Artigo, Filipe Martins - Aprovação do aborto na Colômbia é aviso ao Brasil

Há uma clara ofensiva contra a vida na América Latina. Em 2020, o aborto foi aprovado na Argentina. Em 2021, no México. Agora, em 2022, na Colômbia. Isso significa que, a partir de 2023, o principal alvo dos defensores do assassinato de bebês será o Brasil.

No caso da Colômbia, aprovou-se o aborto até o 6° mês de gestação, quando o bebê já sente cheiros, gostos e dor, além de responder com movimentos aos sons que ouve. Ainda assim, muitos celebram essa crueldade, como se a liberdade de assassinar bebês fosse motivo de alegria.

Examinem as redes sociais. Não estamos falando aqui de adolescentes que optam pelo aborto em meio à confusão e ao desespero juvenil, mas de celebridades, jornalistas, parlamentares e juízes adultos que se alegram com essa abominação.

Isso só ocorre porque o aborto relativiza o valor da vida humana, difunde a noção de que é possível descartar a vida de um inocente de acordo com o conforto e a conveniência de terceiros, e elimina o pudor de assassinar alguém para se livrar de "inconvenientes" e "problemas".

Essa cultura na qual a vida é relativizada, na qual inocentes já não são defendidos, e autoridades e pessoas públicas celebram o assassinato de crianças inocentes, em razão de um benefício sexual ou material hipotético, não se distingui em nada das piores tiranias da história.

Afinal, quando entregamos ao Estado o direito de determinar quais inocentes têm e quais não têm o direito de viver, nos igualamos aos totalitários e eugenistas do passado, que usavam os critérios mais arbitrários para determinar o extermínio de certos grupos.

O direito à vida é o mais básico dos direitos, sem o qual não existe nenhum outro direito, e relativizá-lo ou suprimi-lo como estão fazendo tem como consequência a implosão de qualquer sistema moral ou legal que não se baseie no totalitarismo ou no utilitarismo mais rasteiro.

Diante disso, devemos lutar contra essa cultura, a Cultura da Morte, com todas as nossas forças, mostrando a todos que uma sociedade em que as pessoas se sentem à vontade para defender e celebrar o morticínio de bebês é a ante-sala da destruição da humanidade e fazendo o que estiver ao nosso alcance para barrar essa agenda no legislativo, no judiciário e principalmente na esfera cultural.

Caso o aborto seja aprovado no Brasil, um dos últimos redutos da defesa da vida a nível mundial, restará pouca ou nenhuma resistência à Cultura da Morte, que avançará facilmente para as próximas etapas de sua agenda, com a eutanásia, a eugenia e a desconstrução da identidade humana. É nosso dever resistir.

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