Em sabatina de Folha, UOL e SBT, João Doria foi
questionado sobre o posicionamento de mais de dez tucanos que votaram a favor
da “bomba fiscal” aprovada pela Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São
Paulo) na semana passada, com aumento no teto do funcionalismo público e forte
impacto nas contas do estado, a ser eventualmente gerido pelo ex-prefeito.
“A iniciativa não foi do PSDB”, alegou Doria. “É
importante só registrar: a iniciativa foi de um deputado do PTB, partido aliado
do governador Márcio França.”
Uma entrevistadora lembrou que o PTB também é aliado de
Geraldo Alckmin na campanha presidencial e que o deputado Campos Machado, autor
da proposta, chamou o ex-governador até de “irmão”.
“Pois é, quem tem irmãos assim não precisa ter inimigos”,
alfinetou Doria, entre risos, registrando em seguida que, apesar dos votos a
favor, alguns deputados do PSDB votaram contra a bomba fiscal, orientados pelo
presidente do diretório estadual, Pedro Tobias.
O ex-prefeito tentou sair da questão de fundo pela tangente.
“Se eleito governador, nós teremos que rever essa posição
e olhar novamente isso, principalmente face à questão orçamentária.”
“Rever como?”, insistiu uma entrevistadora.
“Nós temos que estudar. Eu não quero aqui ser tucano e
ficar em cima do muro, porque não é meu jeito, não é meu estilo”, disparou
Doria.
“Tucanos ficam em cima do muro?”, perguntou a
entrevistadora.
“Tucanos ficam muito em cima do muro. Mas eu não fico em
cima do muro. E essa nova etapa da tucanagem não vai ficar em cima do muro. Eu
prefiro ser julgado por ter uma atitude, ainda que [venha a ser] condenado por
ela do que não sofrer o julgamento pela covardia de não tomar nenhuma atitude.
Então, neste tema específico, nós vamos estudar, analisar, face à questão
fiscal.”
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