A decisão ficou em linha com o que esperávamos. Novamente, o comitê reforçou que seguirá atento à trajetória corrente e esperada da inflação, que se encontra em patamares ainda elevados, apesar de alívios observados em algumas aberturas. Observou também que o resultado do PIB do terceiro trimestre, bem como outros indicadores recentes de atividade econômica, sinalizam uma já esperada desaceleração no ritmo de crescimento. O Copom reiterou que seguirá vigilante, especialmente quanto à evolução futura da conjuntura fiscal e de seus efeitos sobre a precificação de ativos e expectativas de inflação. Repetiu que seguirá avaliando se a estratégia de manter a taxa de juros elevada por um período prolongado será adequada para assegurar a convergência da inflação em torno da meta, enfatizando que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste de juros caso o cenário de desinflação e ancoragem das expectativas em torno da meta não se confirmem. Na nossa avaliação, o comunicado reitera que o cenário base do comitê ainda não possibilita a reversão do patamar restritivo da política monetária dentro de um futuro próximo. Portanto, mantemos nossa visão de que o BC irá manter a taxa de juros inalterada até meados do ano que vem, quando dará início a um ciclo de cortes que levará a Selic a 11,75% ao final do ano.
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