Inflação do IGP-DI caiu levemente em abril (+1,078% para +0,90%)

Confirmando a tendência recente de arrefecimento dos preços de produtos agropecuários, o IGP-DI registrou alta de 0,90% em abril – abaixo da variação de março, de 1,07%. O resultado ficou ligeiramente abaixo da expectativa do mercado (0,81%), acumulando elevação de 8,25% nos últimos 12 meses.
Dentro do IPA Agrícola (-0,41%), principal influência baixista, destacam-se os recuos de preços de milho, soja e mandioca, embora o movimento tenha sido generalizado. Merece atenção, porém, o avanço de preço de arroz (que passou de -2,0% para 3,54%), refletindo a menor oferta doméstica, por conta da redução da safra. Apesar disso, o grupo deve continuar arrefecendo nas próximas divulgações, sendo um importante alívio aos preços prospectivos de alimentação ao consumidor.
O IPA Industrial, por outro lado, acelerou de 0,80% para 1,60% este mês, refletindo os avanços nos preços de minério de ferro, alimentos industrializados e produtos químicos, majoritariamente – assim como registrado no IGP-M. A alta nas cotações da commodity metálica e do petróleo foram os responsáveis pela pressão altista do grupo, sendo que este último reflete principalmente a recente tensão geopolítica entre Estados Unidos e Irã e o corte de produção da Opep. Além disso, o núcleo (que exclui indústria extrativa, combustíveis e produtos alimentares – itens considerados mais voláteis), passou para 0,63%, diante das altas de preços de produtos farmacêuticos e metalurgia básica, além da pressão de produtos químicos. Os outros componentes, por fim, também contribuíram para a moderação na queda do indicador. O INCC passou de 0,31% para 0,38%, enquanto o IPC desacelerou de 0,65% para 0,63%. Este último, entretanto, deve continuar a atenuar sua alta nas próximas divulgações, em linha com o esperado para o IPCA.

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