Continuando. Pergunto à escritora Martha Medeiros: fatos são de direita ou de esquerda? Para defender Lula e atacar Bolsonaro, ela afirma com malícia que a "indústria das fake news" foi "a única coisa que progrediu nos últimos quatro anos". Falso! Vejamos alguns precedentes.
O PT foi o primeiro e, até que se prove o contrário, único partido a ter por método formar milicianos de redes sociais para, entre outras coisas, produzir "fake news" em larga escala, inventar boatos, constranger adversários e "assassinar reputações". Prova disso vai aqui.
Em abril de 2014, o PT realizou um "camping digital" em São José dos Campos/SP, reunindo 2000 militantes a serem treinados para "guerrilhas virtuais". Era ano eleitoral e Dilma Rousseff buscaria um 2º mandato; a máscara do PT já havia caído com os escândalos do Mensalão; e a Lava Jato tinha começado a desvendar o maior esquema de corrupção já operado por um governo: a roubalheira da Petrobras.
Naquele concílio de ressentidos, cujo programa (ainda hoje na internet) anunciava esquerdistas como Franklin Martins, Alexandre Padilha, Paulo Henrique Amorim e Fernando Morais (o escritor), foram treinados cerca de dois mil militantes para, além doutras práticas nada santas, "ganhar audiência em blogs", "defender o partido na internet" e, notem isto, "navegar sem deixar rastros que permitam a identificação".
"Navegar sem deixar rastros" era para os milicianos - na maioria, jovens inflados pela inabalável convicção que nasce da ignorância - poderem agir de forma anônima, driblar as autoridades e cometer impunemente nas redes sociais três crimes previstos no Código Penal, isto é, calúnia, injúria e difamação. Mas o programa oficial acalmava as consciências, dizendo que o estratagema era para "dar prejuízo à NSA [National Security Agency/EUA]", acusada de bisbilhotar a internet mundo afora.
Acham que esse foi o começo? Não, o camping digital foi para atiçar a fúria e incitar milicianos: "Desde 2010, o PT tem dado uma atenção especial à atuação da militância virtual", disse Emidio de Souza, presidente do PT paulista. Em 2011, no 4º congresso do PT, foi criada a Militância em Ambientes Virtuais (MAV, na sigla petista) para infestar as redes sociais com ataques a adversários e à imprensa independente.
Como ocultar esses fatos? É claro que há cretinos que apelam burramente nas "redes sociais" querendo responder na mesma moeda ao esquerdismo; a extrema imprensa bate nesses elementos e só neles; na memória de curto prazo da massa, fica o que está pulsando na mídia; e Martha reforça esse efeito, eclipsando a história de abusos do PT em particular e da esquerda em geral. E esse é o primeiro aspecto de sua solerte afirmação.
Outro é insinuar que nada acontece no governo além de disparates. Falso! Dou só um exemplo. Para assombro daqueles que se deixam desinformar pela já referida extrema imprensa, Bolsonaro já fez mais em infraestrutura do que foi feito em oito anos de FHC, em oito de Lula, mais do que nos 13 anos de PT. E impulsar a infraestrutura é investir no futuro do país! Devia ser prioridade de todos os governos!
O terceiro é desviar a atenção de um fato inconteste: como mostra o histórico acima, é a esquerda (com o PT na comissão de frente) que, institucionalmente, fomenta a indústria de "fake news".
Os fatos falam! E não são tendenciosos. Quem tem honestidade intelectual submete as próprias crenças às evidências. Os demais carregam bandeiras.
(A coluna continua.)
Renato Sant'Ana é Advogado e Psicólogo.
E-mail: sentinela.rs@outlook.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário