Procuradores da República do RS receberam doTribunal
Federal da Suíça extratos de contas e documentos de operações que podem ser o
elo entre as propinas pagas por empresas brasileiras para a estatal venezuelana
PDVSA e a alta cúpula corrupta Chavista.
Isto é o que informa o site Imprensa Livre, que publica extensa reportagem sobre o caso.
Leia tudo:
A decisão de enviar os documentos para procuradores da
República do RS, responsáveis por iniciar as investigações, foi tomada dia 24
de outubro e tornada pública recentemente.
Na orgiem do esquema criminoso estava a PDVSA Agrícola,
braço gigante do setor de petróleo que expandiu sua atuação para outros setores
da economia durante a presidência do corruptoHugo Chaves. Foi revelado que
dirigentes corruptos chavistas usaram um esquema no Brasil para desviar mais de
R$ 80 milhões e parte desses recursos acabaram em contas secretas na Suíça.
O esquema criminoso envolvia a exportação de insumos e
máquinas agrícolas superfaturados para a Venezuela. A diferença de valores foi
parar no bolso de diretores de estatais venezuelanas e alimentou pelos menos
quatro empresas offshore. A suspeita, porém, é de que a operação no setor
agrícola seja apenas uma pequena parcela de um esquema mais amplo de corrupção
daPSDVSA no Brasil, inclusive com construtoras nacionais.
Um dos envolvidos nesse esquema entre as empresas
brasileiras e a PDVSA é o operador Osvaldo Basteri Rodrigues. Seria ele também
quem cobraria as propinas que, em seguida, eram distribuídas à chefia da
estatal. Os detalhes de suas contas na Suíça estarão à disposição dos
procuradores gaúchos, que poderão examinar quem pagou e para onde foi o
dinheiro da propina.
Investigadores do escândalo confirmaram que a
Odebrecht (sempre ela) foi uma das
empresas citadas como tendo sido procurado pelo operador Rodrigues.
O processo começou em 2004, quando a Receita Federal
suspeitou de um rápido crescimento de uma empresa de Passo Fundo (RS). Entre
2010 e 2011, a receita da América Trading aumentou deR$ 13 milhões (número do
PT) para R$ 251 milhões com “exportação” de produtos agrícolas para a ditadura
da Venezuela.
Segundo a PF, a América Trading havia conseguido um
contrato para fornecer insumos agrícolas para a estatal venezuelana no valor de
US$ 320 milhões (mais de 1 bilhão de reais). Cabia à empresa brasileira comprar
máquinas no mercado doméstico, exportar para a Venezuela. Em Caracas, quem
recebia a mercadoria e a repassava para a estatal bolivariana era a Tracto
América.
As robustas investigações revelaram que o dono da América
Trading era sócio oculto da Tracto América, em Caracas. Com detalhes de
pagamentos, a cooperação entre Brasil e
Suiça começou em setembro de 2017, quando a Procuradoria da República do Rio
Grande do Sul pediu ajuda aos suíços.
O endereço da América Trading Ltda., em Passo Fundo: Rua
Teixeira Soares, nº 1075 – Sala 901 – Condomínio Tamandaré – Centro – Passo
Fundo-RS.
O Operador Osvaldo Basteri Rodrigues consta como sócio,
dono ou administrador de duas empresas:
Intersugar Consultoria Ltda – CNPJ:
07.844.621/0001-29 – Av. das Nações Unidas, nº 14.401 – 27º andar – Sala 2715 –
Vila Gertrudes – São Paulo/SP – Capital Social: 1.000,00
Intersugar Importação e Exportação Ltda – CNPJ: 19.701.736/0001-15
– Av. das Nações Unidas, nº 14.401 – 27º andar – Sala 2715 – Vila Gertrudes –
São Paulo/SP – Capital Social: 750.000,00
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