Hoje, domingo, faz uma semana que os eleitores venezuelanos foram às urnas, escolheram para presidente o opositor Gonzales Urrutia e a escolha da maioria foi interditada.
As eleições foram fraudadas.
A OEA produziu um relatório completo, robusto, comprovando a fraude, que começou antes mesmo da votação, quando a candidata preferida, Maria Corina, teve seu mandato de deputada cassadao e sua candidatura rejeitada.
Maria Corina é o grande nome que está por trás de Gonzales Urrugia, escolhido por ela e seus seguidores porque não havia como vetá-lo, já que seu histórico como diplomata e homem público não o caracterizava sequer como opositor declarado. Ele representa Maria Corina.
E é esta mulher que comanda a resistência pública, desde domingo, demonstrando coragem e determinação assombrosa, mas também se valendo de uma inesperada e impressionante rsistência da enorme maioria do povo, que não sai das ruas, como ficou demonstrado pela enorme jornada de ontem em Caracas, quando Maria Corina avisou:
- Nós vencemos as eleições. Nós somos a maioria e não temos medo. E nós sabemos exatamente o que queremos.
E o que quer Maria Corina e o povo que está nas ruas se manifestando, mas sendo assassinado fora e dentro das suas casas, sendo preso dentro e fora das suas casas:
- Querem que o ditador cleptonarcocomunista caia fora.
Já, agora.
O chavismo se corrompeu e corrompe, faz má gestão, acumplicia-se com traficantes e canalhas de todo gênero, impõe o terror sobre o povo.
Na sexta-feira, participei de uma live com o jornalista brasileiro Alfredo Bessow e tentamos responder a duas perguntas inquientantes:
- Maduro cai ou não cai ? E para cair, será preciso a força das armas, com rebelião interna ou com intervenção estrangeira ?
- O governo federal nomeado lulopetista e o Lula, vão ou não reconhecer a "vitória" do seu amigo e companheiro de Foro de São Paulo, o ditador Nicolás Maduro.
Na live, eu me atrevi a enunciar que Maduro está maduro para cair. Desta vez, a reação popular está encorpada demais e pelas imagens a gente vi que é povo mesmo que está nas ruas, com ênfase para jovens.
E tem liderança.
Existem inúmeros exemplos históricos de que o povo nas ruas pode derrubar governos, ditadores e regimes. É só ver o que aconteceu na Primavera Árabe, na revolta ucrianiana da Praça Maidan e praticamente em todos os Países da ex-Cortina de Ferro, incluído aí até a União Soviética. Essa gente cai pela fadiga dos materiais ou cai por má gestão, de podre - ou porque cai porque tem que cair mesmo.
São exemplos.
Claro que existem casos cruentos, como da Nicarágua, Vietname ou Cuba, por exemplo.
Eu acho importante colocar que neste caso da Venezuela, que acompanhamos em tempo real, é tudo muito semelhante ao nosso 8 de janeiro, mas com três diferenças fundamentais:
- Aqui, ao contrário de lá, não foi uma luta popular contra a ditadura,mas, como lá, foi um levante contra o processo eleitoral questionado.
- Aqui, ao contrário de lá, foi uma minoria agressiva de opositores que se levantaram, e não a imensa maioria da população.
- E mais: lá tem líder, Maria Corina, e aqui o 8 de janeiro não teve líder algum.
E o que mais ?
Lula vai reconheer a "vitória" do seu amigo e companheiro do Foro de São Paulo?
Bem que ele gostaria, mas já faz uma semana e ele continua calado, fazendo apenas declarações formais pela necessidade de deixar tudo claro.
Ele continuará pedindo esclarecimentos até que ninguém mais peça esclarecimentos.
Trata-se de um político profissional do tipo metamorfose ambulante, como ele mesmo se intitula.
...
O que vai acontecer na Venezuela, e eu espero que aconteça, poderá varrer de cena outras ditaduras como as da Nicarágua ou de Cuba, ou protoditaduras como as do Brasil.
Quem viver, verá.
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