Este preso político tentou novamente o suicídio, por Ana Maria Cemin

O preso político Claudinei Pego da Silva, de 45 anos, tentou se suicidar novamente. Ele só não morreu porque a corda improvisada rompeu. Hoje, está na enfermaria, fragilizado, sem assistência adequada.

A esposa, Priscila, denuncia que Claudinei está sendo maltratado na prisão: agressões físicas, spray de pimenta nos olhos, cela escura, e nenhum atendimento psicológico. Ele fala com frequência em morrer. Já tentou se matar antes, em 2023.

A defesa pede prisão domiciliar para que ele possa viver, se tratar, ver os filhos. O STF aguarda parecer médico desde maio. Até agora… nada.

O filho de 6 anos, Gabriel, chora e grita de saudade. Voltou a fazer xixi na cama. A família está sem renda, vivendo de doações. A oficina de Claudinei foi fechada.

Ele foi condenado a 16 anos. Foi para Brasília apenas acompanhar um amigo. Quando viu o caos, tentou proteger quem amava. Está preso desde janeiro de 2023.

Esse sofrimento não é justiça. É tortura.

Se você acredita em direitos humanos, compartilhe. Ajude essa história a ser ouvida. Claudinei não pode morrer no silêncio de uma cela.

Gabriel tem apenas 6 anos e não entende porque o seu pai não volta para casa há 2 anos e meio.

Claudinei saiu de Minas para Brasília à convite de um amigo. Foram naquele início de janeiro de 2023. 

O amigo foi para a Praça dos Três Poderes, mais Claudinei foi dar uma volta no comércio. Mas ao saber que estava acontecendo uma situação perigosa, foi em socorro do amigo.

Na Praça, policiais jogavam bombas desde os helicópteros sobre os manifestantes e, por terra, davam tiros com bala de borracha.

Claudinei errou quando entrou num prédio para se proteger, como outros tantos fizeram. 

Por conta de estar lá dentro, foi condenado a prisão de 16 anos e meio pela Suprema Corte, sem direito a recurso.

Já tentou suicídio algumas vezes. A primeira vez foi em dezembro de 2023. A última, na quarta-feira passada. Esse mecânico não quer mais viver. O filho espera o pai em casa..

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