Dentro do IPA Agrícola (-0,41%), principal influência
baixista, destacam-se os recuos de preços de milho, soja e mandioca, embora o
movimento tenha sido generalizado. Merece atenção, porém, o avanço de preço de
arroz (que passou de -2,0% para 3,54%), refletindo a menor oferta doméstica,
por conta da redução da safra. Apesar disso, o grupo deve continuar arrefecendo
nas próximas divulgações, sendo um importante alívio aos preços prospectivos de
alimentação ao consumidor.
O IPA Industrial, por outro lado, acelerou de 0,80% para
1,60% este mês, refletindo os avanços nos preços de minério de ferro, alimentos
industrializados e produtos químicos, majoritariamente – assim como registrado
no IGP-M. A alta nas cotações da commodity metálica e do petróleo foram os responsáveis
pela pressão altista do grupo, sendo que este último reflete principalmente a
recente tensão geopolítica entre Estados Unidos e Irã e o corte de produção da
Opep. Além disso, o núcleo (que exclui indústria extrativa, combustíveis e
produtos alimentares – itens considerados mais voláteis), passou para 0,63%,
diante das altas de preços de produtos farmacêuticos e metalurgia básica, além
da pressão de produtos químicos. Os outros componentes, por fim, também
contribuíram para a moderação na queda do indicador. O INCC passou de 0,31%
para 0,38%, enquanto o IPC desacelerou de 0,65% para 0,63%. Este último,
entretanto, deve continuar a atenuar sua alta nas próximas divulgações, em
linha com o esperado para o IPCA.
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