FMI prevê melhora da economia do Brasil. É a primeira vez que faz isto.

As economias emergentes, por outro lado, tiveram suas projeções revisadas para cima, com destaque para o Brasil e a Rússia, respondendo às expectativas de rápida recuperação da economia brasileira (que, segundo o FMI, deverá mostrar alta de 0,5% no ano que vem, após retração de 3,3% neste ano) e à melhora da economia russa diante do aumento dos preços do petróleo. 

É a primeira vez que o FMI prevê melhora na economia do Brasil. 

Listando uma série de riscos e incertezas, acentuadas pela decisão de saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit), o Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu ontem suas estimativas para o desempenho da economia global, que deverá crescer 3,1% e 3,4% neste e no próximo ano, respectivamente, ante projeções anteriores de 3,2% e 3,5%, divulgadas em abril. 

O baixo dinamismo da economia global, resultante principalmente das consequências da crise de 2008 e dos ajustes estruturais pelos quais passa a economia chinesa, soma-se a questões geopolíticas, como os refugiados na Europa. Agravando essa situação, o Brexit foi fator importante para que o FMI revisasse suas previsões, à medida que as incertezas ‒ relacionadas ao processo de negociação da saída e às implicações para a economia da região europeia como um todo ‒ ainda levarão tempo para serem dissipadas. De todo modo, o relatório da instituição aponta que a reação dos mercados financeiros, que desde que a decisão foi anunciada vem se amenizando, sugere que os impactos negativos deverão ser limitados. 

Os países desenvolvidos deverão crescer 1,8% em 2016 e 1,8% em 2017 (0,1 e 0,2 p.p. abaixo dos projetados em abril). Para o Reino Unido, em especial, as projeções foram revisadas de 2,0% para 1,8% e de 2,2% para 1,3%, neste e no próximo ano, nessa ordem. Para a China, espera-se crescimento do PIB de 6,6% e 6,2%, em 2016 e 2017, com leve revisão de 0,1 p.p. para as expectativas deste ano, em linha com os estímulos adotados pelo governo chinês para sustentar o crescimento no curto prazo. Por fim, o relatório aponta um cenário alternativo caso os impactos negativos do Brexit sejam mais fortes e, com isso, o PIB global poderia crescer algo ao redor de 2,8%. Levando em conta todos os desafios hoje presentes, projetamos expansão da economia mundial de 2,7% e 2,8% neste e no próximo ano. 

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