Nosso escândalo
provinciano é maior que a orgia do 'mensalão'. Em valores atuais, vai a mais de
R$ 1 bilhão
Tudo o que seja “estranho” e “inexplicável”, quase
sempre, encobre alguma sordidez ou maldade disfarçada. Cabe encontrar o
disfarce e saber por que surgiu, ou visando ao quê.
No longo debate em torno da CEEE (“sim à privatização” ou
“não à privatização”) o estranho foi o silêncio generalizado em torno do grande
assalto que, em 1987, no governo Pedro Simon, devastou a empresa que fora
modelo de gestão e eficiência. Nosso escândalo provinciano é maior do que a
orgia do “mensalão”. Em valores atuais, vai a mais de R$ 1 bilhão. Na época,
acariciou diferentes círculos do governo com propinas de 12 grandes empresas
(várias delas, rés na Lava-Jato) e, neste século 21, serviu de “modelo” para
assaltar a Petrobras.
O processo judicial, iniciado em 1996, corre ainda “em
segredo e Justiça” na 2ª Vara da Fazenda, em nosso Alegre Porto. Até hoje não
há sentença nem qualquer alegria.
Um silêncio total encobre a fraude. Nos três poderes do
Estado, todos são mudos, como se nada existisse.
Ou como se recuperar R$ 1 bilhão não fosse fundamental
num momento em que a politicalha transformou a antes eficiente CEEE num traste
velho, com ferrugem e cupim.
A fraude envolveu dois milionários contratos de
equipamento e obras em 11 subestações da CEEE, assinados em ato solene no
Piratini em 1987, como “a recuperação do Estado”. Sete anos depois, a então
secretária de Energia, Dilma Rousseff, descobriu o roubo: as licitações eram
“acertadas entre as empresas”, sem determinação da obra, terreno ou projeto a
executar.
Logo, uma CPI do Legislativo esmiuçou tudo. Lindomar
Rigotto, assistente da direção da CEEE, apareceu entre os dois principais
envolvidos. Seu irmão Germano Rigotto, do PMDB, na época líder governista na
Assembleia, afirma não ter interferido para nomeá-lo. O então presidente da
CEEE, Osvaldo Baumgarten, se disse “traído” por Lindomar e pelo diretor
financeiro Silvino Marcon e contou que quis demiti-los, sem conseguir.
O inexplicável já tinha rosto. Por que, então, há muito,
todos são mudos e cegos nessa roubalheira? A Justiça não julga. O Legislativo
não fala. O atual governador, Leite, nada fez para recuperar o roubado. Imitou
seus antecessores Simon, Brito, Olívio, Germano Rigotto, Yeda, Tarso e Sartori.
A exceção foi Collares, que deu poderes a Dilma para investigar o horror.
Horror? Sim, pois há sangue de permeio. Lindomar jamais
foi condenado.
Morreu anos depois, com um tiro certeiro. Por que
continuar mudos?
Dizer que a CEEE foi modelo de gestão é ignorar o que ocorreu em toda sua vida na Justiça do Trabalho. Condenação à revelia e acordos esdrúxulos para dizer o mínimo.
ResponderExcluirDE TERRORISTA IGNORANTE, DEFENDENDO TERRORISTA CORRUPTA, NADA DE NOVO! A DEFUNTA SEMPRTE FOI CABIDE DE EMPREGOS, INCHAÇO ESTATAL, SALÁRIOS VERGONHOSOS, PERDAS TRABALHISTAS VEXAMINOSAS, INCOMPETÊNCIA, GASTOS EM LUXO, INVESTIMENTOS MAL FEITOS, MUITOS DIRETORES E CACIQUES, REQUIPARAÇÕES, ADICIONAIS, TRIÊNIOS, QUINQUÊNIOS, O CACETE, ETC.
ResponderExcluirDEFENDER BANDIDA E NÃO ENXERGAR OS TRILHÕES QUE A FACÇÃO PETRALHA LEGOU É UM EQUÍVOCO PROPOSITAL!
ENCHER TODO O DIA O SACO DOS GAÚCHOS COM FAKE POLUIÇÃO DE MINA DE CARVÃO !!!!!!
Vindo de quem é, essa denúncia é suspeita "de per si"!
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