STF nega embargos. Bolsonaro pode ir para a cadeia imediatamente.

 Por unanimidade, a Primeira Turma do STF, toda ela integrada por inimigos pessoais e políticos do ex-presidente Bolsonaro, decidiu nesta sexta-feira manter a condenação de a 27 anos e três meses de prisão dele e  de mais seis réus na ação penal do Núcleo 1 da trama golpista.

Trata-se de um julgamento político. O senador Flávio Bolsonaro, ontem, depois da decisão, reafirmou o caráter ilegal, autoritário, político e vingativo, com ênfase para a ação do ministro Alexndre de Mores.

Por 4 votos a 0, os ministros do colegiado rejeitaram os chamados embargos de declaração, recursos protocolados pelas defesas para tentar reverter as condenações e evitar a execução das penas em regime fechado.

O placar desfavorável não levará o ex-presidente e seus aliados para a prisão imediatamente.

De acordo com a legislação vigente, que precisa ser seguida pela defesa, mas não pelos julgadores, que se consideram vítimas, promotores, chefes de polícia, juizes e chefes de cárceres, Bolsonaro e outros réus não têm direito a um novo recurso, que seria um agravo infringente (o STF só aceitas infringentes quando há pelo menos dois votos discordantes nos julgamentos). 

A prisão dos acusados só será decretada após o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, declarar o trânsito em julgado da ação penal, ou seja, o fim do processo e da possibilidade de recorrer. Não há prazo para a decisão, mas ela pode ocorrer atualmente.

Prisão

Atualmente, o ex-presidente está em prisão cautelar em função das investigações do inquérito sobre o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil.

Se prisão for decretada por Moraes, o ex-presidente iniciará o cumprimento da pena definitiva pela ação penal do golpe no presídio da Papuda, em Brasília, ou em uma sala especial na Polícia Federal.

Os demais condenados são militares e delegados da Polícia Federal e poderão cumprir as penas em quartéis das Forças Armadas ou em alas especiais da própria Papuda.

Condenados

Além de Bolsonaro, também tiveram os recursos negados o ex-ministro e candidato a vice-presidente na chapa de 2022, Walter Braga Netto;  Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal; Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa e Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, assinou delação premiada durante as investigações e não recorreu da condenação. Ele já cumpre a pena em regime aberto e retirou a tornozeleira eletrôni

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