"A dúvida pertence ao campo da inteligência.
A aceitação cega, ao da ignorância.”
Corria os olhos sobre os assuntos do blog do Políbio, espaço de conhecimento, análise apurada sobre acontecimentos no país e no mundo.
Perdoem-me o ilustre jornalista responsável pelo blog e os brilhantes articulistas, mas o que, dessa vez, prendeu a minha atenção foi um ANÔNIMO.
Em tom sarcástico, o comentário faz um paralelo entre os resultados das eleições e os da Copa do Mundo e questiona se Políbio Braga vai duvidar dos resultados da Copa se o Brasil não ganhar.
Quero agradecer a esse ANÔNIMO pelo estímulo à inteligência!
Ele me fez lembrar que a fantástica tecnologia está presente em tudo nos dias atuais. Vamos poupar o leitor das obviedades indo direto ao ponto: sistema brasileiro de votação eletrônica e o VAR.
Para atender às demandas de uma das suas maiores paixões (o futebol), a humanidade encontrou uma forma inteligente de checar as decisões do árbitro da partida e de validar ou invalidar lances duvidosos. Por quê? Porque a percepção humana pode falhar e porque interesses escusos podem entrar em campo.
Quando o campo é um país de dimensão continental, com tantos recursos naturais e financeiros em jogo, duvidar de uma sequência catastrófica de decisões arbitrárias é ato obrigatório de defesa da soberania nacional.
Trazemos à memória coletiva brasileira que o Congresso Nacional chegou a instituir o "VAR" em nosso sistema eletrônico de votação ao estabelecer o voto impresso. Inclusive o protótipo da urna com esse recurso chegou a ser desenhado e um vídeo institucional do próprio TSE, de 2017, foi gravado para exibi-lo. Até mesmo o Ministro Barroso aparece tecendo elogios. A possibilidade de auditoria da votação, por meio do voto impresso, tinha força de lei. Era lei. O que houve com ela?
O jornalista Políbio Braga, meu prezado ANÔNIMO, em tempos em que tantos são censurados e até presos de forma autocrática, mantém-se fiel aos valores da sua profissão, que é divulgar os fatos como eles são, questionando, pondo em dúvida esquemas de manipulação da realidade e da verdade.
Políbio está exposto, visível, assina as suas ideias. Podemos checar a sua história e a credibilidade dos seus pensamentos e palavras. Um valente dos nossos dias.
Cláudia Woellner Pereira, tradutora e redatora
A memória de São Tomé está fortemente relacionada ao fato de ele ter duvidado de seus companheiros, quando estes lhe afirmaram terem visto Jesus ressuscitado (João 20, 24-29). Ele quis “ver para crer”. Neste sentido, ele representa a cada um de nós quando passamos por momentos de dúvida.
ResponderExcluirBom dia, Vandeco!
ExcluirAo que parece, estamos de acordo: (...) a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem (Hebreus 11:1). Fé que torna bem-aventurados os que não viram e creram (João 20:29).
A dúvida de que estamos tratando aqui é aquela que a própria Bíblia nos autoriza a ter e até nos exorta a desenvolver: (...)sede astutos como a serpente (...) (Mateus 10:16). Para governar sobre as coisas terrenas e exercer a mordomia sobre aquilo que nos é confiado – nesse caso, zelar pelo nosso país e pelos princípios estabelecidos na Constituição – é preciso ter muito discernimento para não se deixar enredar por sofismas habilmente criados por gente de má fé.
Saudações!