Assassinato de Reputação - O caso Tarso Genro - Tarso mandou prender desafetos com algemas, permitiu vazamentos e expôs investigados na TV

Ao lado, o então presidente do Detran, o advogado Flávio Vaz Neto, foi algemado e preso pela PF, além de apresentado aos fotógrafos e cinegrafias, além de recolhido ao calabouço da avenida Ipiranga. Não foi o único caso.
A truculência praticada sob a guante de Tarso Genro, nem se compara aos procedimentos cuidadosos e respeitosos que ocorrem na Lava Jato, que ainda assim sofrem críticas do ex-ministro da Justiça. 



O governador Tarso Genro diz até hoje que "não recorda" de ter engavetado investigação sobre conta do Mensalão nas Ilhas Cayman, conforme denuncia o Delegado Romeu Tumas Júnior no seu livro.
        
Eis o que revelou o Delegado:
        
- Acusado de ter engavetado investigação sobre suposta conta bancária que alimentaria o mensalão, o ex-ministro da Justiça Tarso Genro, atual governador do Rio Grande do Sul pelo PT, afirmou, em nota, que encaminhou "todas as denúncias que recebeu com indícios de corrupção formalmente para a Polícia Federal.
        
O ex-Governador do Rio Grande do Sul não quer polêmica sobre o assunto. A nota que ele tirou depois de conhecido o explosivo teor do livro é mais do que comportada, muito embora Tuma Júnior tenha feito contra ele uma série de denúncias devastadoras.
       
O Delegado trabalhou três anos como auxiliar de Tarso, ocupando a estratégica função de Secretário Nacional de Justiça.
      
Tarso foi mencionado por Romeu Tuma Jr., ex-Secretário Nacional de Justiça no governo Lula, não apenas no livro, mas em sucessivas reportagens e entrevistas.
      
Tuma Jr. Acusou o Governo Lula de manter uma "fábrica de dossiês" contra adversários políticos. Entre os episódios relatados no livro, o ex-Secretário menciona uma denúncia sobre uma conta no exterior que serviria, segundo ele, como "lavanderia para o mensalão".
     
- Mandei cópia para o ministro Tarso Genro apurar isso, e espero a resposta até hoje.
     
O Delegado, que é dos quadros da Polícia Civil do Estado de São Paulo, ocupou o cargo durante todo o período em que Tarso Genro foi ministro da Justiça.
     
Tarso foi chefe de Tuma Júnior.
     
No livro "Assassinato de Reputação", ele conta que o ministro "azucrinava meus ouvidos", pedindo investigações e dossiês contra adversários políticos, citando o caso do Governador Marconi Perillo. Numa das passagens do livro, o Delegado narra que descobriu uma conta do petista José Dirceu nas Ilhas Cayman, na qual eram depositados valores sujos do Mensalão, mas que Tarso não quis investigar e sentou em cima do caso.
     
As denúncias sobre a usina de dossiês montada pelol ex-Governador petista do RS, não constam apenas do livro "Cabo de Guerra", do Jornalista Polibio Braga, e "Assassinato de Reputação", mas também do livro "O que sei de Lula", de José Nêumanne Pinto.
    
No livro de Nêumanne Pinto, editorialista do Estadão, página 293, são listadas as operações levadas a cabo pela Polícia Federal para atingiram sobretudo políticos. Eis os números:
Governos Lula
    
Sob a administração do ministro Márcio Thomaz Bastos
     2003-2004 - 292 operações, 153 políticos investigados.
     A partir de Tarso Genro no ministério da Justiça
     2007 - 188 operações, 54 políticos investigados.
     2008 - 235 operações, 101 políticos
     2009-2010 - 288 operações, 69 políticos
   
Isto significa que durante todo o primeiro governo Lula, sem Tarso, a Polícia Federal desfechou 292 operações, enquanto que no segundo governo do PT, já com Tarso no ministério da Justiça, saíram 711 operações, revelando seu caráter autoritário e policialesco. Foram investigados e submetidos à execração pública 153 políticos sob Márcio Thomaz Bastos, número que pulou para 224 com Tarso Genro. Neste regime de terror político, desafetos seus no RS foram presos preventivamente, algemados, expostos propositadamente diante das câmeras de fotógrafos e cinegrafistas da RBS, atacados pela imprensa e reféns de vazamentos diários - um linchamento moral e um assassinato de reputações em precedentes na história do RS. O caráter político do uso da Polícia Federal foi tão devastador que seu chefão no Estado, o delegado Ildo Gasparetto, chegou a ser escolhido Personalidade Política do Ano pela Federasul, o que é inédito no Estado. A homenagem foi mais um gesto de vassalagem do que de reconhecimento.

     
Durante seu mandato no Ministério da Justiça, usando a Polícia Federal como polícia política, uma espécie de Stasi tupiniquim, o então ministro da Justiça, Tarso Genro, desfechou pelo menos uma operação de grande monta por ano contra a Governadora  Yeda Crusius, desestabilizando seu governo e preparando sua vitória em 2010. 

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