A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou
ontem a primeira estimativa de plantio da safra 2016/17 de grãos, que está
sendo plantada no País. Considerando a média entre o limite inferior e
superior, a área plantada está estimada em 59,1 milhões de hectares, o que
representa uma ampliação de 1,3% ante a safra anterior. As principais culturas
com expansão prevista de área são o feijão (3,8%), o arroz (2,0%), a soja
(1,6%) e o milho (0,5%), incentivados pela boa rentabilidade. Com a expectativa
de clima mais regular durante o desenvolvimento da safra, é esperado o retorno
aos bons níveis de produtividade alcançada antes da quebra de 2016. Assim, a
produção esperada deve alcançar 212,5 milhões de toneladas, crescendo 14,1% em
relação à safra passada, considerando o intervalo entre os limites inferior e
superior. As estimativas são de expressiva ampliação de produção para todos os
grãos. Para a soja é esperada produção recorde, devendo alcançar 102,9 milhões
de toneladas, com alta de 7,9%. A produção de milho deverá somar 83,1 milhões
de toneladas, subindo 24,6% ante a safra passada. A produção de feijão e de
arroz deverá crescer 19,9% e 11,3% nessa ordem. O bom desempenho no campo
também será disseminado entre todas as regiões do País, com maior destaque para
o Nordeste (+59,4%) e para o Centro-Oeste (+20,9%), regiões que sofreram quebra
acentuada de produtividade como resultado da seca deste ano, mas devem voltar
ao nível normal de produtividade. Já o Sudeste e o Sul devem registrar
elevações mais modestas, embora também relevantes, pois a queda da produção foi
menor, comparativamente às demais regiões. Esse aumento de produção, por sua
vez, deverá levar à acomodação dos preços domésticos do arroz e feijão na
entrada das safras. Além disso, concretizado esse cenário positivo de produção,
podemos esperar alívio para os custos nos segmentos de carnes e de leites e
derivados, com potencial recuo dos preços desses itens.
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