Segundo levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) , os financiamentos imobiliários com recursos das cadernetas do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) atingiram R$ 538,52 milhões em junho de 2020, com crescimento de 29,40% em relação ao mês anterior e alta de 38,04% comparativamente a igual mês do ano passado. O volume financiado em junho indicou o melhor resultado dos últimos três anos.
Para o coordenador da Comissão da Indústria Imobiliária do Sinduscon-RS, Gustavo Kosnitzer , as taxas de juros baixa no Brasil e o cenário imprevisível diante da pandemia provocam a busca de investimentos em produtos de renda como o imóvel, o que justifica o aumento nos financiamentos imobiliários. “A perspectiva de juro baixo para o mercado imobiliário é excelente. Brinco que um dos nossos principais insumos, além de aço e concreto, é dinheiro, porque o setor é extremamente dependente de capital. Assim, a construção civil pode ser a grande alavanca da retomada econômica do Brasil pós-pandemia”, ressalta Kosnitzer.
Os dados da ABECIP registram que, entre os primeiros semestres de 2019 e de 2020, os empréstimos destinados à aquisição e construção de imóveis avançaram 19,40%, atingindo R$ 2,56 bilhões.
No acumulado de 12 meses (julho de 2019 a junho de 2020), os empréstimos habitacionais no SBPE somaram R$ 5,30 bilhões, alta de 24,09% em relação ao apurado nos 12 meses anteriores.
Foram financiados, em junho de 2020, nas modalidades de aquisição e construção, 2,2 mil imóveis, resultado 30,35% superior ao de maio e 61,35% maior do que o apurado em junho de 2019.
Na primeira metade de 2020, foram financiadas aquisições e construções de 11 mil unidades, resultado 18,63% superior ao de igual período de 2019.
Nos últimos 12 meses (julho de 2019 a junho de 2020), os financiamentos viabilizaram a aquisição e a construção de 23,1 mil imóveis, alta de 19,03% em relação aos 12 meses anteriores, quando 19,4 mil unidades foram beneficiadas pelo crédito imobiliário no âmbito do SBPE.
O presidente do Sinduscon-RS, Aquiles Dal Molin Junior, prevê prejuízos com a paralisação total da atividade em Porto Alegre. “No sentido de minimizar os efeitos da COVID-19 no setor, as empresários estão conseguindo acelerar os processos de migração de procedimentos físicos para o meio digital na comercialização dos imóveis, mas o ritmo de produção de novas unidades está afetado na Capital com uma segunda paralisação desde 26 de junho, apesar de todo o cenário favorável no mercado de crédito com vantagens aos adquirentes e incentivos à construção”, concluiu.
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