Artigo, Marcus Vinicius Gravina - Direita de merda

O autor é advogado no RS.


Ouviremos mais uma vez: ”missão dada é missão cumprida“, de algum bedel do TSE.

Volto ao assunto no final do artigo depois de me dirigir, inicialmente, à “Direita” de merda,  espectro da política que diz ter se levantado para salvar o país e que se acovardou no primeiro momento em que foi posta à prova.

Todos os incidentes políticos e militares acontecidos depois da eleição de outubro de 2022, surgiram de uma única fonte nuclear. Pois, esta fonte cobriu o Brasil eleitoral com um manto de graves suspeitas de fraudes. O mundo inteiro comentou isto, antes do ex-presidente ter se reunido com embaixadores em Brasília. 

E a Direita - Belo Antônio  (nome de filme italiano) - se mantém calada diante da negativa impatriótica da entrega dos Códigos Fontes de urnas não auditáveis por outros meios. As Forças Armadas incumbidas da fiscalização ou da auditoria das urnas tiveram o seu pedido hostilizado e foram mandados de volta aos quartéis pelo TSE. Isto é fato. As narrativas resultantes vieram em seguida, como cortina de fumaça, para contornar a falta deste essencial esclarecimento à sociedade. Estão nos distraindo como o espocar de pipocas aos olhos de crianças junto ao pipoqueiro. Censuras, prisões de inocentes, multas e inquéritos inconstitucionais, desrespeito ao devido processo legal, andam às soltas.

Estão brincando de quadrilha de São João em volta de CPIs e CPMIs, fingindo querer encontrar a causa da instabilidade social e política. A Direita caiu na estratégia da Esquerda barulhenta e financiada por emendas parlamentares. Enquanto isto, abriu-se uma conta de indigente, via PIX para o ex-presidente poder pagar as multas eleitorais que lhe aplicaram e defender-se de processos políticos, em tribunais judiciais adversos, compostos por inimigos em potencial, que não se dão por impedidos de julgá-lo. 

A Esquerda, por sua vez, programou viagens ao presidente Lula ao exterior, com a mídia argentária ao seu lado, para tentar aplacar a imagem que ele criou no Brasil, que não o deixa andar nas ruas e ter contato como o povo, sem fornecer transporte gratuito e alimentação, para montagens de cenários enganosos. A intenção dos estrategistas do PT é de dar a entender, que ele sendo recebido por presidentes em palácios de governos pelo mundo - com pombas - conseguirá apagar tudo que se diz dele e estampam as faixas nas ruas - que é falso, que tenha sido condenado e preso em três instâncias por corrupção. Que, para todos os continentes, ele é o “CARA”, no dizer do ex-presidente Obama.  

Reservei as considerações finais ao TSE, buscadas na mitologia grega. A Guerra de Troia, conflito entre gregos e troianos, começou durante o casamento de Peleu e Telis, no Olimpo. O pomo da discórdia foi a maçã oferecida pela deusa Discórdia, que gerou uma grande disputa.

No nosso caso, vamos trocar a maçã por urna eleitoral. Foram algumas urnas eleitorais fornecidas ao eleitor pelo TSE, sem possibilidade de comprovação do voto. Aconteceu, que o voto acionado no teclado da urna eletrônica, sem fiscalização posterior, foi enviado, automaticamente, para a nuvem. E, ninguém mais sabe ou viu. Inaceitável em caso de voto obrigatório.

Quem plantou a dúvida e a jogou ao vento, tal provocação, consta que saiu de um ministro com cadeira no TSE e no STF, que disse no interior do Congresso Nacional, andando em companhia de outros, por corredor daquela Casa: “eleição não se ganha, se toma”. Quando se deu conta do que havia dito, perguntou se alguém da imprensa colado neles, depois de risos, estava gravando isto. O Ministro nega, ter dito tal coisa, mas é fato de domínio público os retumbantes comentários, sobre o que ele afirma não ter dito.  Então, de onde surgiu tal expressão jocosa, como ele costuma se exibir à imprensa e que lhe foi atribuída.  Acontece que eu vi e ouvi o que aconteceu naquele dia, em que alguns ministros foram ao congresso conversar com lideranças sobre o processo eleitoral e urnas.  Em outra oportunidade, em viagem ao exterior confirmou seu menoscabo ao voto universal, ao ser perguntado sobre a lisura das eleições. Disse em tom divertido e cômico, demonstrando estar de bom humor em seu passeio: “perdeu mané, não amola!.

No entanto, quem poderá ser condenado por inelegibilidade será o ex-presidente por ter reunido embaixadores em Brasília para falar e ouvir deles indagações sobre o momento político e eleitoral do país.

Proclamado o resultado do julgamento desta semana, iremos ouvir o mesmo: “missão dada é missão cumprida”, de costas para uma série incontável  de inconstitucionalidades no âmbito do Poder Judiciário. 

A safra de inelegibilidades  está em acelerada operação. Resta saber quando iniciará no Senado, a de impeachment por inconstitucionalidades togadas.

Senhores parlamentares, ponham em pauta os pedidos de impeachment de ministros do STF, antes de serem cassados por eles e assim se consolide o Consórcio da Desesperança Nacional formado no entorno da Praça  dos Três Poderes.     

Este é o pedido de um cidadão brasileiro, no uso de suas garantias e liberdades constitucionais, com destaque ao da liberdade de manifestação política em um Estado Democrático de Direito. Tit.Eleitoral  032803610434.                                  

Caxias do Sul, 28.06.2023

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