COMO SÃO OS PROTESTOS NO 1º MUNDO
e os protestos da uma ralé
Tomei
conhecimento, através dos noticiários, de um “protesto” feito pela ala feminina
da tropa de choque do Lula da Silva (com o apoio de alguns de seus colegas,
como o patético Paulo Paim e o sempre histérico Lindenberg Farias), ontem no
Senado da República.
Ao mesmo
tempo em que fiquei estarrecido (pelo evidente e total desrespeito a um dos
principais poderes da nação), lembrei-me de duas passagens muito marcantes na
minha vida: a) Na primeira vez em que – num país de 1º mundo – assisti a um
inusitado protesto, feito por grevistas ordeiros que reclamavam seus direitos.
Estava eu em Nova York, nos anos 70, (sim, do mesmo modo como os “comunistas
brasileiros” adoram passear no oásis do capitalismo mundial, eu também curto
viajar para lá, porém sem a hipocrisia ou a contradição dos seus candentes
discursos populistas) e enxerguei um grupo protestando numa calçada. Eles
estavam em completo silêncio, empunhando os cartazes com as suas críticas e,
especialmente, sem atrapalhar ou obstruir a liberdade de ninguém. b) Foi quando
a minha avó me ensinou (sim, todas as avós são sábias por experiência e nos dão
belas lições) que todo o respeito exige uma reciprocidade. Ou seja, para serem
respeitadas, as pessoas devem, antes, respeitar.
Narrei
estes dois fatos para exemplificar: a) a importância do respeito e, b) como as
pessoas bem educadas protestam contra algo.
Pois,
partindo destas premissas totalmente verdadeiras (ou alguém, educado e decente,
será contra?), concluí que o tal protesto das senadoras brasileiras – vejam
bem, eram políticas que lá estavam representando outras pessoas, e não atuando
como militantes revolucionárias. Pelo menos não naquele momento, e local – se
tratou de uma grotesca e censurável agressão à democracia.
A mesma
democracia que estas senadoras não se cansam de pedir, aos gritos e com o
conhecido destempero de comportamento que o “desespero” de fazer parte de uma
minguada minoria causa a quem não tem a mínima educação, nem o menor preparo
político para exercer um cargo tão digno.
Ao
lembrar a dignidade do cargo, não posso esquecer que já tivemos representantes
fidalgos no Senado Federal, senadores da estirpe de um Daniel Krieger, ou de um
Paulo Brossard de Souza Pinto, só para citar dois expoentes da política gaúcha,
e que muito bem honraram os votos recebidos.
Porém, o
comportamento daquelas senadoras, ontem, somente surpreende a quem acha que os
seus partidos – e elas próprias – tenham o costume de respeitar a ordem e às
leis, pois quem gosta de “fazer barraco” é, e sempre será, um reles
“barraqueiro”.
Quem não
se lembra do triste episódio em que a ex-deputada federal (e candidata
derrotada ao governo do RS) Luciana Genro, hoje no PSOL, do alto da sua “vasta
e civilizada educação democrática”, subiu e ficou de pé – calçando sapatos –
sobre a mesa diretora da Assembleia Legislativa gaúcha, num protesto que
liderou invadindo aquela casa.
Ontem,
as senadoras não ficaram de pé sobre a mesa diretiva, mas, de uma maneira
debochada e truculenta, ocuparam as cadeiras do presidente e dos diretores. E
ainda comeram um lanche no local, mostrando que – além do desejo oculto de, um
dia, conseguirem presidir as sessões do Senado Federal – tem um enorme
desrespeito às regras e a democracia.
Depois,
os “golpistas” são os outros. E quem faz
barraco, o que é?
É assim
que a nossa ralé protesta.
Pobre
Brasil. Que falsa democracia tens!
Marcelo
Aiquel – advogado (12/07/2017)
Essas senadoras pertencem a ralé da politica brasileira. Deveriam ter seu mandato sumariamente cassado pela COMISSÃO DE ÉTICA do Senad.
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