Artigo, Alex Pipkin - A turma de ativistas

 A turma de ativistas — jovens e velhos, idealistas, desinformados ou de má formação de caráter — continua a dramatizar e arrotar sua ignorância ou mal-caratismo com o clichê do “do Rio ao Mar”, sem sequer compreender o significado real da frase. Não passa de uma performance vazia e grotesca, enquanto a vida real continua a existir de forma complexa e dura, ignorada por aqueles que se julgam arautos da justiça, objetivamente sinalizadores de virtude contemplada na ignorância e na maldade.

Não conhecem Israel. Desconhecem que dentro do próprio Estado há palestinos que votam, se organizam politicamente e elegem representantes árabes no Knesset. Ignoram Gaza, Irã, Síria, ditaduras africanas e outras regiões onde prevalece o estado de natureza — violência, coerção, humilhação. Não lhes interessa a dignidade humana; interessa-lhes o gesto moral, o espetáculo da ideologia.

A guerra em Gaza uniu, grotescamente, três cerejas do bolo de sangue da ideologia do fracasso: anticapitalismo, antissionismo e ativismo trans, causas transformadas em arma ideológica. Essa convergência encontrou expressão em lideranças sectárias e governos que, por cálculo ou afinidade, integram uma coreografia internacional de condescendência macabra. Do presidente Lula no Brasil, a teocracia iraniana, da esquerda britânica com Keir Starmer, a Macron na França, sem esquecer os ditadores africanos. Tristemente, o Brasil aliado compõe hoje essa parte da família do mal.

Os fatos recentes confirmam a brutalidade desta lógica ilógica. Após o acordo de troca de reféns mediado pelo ex-presidente Trump, que prometia cessar-fogo e retorno de prisioneiros israelenses, o Hamas executou mais de 30 palestinos — opositores, dissidentes e clãs locais — mostrando ao mundo que mantém absoluto controle sobre a Faixa de Gaza. Ao mesmo tempo, Irã e Hezbollah consolidam infraestruturas terroristas no sul da Síria, perpetuando a ameaça contra Israel mesmo após a queda de regimes regionais. Esses episódios provam que a suposta luta pelo Estado palestino nunca foi sobre liberdade, mas sobre poder, sangue e ódio.

Enquanto os autoproclamados “heróis” palestinos forem terroristas cuja missão de vida é matar judeus — e enquanto houver quem os celebre — não haverá paz duradoura nem futuro digno para os palestinos. Celebrar milícias que executam, humilham e submetem seu próprio povo é negar qualquer possibilidade de Estado ou prosperidade.

O que emerge de tudo isso é inequívoco! Toda essa farsa ideológica, essas alianças e militâncias performáticas se traduzem em discurso de ódio e em um claro, declarado e nefasto antissemitismo. Sou um franco defensor da liberdade de expressão — ela deve existir, deve ser protegida. Mas agora fica claro que, nessa turma do ativismo e do ódio, não há nada de liberdade de expressão. Há, isso sim, ignorância, mal-caratismo e um discurso macabro que deseja a morte de judeus. Um antissemitismo declarado, horroroso e, tristemente, festejado por muitos. Quando o bordão substitui a investigação e o símbolo substitui a ação, a solidariedade degrada-se em ritual de ódio. É preciso chamar o que se vê pelo nome. Não é apenas crítica a políticas; é desejo de eliminação.

Diante disso, Israel deve permanecer firme e determinado, não por revanchismo, mas para desmantelar grupos cujo propósito declarado é a aniquilação do Estado judeu e, por extensão, a perseguição dos judeus enquanto povo. A paz só virá quando se desmonte o laboratório do ódio, das milícias, suas redes e os aparatos ideológicos que lhes servem de biombo.

Se os recentes episódios, tais como a execução de 30 palestinos pelo Hamas, a expansão de infraestruturas terroristas e a complacência política de governos e instituições não provam que muitos discursos “em favor da Palestina” são fachadas para a eliminação de Israel, nada mais convencerá o descrente. É hora de acabar com as meias palavras!

O que se traveste de indignação é, na realidade, ódio. Esse ódio precisa ser nomeado, exposto e combatido com firmeza moral e política. Não há outra saída.

Nenhum comentário:

Postar um comentário