De acordo com 'Veja', ex-deputado Salvador Zimbaldi
confirmou ter recebido pacote de R$ 500 mil de ex-executivo da Odebrecht. PROS
nega denúncias e diz que declarou doações.
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Ainda de acordo com a revista, esses dirigentes afirmaram
que o PROS vendeu, por R$ 2 milhões, seu tempo de rádio e tv para candidatos
que disputavam eleição para governos estaduais em 2014.
De acordo com eles, a venda foi feita às campanhas de
Paulo Skaf, candidato do PMDB em São Paulo; Delcídio do Amaral, candidato do PT
em Mato Grosso do Sul; Marconi Perillo, candidato do PSDB em Goiás; e Anthony
Garotinho, candidato do PR no Rio de Janeiro.
O PROS negou, em nota, as acusações. De acordo com o
partido, todas as doações de campanha que recebeu foram "devidamente
prestadas a Justiça eleitoral." O PROS afirmou ainda que os ex-dirigentes
do partido que falaram à revista "não fazem parte do PROS, foram expulsos
do partido e desde então tentam intervir na executiva por meio de ações
judiciais infrutíferas, inclusive, com uma delas extinta diante da
ilegitimidade ativa deles."
O presidente Michel Temer afirmou que não vai se
pronunciar. O PT disse que não vai comentar as denúncias. A reportagem contatou
a assessoria da ex-presidente Dilma Rousseff, mas não havia obtido reposta até
a última atualização desta reportagem.
Veja ao fim da reportagem o que dizem os partidos e
políticos citados.
Em depoimento ao Ministério Público Federal dentro de
acordo de delação premiada no âmbito da Lava Jato, o ex-diretor de Relações
Institucionais da Odebrecht, Alexandrino Alencar, afirmou que o PT orquestrou
um esquema para a compra do tempo de rádio e tv de cinco partidos que faziam
parte da coligação de apoio à candidatura de Dilma: PROS, PCdoB, PRB, PDT e PP.
De acordo com Alexandrino, cada partido receberia R$ 7
milhões, que foram pagos pela Odebrecht. Ainda de acordo com ele, o
intermediário da operação foi o então tesoureiro da campanha presidencial de
Dilma, Edinho Silva, hoje prefeito de Araraquara (SP).
De acordo com a mais recente edição da revista
"Veja", o ex-deputado federal pelo PROS Salvador Zimbaldi admitiu que
recebeu de Alexandrino Alencar um pacote contendo dinheiro, que foi repassado
ao partido.
Zimbaldi, de acordo com a revista, disse que ficou
sabendo depois que dentro do pacote havia R$ 500 mil e que se tratava de parte
do pagamento pela venda do tempo de tv do PROS ao PT.
O ex-deputado contou, ainda segundo Veja, que pegou o
pacote a pedido do presidente do PROS, Eurípedes Junior. Depois de recebe-lo
das mãos de Alexandrino Alencar, contou Zimbaldi, o pacote foi entregue a um
funcionário do partido, que o levou a Brasília.
Por meio de nota, o presidente do PROS, Eurípedes Junior,
afirmou que "nega com veemência as acusações."
O ex-tesoureiro e fundador do PROS, Niomar Calazans,
disse à revista ter testemunhado a transação. Ele afirmou que, antes do
primeiro turno da eleição de 2014, Eurípedes Junior, que estava negociando o
tempo de tv com o PT, teria comentado com ele: "vai entrar uma grana boa
aí, fechamos acordo com a Dilma."
Segundo Calazans, o dinheiro teria ido para o bolso do
presidente do partido e abastecido campanhas políticas na forma de caixa dois.
O presidente de honra do partido, Henrique José Pinto,
também acusa o atual presidente Eurípedes Junior. Ele disse que, na época,
chegou a comentar com Eurípedes se os R$ 7 milhões não eram dinheiro demais.
Segundo Henrique José Pinto, Eurípedes teria respondido: "é pouco, vale R$
50 milhões."
Henrique José Pinto, de acordo com a revista, também
afirmou que o PROS vendeu tempo de rádio e tv às campanhas de Paulo Skaf, candidato
do PMDB em São Paulo; Delcídio do Amaral, candidato do PT em Mato Grosso do
Sul; Marconi Perillo, candidato do PSDB em Goiás; e Anthony Garotinho,
candidato do PR no Rio de Janeiro.
O presidente de honra do PROS, afirmou, segundo a Veja,
que "o Eurípedes pediu R$ 10 milhões a cada candidato nos estados, mas
acabou fechando por R$ 2 milhões."
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