O Banco Central (BC) revisou sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020 de queda de 6,4% para contração de 5%, informou a autoridade monetária no Relatório de Inflação (RI) publicado nesta quinta-feira.
Eis o relato do BC:
- A projeção para o PIB anual considera que o recuo no segundo trimestre será o maior observado desde 1996, início do atual Sistema de Contas Nacionais Trimestrais do IBGE (...) Essa contração do PIB no segundo trimestre deste ano será seguida de recuperação gradual nos dois últimos trimestres do ano, repercutindo diminuição paulatina e heterogênea do distanciamento social e de seus efeitos econômicos.
Ao detalhar os componentes da estimativa para o PIB de 2020, o BC estimou crescimento de 1,2% da agropecuária, retração de 8,5% no nível de atividade da indústria e recuo de 5,3% no setor de serviços (com o comércio registrando uma contração de 10,8%). Pelo lado da demanda, a estimativa é de uma queda de 7,4% no consumo das famílias e de 13,8% nos investimentos (formação bruta de capital fixo).
Inflação e taxa de juros
O BC também informou que a sua estimativa de inflação para 2020, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), recuou de 2,6% (em março deste ano) para 2,4%. Em outro cenário, que considera taxa de juros (Selic) e câmbio estáveis, por sua vez, a previsão do Banco Central para a inflação oficial deste ano recuou de 3% para 1,9%., As previsões estão abaixo das metas de inflação. Neste ano, a meta central de inflação é de 4% e terá sido oficialmente cumprida se o IPCA oscilar de 2,5% a 5,5%. Sobre a taxa básica de juros, que está na mínima histórica de 2,25% ao ano, o BC informou que o "espaço remanescente para a utilização de política monetária [novo corte nos juros] é incerto e deve ser pequeno".
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