ter contato reservado com o candidato e não tomar cafezinho com quem irá pedir o seu voto. Assemelha-se, a um constrangimento ilegal.
Alguns ministros do STF que passaram pela mesma farsa, assumiram o compromisso de respeitar o Devido Processo Legal, e acatar o Princípio de Imparcialidade. Descumpriram e continuam insistindo na inconstitucionalidade de suas decisões e nada acontece.
A obrigação de julgar os ministros do STF é do Senado. Ninguém está acima do Senado. Sabatina não é namoro.
Senhores Senadores, vocês estão no radar do povo brasileiro que quer, pacificamente, reagir a tanta infamia diária. Cumpram a sua parte!
Caxias do Sul, 29.11.2025
Écetêéfe é do narco
ResponderExcluiro problema e se os senadores tem idoneidade..kkkkkkkk.. político e político. juiz e juiz. um politico no catgo de juiz continua a ser político ...e um político na corte suprema sempre vai dar merda pois fere os princípios jurídicos seculares....um político com cargo vitalício desequilibra os poderes e fere a constituição..kkkk .político tem cargo um tempo definido...juiz e vitalício..e não e alcançado pelos eleitores...aí está a merda toda que está acontecendo .
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