*Adão Paiani
O Rio Grande está de luto, com a partida do maior símbolo da
identidade cultural do estado mais meridional do Brasil.
João Carlos Paixão Côrtes, agrônomo de formação, e também
folclorista, compositor, radialista e pesquisador, partiu nesta tarde
fria do inverno gaúcho, com o olhar voltado para a imensidão pampeana.
O gélido agosto, seguindo sua eterna sina, ceifou mais uma
alma na lavoura da nossa sempre breve existência.
O gaúcho-símbolo, imortalizado ainda jovem na icônica
estátua do gaúcho laçador, que olhando para o horizonte recebe os visitantes na
entrada de Porto Alegre, segue para a derradeira morada, depois de 91 anos de
uma jornada fecunda, e que deixou frutos espalhados não apenas em cada rincão
de sua pátria gaúcha e brasileira, mas ao redor do mundo.
Segue em paz, vivente. Que o patrão dos mundos, e Arquiteto
do Universo, receba de braços abertos na porteira dessa estância infinita
chamada eternidade, esse grande gaúcho que foi Paixão Côrtes.
* Adão Paiani é advogado em Brasília/DF.
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