Entrevista, Vitor Koch, presidente da FCDL - Não é hora de aumentar os impostos no RS

ENTREVISTA
Vitor Koch, presidente da Federação das CDLs doRS

Por que a FCDL é contra o projeto ?
Porque o projeto em tramitação na Assembleia Legislativa definitivamente aumenta a carga fiscal gaúcha. Os lojistas e praticamente toda a sociedade gaúcha não podem e não aceitam pagar mais impostos. Estamos conversando com todos os deputados para que rejeitem a proposta.

O senhor diz que a reforma embute aumento da carga tributária e não redução de impostos.
As propostas do governo definitivamente aumenta a carga fiscal gaúcha. O aumento do ICMS ocorrido em 2015, com alíquota modal de 17% para 18% e produtos especiais como energia, combustíveis e telefonia, de 25% para 30%, deveria ser temporário e seu prazo, que deveria estar esgotado, ainda está indevidamente em vigor. É um grave equívoco sobrecarregar o setor produtivo e a população gaúcha com a elevação de impostos estaduais, ainda mais quando isto não resulta em melhoria de serviços ou mesmo o saneamento estrutural das contas públicas

O governo diz que precisa desse dinheiro.
 Para existir o equilíbrio financeiro do governo gaúcho, a única alternativa justa e correta é a drástica redução da máquina pública, especialmente com a venda de estatais e eliminação de repartições operacionalmente desnecessárias.

A nota da FCDL diz que a hora, além disto, é inoportuna.
A economia gaúcha já sofreu um inédito baque em 2020 por ser obrigada, de maneira equivocada a nosso ver, a ter a maior parte dos ramos de atividades impedidos de funcionar, por supostamente combater a pandemia. Isto gerou a falência de centenas de empresas e deixou milhares de gaúchos desempregados. Neste contexto, aumentar tributos significa conduzir o Rio Grande do Sul a um empobrecimento ainda maior.

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