Não é de hoje que a situação econômica do Rio Grande do
Sul não vai bem. As gestões tentam todos os caminhos para colocar a casa em
ordem. Apostar em infraestrutura é voltar a gerar riquezas. De norte a sul,
tentamos facilitar o transporte de produtos ligados ao setor primário e de bens
de consumo. A produção passa pelas rodovias, aeroportos, ferrovias e hidrovias.
Por isso, as questões que apoiam o empresariado, o produtor, o consumidor,
comércio, indústria e turismo são tão importantes. Caminhos para a prosperidade
do nosso Estado.
Desde o ano passado, encorajado pelo ex-deputado e
ex-prefeito de Passo Fundo, Fernando Carrion, estou empenhado no projeto da
construção de um porto hidroviário no Litoral Norte gaúcho. Foram inúmeras reuniões,
envolvendo empresários, população, órgãos ambientais e a Marinha, grande
parceira desse projeto.
A ideia remonta ao tempo do Império Brasileiro. À época,
Dom Pedro II encomendou a engenheiros ingleses um estudo sobre a viabilidade.
Impressionados com a profundidade do mar gaúcho, pesquisadores teriam orientado
a construção de um terminal onde hoje fica Torres. Entretanto, a opção foi por
Rio Grande.
O tempo passou e queremos mais. Outro ponto de parada
para o turismo e trânsito de nossas riquezas. Com uma costa de 640 quilômetros,
o Rio Grande do Sul só tem um porto. Santa Catarina possui uma economia menor
do que a nossa e com 200 quilômetros a menos de costa tem seis terminais.
Desde 1955 não eram realizadas novas pesquisas em nosso
litoral. Neste ano, a Marinha produziu estudos de maregrafia e batimetria,
entre Torres e Tramandaí, para encontrar um local adequado à instalação. A
cidade de Arroio do Sal foi a escolhida, pois possui extensões de praias
adequadas em águas profundas, sem prejudicar o meio ambiente.
Segundo estimativas do movimento Mobilização por Caxias
(MobiCaxias), parceiros na iniciativa, o terminal vai diminuir os custos com
frete. Teremos dois portos, em regiões estratégicas. Em termos de logística,
desafogaremos a circulação em Rio Grande, com um melhor funcionamento, focado
no atendimento da Região Centro-Sul do Estado. Já as regiões Norte e Serra, por
exemplo, poderão escoar suas produções pelo Litoral Norte. É o caminho para a
geração de empregos, facilidade logística e, principalmente, para o
desenvolvimento do Estado.
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