O IGP-10 de março registrou alta de 1,40%, de acordo com dados divulgados há pouco pela FGV. O resultado ficou acima do esperado pelo mercado (1,22%), acumulando elevação de 7,99% nos últimos doze meses e de 1,54% neste trimestre.
O avanço em relação a fevereiro, quando o índice variou 0,40%, refletiu principalmente a aceleração dos preços de produtos agropecuários, embora os industriais e a inflação ao consumidor também tenham mostrado alta mais intensa. Dentro do IPA Agrícola, cuja expansão foi de 4,68%, as elevações dos preços de soja, ovos, leite e aves foram as principais influências positivas do indicador, a despeito do recuo do preço de feijão – que se manteve bastante pressionado nas últimas divulgações.
Essa tendência altista, entretanto, deve começar a se reverter a partir do próximo IGP-M, indicando um alívio importante para o cenário prospectivo do IPCA – que foi influenciado pela alta dos preços de alimentação em fevereiro. No mesmo sentido, o IPA Industrial registrou aumento de 1,04% neste mês (contra 0,43% em fevereiro), refletindo as altas dos preços de gasolina, óleos combustíveis e minério de ferro. Em contrapartida, o núcleo do indicador (que exclui indústria extrativa, combustíveis e produtos alimentares) continuou em nível negativo – corroborando o contexto favorável em que se encontram os produtores. Além disso, o IPC variou 0,48%, acima dos 0,38% observados no mês passado. Dentro do número, por fim, somente o INCC desacelerou em relação ao mês anterior – de 0,41% para 0,07%. Para as próximas divulgações, esperamos desaceleração do índice, diante da descompressão supracitada de produtos agrícolas, somada à queda nas cotações de minério de ferro, principalmente.
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